Capitão Marvel (Shazam é o cacete) no 1 da Panini - Review



Última leitura. Finalmente, o Capitão Marvel volta a ter revista própria no Brasil. Óbvio que essa foi outra decisão marqueteira e safada da Panini, para aproveitar a onda do filme (que nem fez tanto sucesso assim, aliás), mas o que importa é que o “Capitão Fraldinha” está de volta às bancas. E quem escreve essa fase não é nada mais nada menos que o maioral da DC, Geoff Johns. Sempre que precisam reformular ou “salvar” um personagem na DC, deixam essa tarefa para Johns. Ele já havia escrito a nova origem do Capitão Marvel, mas finalmente a DC resolveu que o personagem deveria ter uma revista mensal novamente.
O enredo dessa HQ segue a cronologia do Capitão Marvel nos Novos 52. Portanto, é o Billy Batson babaquinha vivendo com seus irmãos adotivos, Mary, Freddy Freeman, Pedro, Eugene e Darla, e o casal Vasquez. Na verdade, até que nessa edição Billy está menos babaquinha e já se enturmando. E não só ele, mas também seus irmãos adotivos, estão curtindo a vida de herói. Johns preferiu que o Capitão Marvel tivesse um pé na realidade, então a fictícia Fawcett City deu lugar à Filadélfia. O engraçado é que o nome do personagem ainda é tabu, por causa do rolo dos direitos do nome do Capitão Marvel estar com a Marvel. Então, ele é praticamente um herói sem nome. Tanto que quando o Capitão Marvel e sua patota prendem uns ladrões vestindo máscaras de super-herói no Museu dos Fundadores da América, a polícia prefere dizer que foi o Superman quem fez o serviço, para poupar papelada.
É meio estranho notar que Billy e Mary não são mais irmãos de sangue e que Mary é mais velha e está indo para a faculdade. Freddy Freeman também está com uma personalidade mais mala. Agora Billy divide os poderes do Capitão Marvel com seus irmãos. Essa é a grande novidade no cânone do personagem; ideia que Johns adotou na saga Flashpoint. A turminha até adota uma base, uma antiga estação de trens subterrânea. Mas Billy terá algumas surpresas por vir; uma delas é o retorno de seu pai biológico.
Para variar, o eterno arqui-inimigo do Capitão Marvel, Doutor Silvana, também está de volta, se unindo ao Sr. Cérebro, o verme sapiente. Geoff Johns teve um grande desafio para fazer com que Silvana e Sr. Cérebro fosse ameaças, uma vez que eles são vilões galhofas de raiz. A grande diferença é que Silvana agora utiliza de magia, e antes ele era um cientista. O vilão perdeu o lado mais cômico e está mais sinistro, meio freak.
Segundo pelo trem da estação, Billy e seus irmãos vão parar em um parque de diversões onde só há crianças. Além de já ser estranho o fato de não ter adultos ali, eles ainda encontram um possível novo vilão, o Rapaz-Rei.
De modo geral, essa nova fase do Capitão Marvel começou boa e me instigou a continuar lendo. Dale Eagleshaw e Marco Santucci se revezam na competente arte. Pessoalmente, eu curto mais o desenho de Eagleshaw, que é um desenhista mais veterano, responsável por “Justiceiro Ano um”, mas Santucci também não faz feio. A revista ainda tem uma história “de origem” da Mary desenhada pela japa Mayo “Sem” Naito. Nota 7,5 de 10.

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