“Eu
peço... Como um amigo: esteja no meu coner, por uma última vez”.
Anunciado no ano passado, e
indo no embalo dos “director’s cuts”
que Zack Snyder trouxe de volta, Stallone tinha declarado no ano passado que há
um bom tempo trabalhava em uma nova versão de Rocky IV, com leves correções na
sonoplastia, adição de algumas trilhas, e claro, muito mais “fita”. Mesmo que
com a descrença de muitos, havia até esse vídeo dele trabalhando no projeto:
E agora, temos um – longo –
trailer, que serve mais como uma recapitulação nostálgica do clássico dos anos
80, e ao final dele, o anuncio de que haverá exibição única em cinemas
selecionados em 11 de novembro desse ano. – Se nada mudar até lá... –:
Acredito que eu nunca tenha
falado muito sobre Rocky aqui, excetuando um texto bem meia boca que fiz lá nas
primeiras semanas de blog, mas sou um grande fã da franquia. Os personagens de
Rocky não apenas me proporcionaram ótimos filmes, como são uma fonte que
retorno quase todo ano quando busco aprender mais sobre a vida (além de a
vivendo, segura a sua onda aí...), muitas pessoas acham o personagem brega, ou
querem o resumir à apenas a conversa que ele tem com o filho, já adulto, no VI,
entretanto para mim, vai muito além disso, e quem sabe um dia eu possa
aprofundar isso em um post de “desabafo de retardado”...
A franquia ganhou uma
excelente continuação com o Creed I (2015, Ryan Coogler, também diretor de
Pantera Negra), que compreendeu de forma profunda, e atualizando em apenas
alguns pontos, a mensagem que o primeiro filme dos anos 70 passava, e bem
sabemos que quando se tenta passar o bastão de personagem muito icônico, há
sempre uma chance muito grande de dar tudo errado e o personagem novo ser “hateado”
para sempre. Já o segundo filme (2018, Steven Caple Jr. – quem?!) já não
manteve a alta qualidade do primeiro, mesmo que mirando justamente o Rocky IV
ao retomar a rivalidade de Apollo Creed (ou Doutrinador, para os BRs que
valorizam a excelente dublagem) e Drago, agora com seus respectivos filhos
levando a briga adiante, algo que na ideia era ótimo, mas na execução, nem tanto.
Além do próprio Stallone estar bem apagado no filme, com expressões de
desconforto de que não via mais sentido estar ali, naquele personagem (e até segunda ordem, nem estará em Creed III, e ficando ao próprio Michael B. Jordan
a cadeira de direção), o que é um duro golpe, mas ao meu ver um passo
necessário, já que desde do filme anterior, Adonis Creed deveria estar traçando
o próprio caminho, e não apenas refazendo a saga do tio Rocky nos dias
atuais...
Pelo pouco que sabemos,
Stallas vai remover alguns “excessos” como aquele robô para o Polly (mais do
que apoiado) e acrescentar supostos 40 minutos de cenas que não foram para a
versão final de 1985. Se há algo que eu gostaria muito de ver, é justamente
mais do Apollo Creed, dependesse de mim, teria uma franquia de filmes sobre ele
da mesma forma que teve a do Rocky, até se o filme mudar o final e mostrar que
o mesmo sobreviveu todos esses anos e fosse aparecer em Creed III, eu compraria
a ideia. O ritmo de montagem do longa original é muito bom também, talvez o
melhor de toda a saga junto ao VI, há o risco de ficar enfadonho em algumas
partes se o ego do Stallone falar mais alto e ele queira “expandir mais do que
deveria” seu processo de luto e treino... Vamos aguardar...
“... Talvez essa simples derrota seja o perfeito exemplo do quão patética a sociedade de vocês se tornou!”
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