Análises anteriores:
Prometheus: https://ozymandiasrealista.blogspot.com/2024/08/prometheus-2012-analise.html
Alien Covenant: https://ozymandiasrealista.blogspot.com/2024/08/alien-covenant-2017-analise.html
Vou logo deixando uma coisa clara aqui: não farei a análise do alien o oitavo passageiro, a versão comum, de 1 hora e 57 minutos, e sim, a versão do diretor Ridley Scott, que tem 1 hora e 55 minutos. E por que essa escolha? Simples! Como é um filme mais antigo que muitos aqui que lerão essa análise (e para você, senhor ou senhora de +45 anos que ou já estava respirando quando essa obra prima saiu, ou já tinha idade suficiente para ver isso no cinema, meus parabéns por ter vivido tanto), e já todos viram ou fizeram a análise da obra “comum”, decidi fazer uma análise da versão do “senhor arrependido” (não sei se como forma de aparecer para seu novo filme Gladiador 2 lançado em 2024 ou algo assim, mas o atual demente diretor deste filme, falou que após o primeiro filme dele, Os Duelistas em 77, ele teria feito Tristão e Isolda, mas que antes disso, acabou saindo nada mais nada menos que Star Wars, e ele assistiu na noite de estreia, e segundo ele, “ficou deprimido por 3 meses”, pra só depois ele aceitar o roteiro do Alien no qual o próprio diz “foi um acidente, eu aceitei”...)
Adianto logo que por incrível que pareça, apesar dessa
versão ter sido lançada em 2003, fazendo no ano no qual esse texto foi feito,
fuckin 21 anos, as cenas “extras” continuam sem uma dublagem. Podem culpar a
Fox (atualmente do rato, vulgo Disney), os estúdios de dublagem que cuidaram da
franquia por todos esses anos, ou seja lá quem quiserem, é simplesmente
inconcebível o fato de que até hoje essas cenas não foram dubladas, mesmo que
com uma dublagem nova! Enfim, tirado o elefante da sala, falaremos sobre o
filme. Como estou fazendo essas análises em ordem cronológica, é interessante o
fato de que o androide nesse filme, só é revelado mais pro final quase como um
terceiro vilão (sendo o primeiro a Weiland-Yutani e o segundo o xenomorfo,
claro) e que fica agindo o tempo inteiro como um humano comum (dormindo na
câmera de criogenia, comendo e etc), e só quando de fato sabemos já o que ele é
realmente, é que percebemos o nível de atuação do ator Ian Holm, pois, somos
levados a crer que ele é somente um simples e inocente oficial de ciências,
quando descobrimos que na verdade além de ser um androide, ele obedece
diretamente ordens da companhia que está contratando todos ali.
Em ordem cronológica é hilário de ver que a Weiland-Yutani graças aos acontecimentos de Prometheus e Alien Covenant (sendo a primeira vez que vemos essa regra sendo seguida DE FORMA CRONOLÓGICA, em Covenant) estabeleceu uma regra de: se a nave detectou algum ruído ou sinal acústico, por menor que seja, ou qualquer tipo de transmissão que não seja de alguma das colônias humanas, PARA A PORRA TODA, ACORDA OS TRIPULANTES E MANDA ELES IREM LÁ VER O QUE CARALHOS TÁ ACONTECENDO. É quase como se fosse um “ow futica ali e olha aquela merda ali, só pra ver qual que é” kkkkkkkkk afinal, O QUE PODE DAR ERRADO, NÃO É MESMO ABIGUINHOS? A merda do pouso já dá merda, por que? Por que a Nostromo não é a Prometheus ou a Covenant que são naves de exploração PRÓPRIAS PRA ISSO (ao menos a Prometheus, pois, a Covenant quase que se partia em vários pedaços com as manobras perigosas que “Tee”, fez no filme), ela é só uma nave cargueira, e as coisas já começam a degringolar daí, afinal, se pra pousar já foi uma desgraça, pra decolar foi ainda pior, mas como nada que não está ruim pode piorar, eles tem a brilhante ideia de trazer para DENTRO DA NAVE, UM MALUCO COM UM BICHO NA CARA, AFINAL, POR QUE NÃO, NÉ?
Retrocedendo um pouco aqui: também acham uma brilhante ideia de ir à noite, mesmo com a IA da nave falando que a estrela daquele planeta iria iluminar ele dentro de 2 horas, seria uma ótima ideia ir à noite, certo? Espertinho como só ele, o oficial de ciências Ash fica na nave junto com os 2 engenheiros que estavam consertando e a sub oficial Ripley (que aparentemente tinha que ficar na nave por que deveria ter alguém da linha de comando ali), enquanto que o capitão da nave, o navegador Kane e a executiva oficial Lambert vão explorar o planeta e a fonte do sinal. Lembrando aqui que diferentemente das 2 outras missões que desceram em planetas alienígenas, essa missão, a única “pessoa da ciência” fica segura dentro da nave e não existem armas na nave (afinal, era a porra de um cargueiro, pra que armas?), então foi algo muito mais “experimental” do que nas outras duas missões. E quando acham a nave alien, ao invés de darem meia volta, afinal um simples relato sobre isso já bastava, eles entram e descobrem o famoso primeiro Space Jockey morto com o peito estourado (possivelmente um chestbuster?) e continuam explorando. O legal desse primeiro filme em ordem de lançamento foi que as origens em Lovecraft e Giger são muito mais pesadas aqui ao ponto do filme não te dever nenhuma explicação e você que se vire se quiser entender ou só sentir tudo. E pra piorar tudo, Ripley descobre que o som que eles detectaram na máquina tava muito mais uma advertência/aviso do que um S.O.S. ao passo que nosso querido Ash já desencoraja ela falando o óbvio: naquela altura do campeonato eles já estariam sabendo... Nisso ocorre o que já foi feito as mais diversas sátiras das mais diferentes formas: se você se encontra numa nave alien, num planeta desconhecido, e encontra um corpo fossilizado com o peito aberto como se algo tivesse saído dali de dentro, vê um buraco, obviamente qualquer pessoa entraria ali, e ao avistar ovos E VENDO que tem vida orgânica dentro deles, O QUE QUALQUER SER HUMANO FARIA? METER A CARA OBVIAMENTE!
Nisso é quando começamos a observar mais e mais traços de que Ash pode não ser lá essa boa pessoa toda quando 3 tripulantes voltam, com um deles estando claramente infectado, a sub oficial Ripley MANDA eles ficarem fora da nave por conta da quarentena, e Ash simplesmente faz eles entrarem indo contra as ordens dela. E é aí que a merda começa a feder, pois, o androide vai estudar o espécime das mais diferentes formas, e percebe que deveria deixar simplesmente “o curso natural das coisas agirem” como ele foi instruído pela IA da nave. Nas cenas extras dessa versão do filme, os outros tripulantes fora da área médica (só o capitão Dallas e o Ash estão lá com o Kane) até cogitam colocar ele de volta na câmara criogênica para que cuidassem disso na Terra, eu fico só imaginando a merda que ia ser quando Kane chegasse com isso dentro dele no planeta e a Weiland-Yutani estudando, mais ou menos o que foi apresentado no Alien Romulus (trailer galera, nem venham chorar por conta de spoilers). E é aí que temos o primeiro vislumbre do que corre nas veias dessa espécime: ácido. Corrói quase todo o casco da nave e só para por pura conveniência do roteiro, afinal, se continuasse, todos ali morreriam com a atmosfera do planeta que não era respirável. Ash quando confrontado pela Ripley (que percebe que existe sim algo dentro do Kane, no peito dele, desliga o monitor) demonstra que pouco se importava com as ordens dela e que sim, fez o que fez “pelo bem dos tripulantes que ainda estavam fora”, e a essa altura do campeonato já tava bem na cara que ele era um tremendo de um filho da puta.
Notem que assim que o facehugger sai do Kane eles não realizam um exame nele pra ver se existem algo de errado com ele ou não (ou pedem pro androide examinar e conferem isso, afinal, ele já tinha agido errado antes, por que confiar nele?), examinam a porra do bicho já morto, novamente influenciados pelo Ash, até o ponto que os engenheiros voltam a sugerir ele a ser congelado pra ser tratado depois, tipo, porra, não é óbvio? Mas naaaaaaaaaaao e daí vamos diretamente a cena maravilhosa, espetacular, que entrou para a história do cinema mundial até pela forma como feita também, da apresentação do chestbuster. Sabiam que o maluco genial (na época né) do Ridley descreveu muito pouco a cena pros atores e todas aquelas reações foram genuínas? Nenhum deles sabia disso! A coitada da Veronica Cartwright gritou de verdade e escorregou no sangue jogado nela (esse escorrego foi removido do filme, claro), e dizem as más línguas que ela chegou até a vomitar após a cena!
E após o “enterro” do Kane sendo jogado ao espaço, eles vão a caça do nosso caríssimo e querido “Pokémon” +18, com lanças que simplesmente dão um choquinho, pois, pensavam ainda que ele estava pequeno. Ripley e os dois engenheiros acham o gatinho Jonesy e depois se separam para procurar ele, e é aí que temos mais uma diferença do filme original para esse corte: na morte do engenheiro Brett, o tempo da morte é extremamente reduzido, enquanto que nessa versão, vemos exatamente como ela acontece. Outra curiosidade aqui, darei 3 pelo preço de uma: o ator que fez o alien, tinha mais de 2 metros de altura, e era só um designer que o Ridley bateu o olho e colocou ele na roupa sem mostrar ao resto do elenco pra que tivessem medo real do bichano, a saliva do alien era lubrificante feminino e aquela boquinha dele que estica e volta ao que estava, como se fosse um chiclete, eram camisinhas adaptadas!
E só depois que a segunda pessoa morre pro alien, é que pensam em de fato tentar arrumar alguma arma de fato, e o que fazem? Um lança-chamas kkkkkkk ok que não se tinha lá muitas opções numa nave cargueira, mas puta merda... Dallas morre num jumpscare que dá susto até hoje, demonstrando que um filme bem feito não fica datado jamais, e é aí que finalmente temos a revelação sobre Ash: Ripley agora que virou a pessoa com a maior patente da nave tem direito a IA para perguntar como agir sobre isso, e descobre que na verdade a missão deles era levar isso de volta a estação das empresas Weiland-Yutani mais próxima para estudos e que a tripulação era dispensável, levando ao embate e “desligamento” do Ash de uma forma definitiva.
Parker, Lambert e Ripley se dividem para poder explodir a nave e tentarem sair na nave de “emergência” para a Terra, as coisas voltam a dar merda, pois, quando o alien encurrala a Lambert, o Parker até tenta ajudar ela, mas mais atrapalha e acaba também sendo morto, sobrando pra a Ripley que perdeu um tempo do caralho só atrás do gatinho Jonesy pra se virar contra o alien na nave e é aí que ela acha que “engana” o alien, ativando a auto destruição da nave, algo que não adianta de muito, pois, ela mal sabe que o alien já entrou na nave de fuga dela. E aqui temos mais uma mudança da versão do diretor para o corte dos cinemas: vemos o Dallas e algum outro personagem (aparentemente o Brett) em decomposição em algo como se fossem ovos, demonstrando que o alien não deseja matar todos, e também pensava em se reproduzir (aqui ainda se pensava que os aliens poderiam se reproduzir dessa forma, algo que depois foi descontinuado na franquia) ao passo que a Ripley com o lança-chamas acaba com o sofrimento deles.
Finalizando temos o alien demonstrando que apesar de seu tamanho, ele poderia se esconder nos mais diferentes lugares e diferentes maneiras, e surpreende a Ripley que já estava se aprontando para entrar na criogenia novamente JUNTO COM O JONESY isso é importante, pois, pelo que me recordo, será retomado na continuação não cronológica, mas de ordem de lançamento. Nisso ela se apronta inteira pra ter um último embate contra o xenomorfo, e ejeta ele para fora da nave, mas como essa praga é osso duro de roer, ele até tenta entrar de volta na nave pelos tubos de propulsão, ao ponto que é ejetado quando a Ripley aperta para a nave dar um “boost” e mandar de vez aquela aberração de vez pro espaço para nunca mais ser visto... Certo? E finalmente ela entra em estado de hibernação com a esperança que já acordará em um lugar seguro e pacífico... Certo?
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