LIBERTÉ
– LIBERDADE – LIBERTAD
O poema Liberté (Liberdade) ou Une
Seule Pensée (Um Único
Pensamento), do escritor francês Paul Éluard
(1895-1952), foi escrito em 1942. Furando o bloqueio da França ocupada pelos
nazistas, o pintor pernambucano Cícero Dias (1907-2003) o fez chegar
clandestinamente à Inglaterra, cujo feito mereceu a Ordem
Nacional do Mérito, concedido a ele
pelo governo francês em 1998. O belo poema foi imediatamente traduzido em
vários idiomas e lançado como panfleto, por aviões, nos céus da Europa em
ebulição, em 1943. No Brasil foi magistralmente traduzido por Carlos
Drummond de Andrade (1902-1987) e Manuel Bandeira (1886-1968).
Confesso que não me lembrava dele até vê-lo citado no filme Mapas para as Estrelas (2014), de
David Cronenberg. As minhas considerações sobre o filme estão publicadas lá no Claque ou Claquete.
O poema Liberté,
de Paul Éluard, encontra-se em Oeuvres
Complètes (Éditions Gallimard, Paris, 1968). A tradução de Drummond e
Bandeira está na Antologia de Poetas
Franceses - do Século XV ao Século XX (Gráfica Tupy, Rio de Janeiro, 1950).
Em 2015, pesquisando dados sobre Éluard, na web, encontrei a versão de Carlos
López Narváez no site Mente
Libre. O poema Liberdade foi publicado aqui no Falas ao Acaso
em 2015, mas só agora descobri que, por problemas técnicos no blog, ele estava
todo truncado, impossibilitando a leitura. Agora ele volta trazendo, inclusive
uma breve biografia dos tradutores.
Liberté
Paul Éluard
Sur mes cahiers d'écolier
Sur mon pupitre et les arbres
Sur le sable sur la neige
J'écris ton nom
Sur toutes les pages lues
Sur toutes les pages blanches
Pierre sang papier ou cendre
J'écris ton nom
Sur les images dorées
Sur les armes des guerriers
Sur la couronne des rois
J'écris ton nom
Sur la jungle et le désert
Sur les nids sur les genêts
Sur l'écho de mon enfance
J'écris ton nom
Sur les merveilles des nuits
Sur le pain blanc des journées
Sur les saisons fiancées
J'écris ton nom
Sur tous mes chiffons d'azur
Sur l'étang soleil moisi
Sur le lac lune vivante
J'écris ton nom
Sur les champs sur l'horizon
Sur les ailes des oiseaux
Et sur le moulin des ombres
J'écris ton nom
Sur chaque bouffée d'aurore
Sur la mer sur les bateaux
Sur la montagne démente
J'écris ton nom
Sur la mousse des nuages
Sur les sueurs de l'orage
Sur la pluie épaisse et fade
J'écris ton nom
Sur les formes scintillantes
Sur les cloches des couleurs
Sur la vérité physique
J'écris ton nom
Sur les sentiers éveillés
Sur les routes déployées
Sur les places qui débordent
J'écris ton nom
Sur la lampe qui s'allume
Sur la lampe qui s'éteint
Sur mes maisons réunies
J'écris ton nom
Sur le fruit coupé en deux
Du miroir et de ma chambre
Sur mon lit coquille vide
J'écris ton nom
Sur mon chien gourmand et tendre
Sur ses oreilles dressées
Sur sa patte maladroite
J'écris ton nom
Sur le tremplin de ma porte
Sur les objets familiers
Sur le flot du feu béni
J'écris ton nom
Sur toute chair accordée
Sur le front de mes amis
Sur chaque main qui se tend
J'écris ton nom
Sur la vitre des surprises
Sur les lèvres attentives
Bien au-dessus du silence
J'écris ton nom
Sur mes refuges détruits
Sur mes phares écroulés
Sur les murs de mon ennui
J'écris ton nom
Sur l'absence sans désir
Sur la solitude nue
Sur les marches de la mort
J'écris ton nom
Sur la santé revenue
Sur le risque disparu
Sur l'espoir sans souvenir
J'écris ton nom
Et par le pouvoir d'un mot
Je recommence ma vie
Je suis né pour te connaître
Pour te nommer
Liberté.
Sur mon pupitre et les arbres
Sur le sable sur la neige
J'écris ton nom
Sur toutes les pages lues
Sur toutes les pages blanches
Pierre sang papier ou cendre
J'écris ton nom
Sur les images dorées
Sur les armes des guerriers
Sur la couronne des rois
J'écris ton nom
Sur la jungle et le désert
Sur les nids sur les genêts
Sur l'écho de mon enfance
J'écris ton nom
Sur les merveilles des nuits
Sur le pain blanc des journées
Sur les saisons fiancées
J'écris ton nom
Sur tous mes chiffons d'azur
Sur l'étang soleil moisi
Sur le lac lune vivante
J'écris ton nom
Sur les champs sur l'horizon
Sur les ailes des oiseaux
Et sur le moulin des ombres
J'écris ton nom
Sur chaque bouffée d'aurore
Sur la mer sur les bateaux
Sur la montagne démente
J'écris ton nom
Sur la mousse des nuages
Sur les sueurs de l'orage
Sur la pluie épaisse et fade
J'écris ton nom
Sur les formes scintillantes
Sur les cloches des couleurs
Sur la vérité physique
J'écris ton nom
Sur les sentiers éveillés
Sur les routes déployées
Sur les places qui débordent
J'écris ton nom
Sur la lampe qui s'allume
Sur la lampe qui s'éteint
Sur mes maisons réunies
J'écris ton nom
Sur le fruit coupé en deux
Du miroir et de ma chambre
Sur mon lit coquille vide
J'écris ton nom
Sur mon chien gourmand et tendre
Sur ses oreilles dressées
Sur sa patte maladroite
J'écris ton nom
Sur le tremplin de ma porte
Sur les objets familiers
Sur le flot du feu béni
J'écris ton nom
Sur toute chair accordée
Sur le front de mes amis
Sur chaque main qui se tend
J'écris ton nom
Sur la vitre des surprises
Sur les lèvres attentives
Bien au-dessus du silence
J'écris ton nom
Sur mes refuges détruits
Sur mes phares écroulés
Sur les murs de mon ennui
J'écris ton nom
Sur l'absence sans désir
Sur la solitude nue
Sur les marches de la mort
J'écris ton nom
Sur la santé revenue
Sur le risque disparu
Sur l'espoir sans souvenir
J'écris ton nom
Et par le pouvoir d'un mot
Je recommence ma vie
Je suis né pour te connaître
Pour te nommer
Liberté.
Liberdade
Paul Éluard
tradução: Carlos Drummond de Andrade
e Manuel Bandeira
Nos meus cadernos de escola
Nesta carteira nas árvores
Nas areias e na neve
Escrevo teu nome
Em toda página lida
Em toda página branca
Pedra sangue papel cinza
Escrevo teu nome
Nas imagens redouradas
Na armadura dos guerreiros
E na coroa dos reis
Escrevo teu nome
Nas jungles e no deserto
Nos ninhos e nas giestas
No céu da minha infância
Escrevo teu nome
Nas maravilhas das noites
No pão branco da alvorada
Nas estações enlaçadas
Escrevo teu nome
Nos meus farrapos de azul
No tanque sol que mofou
No lago lua vivendo
Escrevo teu nome
Nas campinas do horizonte
Nas asas dos passarinhos
E no moinho das sombras
Escrevo teu nome
Em cada sopro de aurora
Na água do mar nos navios
Na serrania demente
Escrevo teu nome
Até na espuma das nuvens
No suor das tempestades
Na chuva insípida e espessa
Escrevo teu nome
Nas formas resplandecentes
Nos sinos das sete cores
E na física verdade
Escrevo teu nome
Nas veredas acordadas
E nos caminhos abertos
Nas praças que regurgitam
Escrevo teu nome
Na lâmpada que se acende
Na lâmpada que se apaga
Em minhas casas reunidas
Escrevo teu nome
No fruto partido em dois
de meu espelho e meu quarto
Na cama concha vazia
Escrevo teu nome
Em meu cão guloso e meigo
Em suas orelhas fitas
Em sua pata canhestra
Escrevo teu nome
No trampolim desta porta
Nos objetos familiares
Na língua do fogo puro
Escrevo teu nome
Em toda carne possuída
Na fronte de meus amigos
Em cada mão que se estende
Escrevo teu nome
Na vidraça das surpresas
Nos lábios que estão atentos
Bem acima do silêncio
Escrevo teu nome
Em meus refúgios destruídos
Em meus faróis desabados
Nas paredes do meu tédio
Escrevo teu nome
Na ausência sem mais desejos
Na solidão despojada
E nas escadas da morte
Escrevo teu nome
Na saúde recobrada
No perigo dissipado
Na esperança sem memórias
Escrevo teu nome
E ao poder de uma palavra
Recomeço minha vida
Nasci pra te conhecer
E te chamar
Liberdade.
Nesta carteira nas árvores
Nas areias e na neve
Escrevo teu nome
Em toda página lida
Em toda página branca
Pedra sangue papel cinza
Escrevo teu nome
Nas imagens redouradas
Na armadura dos guerreiros
E na coroa dos reis
Escrevo teu nome
Nas jungles e no deserto
Nos ninhos e nas giestas
No céu da minha infância
Escrevo teu nome
Nas maravilhas das noites
No pão branco da alvorada
Nas estações enlaçadas
Escrevo teu nome
Nos meus farrapos de azul
No tanque sol que mofou
No lago lua vivendo
Escrevo teu nome
Nas campinas do horizonte
Nas asas dos passarinhos
E no moinho das sombras
Escrevo teu nome
Em cada sopro de aurora
Na água do mar nos navios
Na serrania demente
Escrevo teu nome
Até na espuma das nuvens
No suor das tempestades
Na chuva insípida e espessa
Escrevo teu nome
Nas formas resplandecentes
Nos sinos das sete cores
E na física verdade
Escrevo teu nome
Nas veredas acordadas
E nos caminhos abertos
Nas praças que regurgitam
Escrevo teu nome
Na lâmpada que se acende
Na lâmpada que se apaga
Em minhas casas reunidas
Escrevo teu nome
No fruto partido em dois
de meu espelho e meu quarto
Na cama concha vazia
Escrevo teu nome
Em meu cão guloso e meigo
Em suas orelhas fitas
Em sua pata canhestra
Escrevo teu nome
No trampolim desta porta
Nos objetos familiares
Na língua do fogo puro
Escrevo teu nome
Em toda carne possuída
Na fronte de meus amigos
Em cada mão que se estende
Escrevo teu nome
Na vidraça das surpresas
Nos lábios que estão atentos
Bem acima do silêncio
Escrevo teu nome
Em meus refúgios destruídos
Em meus faróis desabados
Nas paredes do meu tédio
Escrevo teu nome
Na ausência sem mais desejos
Na solidão despojada
E nas escadas da morte
Escrevo teu nome
Na saúde recobrada
No perigo dissipado
Na esperança sem memórias
Escrevo teu nome
E ao poder de uma palavra
Recomeço minha vida
Nasci pra te conhecer
E te chamar
Liberdade.
Libertad
Paul Éluard
versión de Carlos López Narváez
Sobre mis cuadernos de escuela,
sobre el pupitre, sobre el roble,
sobre la nieve y en la arena
escribo tu nombre.
Sobre las páginas leídas,
sobre las páginas incólumes
-piedra, sangre, papel, ceniza-
escribo tu nombre.
En las imágenes doradas,
sobre los signos de la Corte,
sobre tizonas y corazas
escribo tu nombre.
Sobre el desierto y en la jungla,
sobre la infancia de las voces,
sobre la rama y en la gruta
escribo tu nombre.
Sobre el pan blanco de los días,
sobre el prodigio de la noche,
sobre la flor y las vendimias
escribo tu nombre.
Sobre los cielos que azulan
en los estanques -muertos soles-;
sobre los lagos -vivas lunas-
escribo tu nombre.
Sobre las colinas remotas,
en las alas de los gorriones,
sobre el molino de las sombras;
escribo tu nombre.
Sobre los hálitos del alba,
sobre la mar y sus galeones,
sobre la demente montaña,
escribo tu nombre.
Sobre el vellón de los espacios
y el estertor de los ciclones,
sobre el limo de los chubascos,
escribo tu nombre.
Sobre las formas cintilantes,
sobre la pátina del bronce,
sobre las físicas verdades,
escribo tu nombre.
Sobre las rutas desveladas
y las sendas sin horizonte,
sobre las mareas humanas,
escribo tu nombre.
Sobre la llama que fulgura,
Sobre la llama que se esconde,
sobre los techos que se juntan,
escribo tu nombre.
Sobre la fruta en dos partida
del espejo que me recoge;
en mi lecho -concha vacía-
escribo tu nombre.
Sobre mi can goloso y tierno
y en la oreja que atenta pone,
sobre su salto poco diestro,
escribo tu nombre.
Sobre la grada de mi puerta,
sobre la loza y los arcones,
sobre las ascuas de la leña,
escribo tu nombre.
Sobre la carne que se entrega,
en la faz del amigo noble,
sobre la mano que se estrecha,
escribo tu nombre.
Sobre el vitral de los secretos,
sobre las bocas ya sin voces,
sobre los más hondos silencios,
escribo tu nombre.
Sobre el albergue derruido,
sobre el escombro de mi torre,
sobre los muros de mi hastío
escribo tu nombre.
Sobre la ausencia sin deseos,
sobre mi soledad insomne,
sobre los lúgubres aleros,
escribo tu nombre.
Sobre la calma que retorna,
sobre los extintos pavores,
sobre el anhelo sin memoria,
escribo tu nombre.
Y en el poder de tu palabra
mi vida vuelve a comenzar:
he renacido a tu llamada
para invocarte:
Libertad!!
Sobre mis cuadernos de escuela,
sobre el pupitre, sobre el roble,
sobre la nieve y en la arena
escribo tu nombre.
Sobre las páginas leídas,
sobre las páginas incólumes
-piedra, sangre, papel, ceniza-
escribo tu nombre.
En las imágenes doradas,
sobre los signos de la Corte,
sobre tizonas y corazas
escribo tu nombre.
Sobre el desierto y en la jungla,
sobre la infancia de las voces,
sobre la rama y en la gruta
escribo tu nombre.
Sobre el pan blanco de los días,
sobre el prodigio de la noche,
sobre la flor y las vendimias
escribo tu nombre.
Sobre los cielos que azulan
en los estanques -muertos soles-;
sobre los lagos -vivas lunas-
escribo tu nombre.
Sobre las colinas remotas,
en las alas de los gorriones,
sobre el molino de las sombras;
escribo tu nombre.
Sobre los hálitos del alba,
sobre la mar y sus galeones,
sobre la demente montaña,
escribo tu nombre.
Sobre el vellón de los espacios
y el estertor de los ciclones,
sobre el limo de los chubascos,
escribo tu nombre.
Sobre las formas cintilantes,
sobre la pátina del bronce,
sobre las físicas verdades,
escribo tu nombre.
Sobre las rutas desveladas
y las sendas sin horizonte,
sobre las mareas humanas,
escribo tu nombre.
Sobre la llama que fulgura,
Sobre la llama que se esconde,
sobre los techos que se juntan,
escribo tu nombre.
Sobre la fruta en dos partida
del espejo que me recoge;
en mi lecho -concha vacía-
escribo tu nombre.
Sobre mi can goloso y tierno
y en la oreja que atenta pone,
sobre su salto poco diestro,
escribo tu nombre.
Sobre la grada de mi puerta,
sobre la loza y los arcones,
sobre las ascuas de la leña,
escribo tu nombre.
Sobre la carne que se entrega,
en la faz del amigo noble,
sobre la mano que se estrecha,
escribo tu nombre.
Sobre el vitral de los secretos,
sobre las bocas ya sin voces,
sobre los más hondos silencios,
escribo tu nombre.
Sobre el albergue derruido,
sobre el escombro de mi torre,
sobre los muros de mi hastío
escribo tu nombre.
Sobre la ausencia sin deseos,
sobre mi soledad insomne,
sobre los lúgubres aleros,
escribo tu nombre.
Sobre la calma que retorna,
sobre los extintos pavores,
sobre el anhelo sin memoria,
escribo tu nombre.
Y en el poder de tu palabra
mi vida vuelve a comenzar:
he renacido a tu llamada
para invocarte:
Libertad!!
*
ilustração.joba.tridente.2020
Paul
Éluard (Saint-Denis/França: 14.12.1895 - Charenton-le-Pont/França: 18.11.1952),
um dos maiores nomes da literatura francesa, conhecido como O Poeta da
Liberdade, pelos seus poemas clandestinos de resistência ao nazismo. Participou
dos movimentos dadaístas e surrealistas e foi filiado ao partido comunista
francês. É autor, entre outros, de Os animais e seus homens; Capital
da dor; O amor, a poesia; Os olhos férteis; Ao
encontro alemão; Uma lição de moral; Poemas políticos;
A imaculada concepção (com André Breton); Algumas das palavras -
antologia; Poemas; Poemas de amor e de liberdade; Últimos
poemas de amor.
Para
saber mais: Site
Oficial: Paul Éluard; Wikipédia: Paul Éluard; Wiki: Paul Éluard; Revista Prosa Verso
e Arte: Paul
Éluart - Poemas; Marxists: Paul
Éluard: Sobre a Poesia de Circunstâncias; Antonnio Miranda: Paul
Éluard; Carolina Cunha Carnier: Experimentações
surrealistas e aproximações da noite: estudos do discurso metafórico em Murilo
Mendes e Paul Éluard; André Furtado da Cruz: A
estética da melancolia em Paul Éluard e Manuel Bandeira; Angela Grando: (Pro)posições
ou sobre Cícero Dias e Paul Éluard; Camilo Rubén Fernandez-Cozman: Paul
Éluard y César Vallejo: de la vanguardia a la fraternidad universal; Escamandro:
Paul Éluard, por
Natan Shäfer. Em espanhol: 20 Minutos - Tras Dós: Un poema
lanzado en paracaídas sobre el París del nazismo; Un Hombre en la
Oscuridad: LIBERTAD
y AMOR - de Paul Eluard; Lecturas desde el nororeste: La
Libertad de Paul Éluard; Poemas em Frances: Paul
Eluard - Comme une image - XIV. A l'assaut des jardins...; Youtube: Liberté, Paul Éluard; Nacha Guevara - Yo te
nombro... libertad; Lengua Vem Pace: "Libertad",
un poema de Paul Éluard;
Carlos
Drummond de Andrade (Itabira:
31.10.1902 - Rio de Janeiro: 17.08.1987): cronista, escritor de prosa e verso e
farmacêutico formado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Drummond, que
foi funcionário público, se dedicou à literatura desde muito jovem, tendo o seu
primeiro livro, Alguma Poesia, publicado em 1930. O escritor, que foi um
dos fundadores da A Revista, para divulgar o movimento modernista no
Brasil, também colaborou com publicações como Mundo Literário e Atlântico.
A sua bibliografia, que inclui poesia, crônica, conto e literatura infantil é
extensa e pode ser conferida aqui.
Para
saber mais: Projeto
Memória: Drummond,
Testemunho da Experiência Humana; Releituras: Carlos Drummond de Andrade;
Templo Cultural Delfos: Carlos
Drummond de Andrade - entrevista inédita: erotismo - poesia e psicanálise; TCD:
Carlos
Drummond de Andrade - o avesso das coisas (aforismos); TCD: Carlos
Drummond de Andrade - amor natural; TCD: Carlos
Drummond de Andrade – um poeta de alma e ofício; TCD: Carlos
Drummond de Andrade – antologia poética; TCD: Carlos
Drummond de Andrade - fortuna crítica; Revista Prosa Verso e Arte: Carlos
Drummond de Andrade - poemas de amor; Revista Prosa Verso e Arte: Carlos
Drummond de Andrade - poemas;
Manuel Carneiro de Sousa Bandeira Filho (Recife/PE: 19.04.1886 -
Rio de Janeiro/RJ: 13.10.1968). Professor de literatura, escritor, cronista,
crítico literário e tradutor, Manuel
Bandeira é, sem dúvida um dos exponenciais do modernismo brasileiro e
grande destaque na Semana de Arte Moderna (1922), com a leitura do seu poema Os
Sapos. O escritor estreou na literatura com o livro A Cinza das Horas (1917),
uma breve coleção de poemas com influência parnasiana e simbolista. Bandeira, o
genial autor de Vou-me embora p'ra
Pasárgada; Marinheiro triste; Canção das Duas índias; Trucidaram o rio; Trem
de Ferro; publicou, entre outras obras, Carnaval (1919); Os Sapos
(1922); O Ritmo Dissoluto (1924); Libertinagem (1930); Estrela da Manhã (1936); Crônicas da Província do Brasil (1937), Poesias Escolhidas (1937); Lira dos Cinquent’anos (1940), O
Bicho (1947); Belo, Belo (1948); Mafuá do Malungo (1948); Opus 10 (1952); Estrela da Tarde (960); Estrela
da Vida Inteira (1966).
Para
saber mais: Templo Cultural Delfos: Manuel
Bandeira - estrela da vida inteira; Academia Brasileira de Letras: Manuel
Bandeira; Revista Bula: A
última entrevista de Manuel Bandeira; Fernando Pinheiro: Evasão
do mundo na memorialística de Manuel Bandeira; Luciano Marcos Dias
Cavalcanti: Música
e poesia em Manuel Bandeira; Pedro Marques: Musicalidade
na obra de Manuel Bandeira; Maria Regina Barcelos Bettiol: Mário
de Andrade e Manuel Bandeira: um processo de criação compartilhado; Rafael
Ubirajara de Lima Campos: Manuel Bandeira: uma
poética do amor e da infância.
Carlos
López Narváez (Popayán/Colombia:
1897 – Bogotá/Colombia: 1971): escritor de prosa e verso e tradutor colombiano
de Charles Baudelaire, José María de Heredia, Sully Proudhomme, Paul Valéry, Leconte
de Lisle, Armand Godoy, Henri Barbusse, Paul Éluard. Graduado em Direito,
pela Universidad del Cauca, catedrático em colégios e universidades e membro da
Academia Colombiana de la Lengua, Narváez foi Director de Extensión Cultural de
la Universidad Nacional, Director de la Radiodifusora Nacional,
funcionario de los Ministerios de Educación y de Relaciones Exteriores e diplomata
nos Estados Unidos e França. Carlos López Narváez é autor, entre
outras obras, de: La voz en el eco, Las letanías de la virgen, por Armand
Godoy; El cielo en el río y Miguel de Mañara de
Milosz; Cartas a una sombra; Putumayo, Diario de
Guerra.
Para
saber mais: A Media
Voz: Carlos López Narváez;
Víctor López Erazo: Poeta
de otras lenguas: Carlos López Narváez; Dialnet plus: Carlos López
Narváez.
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