Review: Invasão Secreta — Ep. 01

 Atenção, o Review abaixo contém spoilers!

Guerras Secretas estreou esta quarta-feira e eu, particularmente, estava bem ansioso para começar a ver a série, devido ao seu tom de espionagem e sua aparência ser mais séria e pés no chão — e todos já sabem que para mim um live-action só cumpriu seu propósito se for desse jeito. 

Contudo, apesar de sua fotografia bonita, pelo menos o primeiro episódio da série não me cativou tanto quanto eu pensei. Nos primeiros cinco minutos, recebemos uma enxurrada de roteiro expositivo quando um teórico da conspiração explica e desenha o que é a invasão secreta para Everett Ross. Nesse ponto eu pensei: "Pronto, acabou a série. O cara já explicou tudo". Mas a história avança e descobrimos que aquele Ross era um Skrull disfarçado. Eu não sei se a Marvel pretende explicar há quanto tempo ele estava disfarçado de Ross, mas o episódio deu a entender que não era muito. Evidentemente foi uma situação episódica e não um disfarce fixo, ou "casca", como os Skrulls chamam.

Depois disso, Fury aterrissa na terra e é encontrado por Maria Hill e Talos (aonde temos um dos momentos mais gays da série, em que Fury e Talos juntam as testas numa cena emotiva). Então recebemos outra enxurrada de roteiro expositivo: a esposa do Talos morreu, sua filha foi pro lado extremista dos Skrulls, a invasão secreta é _novamente_ explicada e vemos que o Fury estava no espaço ajudando a construir a estação espacial Saber.

E é então que somos apresentados a Gravik, o vilão da série, que, ao que parece, é um jovem militante Skrull que pretende criar conflitos na terra a fim de tomar o planeta. A série deixa claro que os metamorfos estão tomando o lugar de pessoas importantes, de lideres mundiais (ponto extra para a série. Nas HQs eles tentam tomar o lugar dos heróis, o que é mais divertido, mas narrativamente falando, faz muito mais sentido tomar o lugar dos líderes do planeta). Há uma pequena comuna onde Skrulls refugiados vivem suas vidas e jogam bola (?) e, é claro, sequestram humanos, os prendem e roubam suas memórias e aparências. Esse foi um dos poucos pontos fortes do episódio.

Além disso, temos cenas de perseguição, Fury sendo capturado por uma personagem nova chamada Sonya, que parece ser uma antiga rival dele na espionagem, o governo dos EUA querendo capturar Fury por considerá-lo um desertor de sua missão espacial (dando a entender que Rhodes ou o presidente são Skrulls). Temos todo um drama entre Talos e sua filha e ele aparentemente a convence já no primeiro episódio a ir para o lado dos mocinhos — embora me pareça que ela tenha passado informações falsas para ele quando ele queria interceptar e impedir a explosão de uma bomba na Rússia, que daria um conflito entre ela e os EUA. Isso também dita a mensagem da série, que é muito mais sobre família, nos sentirmos sozinhos, sobre lar, do que espionagem.

Talos perdeu a família e sua filha está do lado oposto ao dele na guerra. Fury está velho e percebe que também não tem ninguém, com exceção de Talos e Maria Hill, que morre. Os Skrulls estão sem lar e desamparados no universo, já que Danvers e Fury os abandonaram. E eu não duvidaria se Gravik fosse um filho híbrido de Fury com uma Skrull (embora eu, como hipocondríaco jamais inseriria meu cabo USB em uma entrada alienígena, cheia de patógenos e organismos desconhecidos).

Enfim, a série é basicamente isso. Apesar da fotografia bonita, o diálogo excessivamente expositivo e a pressa deles em explicar tudo e correr com o ritmo deixa o clima de "teoria da conspiração" que a série prometeu bem sem sal. Todos já sabem que tem Skrulls aqui e já sabemos quem são. Mas, claro, reviravoltas podem acontecer e eu espero que seja o caso dos próximos episódios.

Nota: 4.5

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