Os cinemas drive-in foram muito populares nos EUA durante as décadas de 1940, 1950, 1960 e 1970. Eram frequentados principalmente pela juventude transviada de então (não confundir a com a juventude trans e viada de hoje), que a eles acorria para assistir a um filme, comer batatas fritas, tomar um milk shake e, claro, dar uns amassos. Tudo dentro do conforto e da privacidade de seus carros.
Os drive-ins nada tinham das frescuras das salas de cinema dos shoppings de hoje. Nada de tecnologia 3D, som surround, ar-condicionado e essas merdas todas. Os drive-ins
eram, basicamente, um vasto estacionamento com uma grande tela de
cinema à frente e ao centro e lanchonetes ao redor, das quais garçonetes
loiras e peitudas saíam a servir os clientes. O 3D ficava por conta das
roliças formas da lebre que para lá se levava para abater; igualmente
aos gemidos em surround. Época de cinema de machos, não de combo de pipoquinhas e de coca-colas em copos personalizados.
Aliás, os drive-ins
não eram; ainda são. Remanescentes sobreviveram ao redor do mundo. A
maioria nos EUA, também no Canadá, Inglaterra, Portugal e até no Brasil.
O Cine Drive-in de Brasília é o último tupiniquim do gênero em funcionamento.
Cine Drive-in de Brasília |
Agora,
com o avanço do coronavírus, veremos o futuro repetir o passado,
veremos o ressurgimento e a reabertura de museus de grandes novidades.
Em tempos de lockdown, os drive-ins estão voltando com
tudo nos EUA, Europa e Canadá. Para assistir a um bom filme e manter a
ilusão - tão necessária à saúde mental da maioria da manada - de uma
rotina relativamente "normal", as pessoas estão voltando aos velhos drive-ins. Ah, a ilusão da normalidade... Tão dispensável para mim.
Só nos EUA, de acordo com a United Drive-In Theatre Owners Association, o país tem atualmente 300 espaços
para exibição de filmes, onde é possível estacionar o carro e manter uma
distância segura de outras pessoas.
Porém, não é necessário nem obrigatório que o sistema drive-in
fique restrito às suas origens, se preste, única e exclusivamente, à
exibição de filmes, se ponha apenas e tão-somente a serviço da sétima
arte. Até porque, em tempos de vírus chinês, o cinema não é o único tipo
de
entretenimento de cuja proibição as pessoas se ressentem; outros setores
de diversão podem e devem ser adaptados ao esquema dos drive-ins.
Pensando nisso, e a atender os pedidos dos saudosos clientes, o dono da casa de strip-tease Minx Gentleman's Clun, em Virgínia Beach, promoveu um grande evento num lava-jato da cidade. As dançarinas ficaram sobre tablados atrás de barreiras ao longo do trajeto dos
carros, dançando ao som tocado por um DJ, sem em nenhum momento entrar
em contato direto com os motoristas.
É o drive-in de buceta!!!!
O evento foi realizado no domigo passado, e um vídeo feito por um cliente e lançado na web já registrou 9,4 mil
curtidas, 40 mil compartilhamentos e um número incalculável de
punhetas!!!
Segundo Marquis Boyce, o autor do video, os organizadores observaram todos os procedimentos de segurança recomendados para se evitar um possível contágio. As moças, no entanto, não usaram máscaras, revelou ele, em indisfarçável estado de excitação. Sim, meus caros, até ontem, o fetiche era ver os peitos, a bunda e a xavasca; hoje, a tara inconfessável, o imperdoável tabu, é ver o rosto. Valha-me Nossa Senhora da Burca!!! O rosto é o novo nu frontal!!!
Segundo Marquis Boyce, o autor do video, os organizadores observaram todos os procedimentos de segurança recomendados para se evitar um possível contágio. As moças, no entanto, não usaram máscaras, revelou ele, em indisfarçável estado de excitação. Sim, meus caros, até ontem, o fetiche era ver os peitos, a bunda e a xavasca; hoje, a tara inconfessável, o imperdoável tabu, é ver o rosto. Valha-me Nossa Senhora da Burca!!! O rosto é o novo nu frontal!!!
Viva
a engenhosidade humana!!! Viva a plasticidade e o poder de adaptação do
bicho homem!!! Viva o empreendedorismo em tempos de crise!!! Eles é que
nos salvarão da extinção. Ou, que nos conduzirão a ela; inevitável e inexoravelmente.
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