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10 MELHORES HISTÓRIAS DA MULHER MARAVILHA
Embora seja um ícone da cultura pop, a Mulher Maravilha, ironicamente, é uma das personagens pouco destacadas da DC, muito devido a inconsistência em suas hqs, com autores não sabendo como representar a personagem e seu mundo, resultando em várias histórias diferentes: Algumas vezes Diana é uma heroína que enfrenta super vilões, outras vezes ela é uma guerreira que lida com ameaças ligadas a mitologia grega; Às vezes ela tem namoro com o Steve Trevor outras vezes ela é solteira; Em umas versões origem ela foi uma estátua de Barro que ganhou poderes dos deuses em outras ela é filha de Zeus...
No entanto, mesmo que
essa inconsistência tenha causado problemas para editora conseguir dar um
destaque a heroína, não impediu a princesa amazona de ter umas histórias bem
legais.
Como exemplo de algumas
dessas histórias esse é o meu top 10 melhores histórias da Mulher Maravilha
10)
CIRCULO (Mulher Maravilha vol 3 nº14 a 17)
Quando se fala em hqs
de super heroínas, uma das autoras que vem na mente de muitos é Gail Simone,
responsável por trabalhar em hqs de várias heroínas da DC como as Aves de
Rapina e Batgirl.
No caso de sua fase da
Mulher Maravilha, seu primeiro arco “O Círculo” foi uma combinação o tom de
aventura das histórias clássicas da Diana com os elementos da fase do George
Perez, com a trama envolvendo Diana tendo que voltar a Themysciria para impedir
uma organização nazista de dominar a ilha, ao mesmo tempo em que sua mãe estão
lidando com uma rebelião de amazonas renegadas, que julgam Diana uma aberração
por ser a primeira criança amazona.
Apesar de ter momentos
sombrios, principalmente com a história dessas amazonas, Simone consegue dar
uns momentos bem divertidos, com melhor sendo a Diana enfrentando os nazistas com
a ajuda de um exército de super gorilas que ficaram amigos dela.
9)
UM POR TODOS
Batman não é o único
herói capaz de encarar a Liga da Justiça sozinho. Nessa hq “Um por todos”,
Diana foi forçada a mesma coisa para impedir que seus colegas da Liga fossem
mortos numa luta contra um dragão que, de acordo com uma profecia, está
destinado a matar a Liga.
A decisão da Diana em
enganar seus colegas cria um drama bem complexo para heróina, que força a ir
contra sua compaixão e trair seus amigos para garantir a segurança deles.
8)
DESENHOS DE GIZ (Mulher Maravilha vol 2 nº46)
A fase de George Perez
é conhecida por ser a fase definitiva da Mulher Maravilha, tendo abordado o
lado mitológico e mostrado a Diana enfrentando deuses, monstros e criaturas da
mitologia grega. No entanto, Perez sabia reservar algumas histórias para
abordar temas bem sérios e sombrios para uma hq voltada ao público jovem.
Um dos maiores exemplos
disso foi nessa história onde Diana descobre que uma colega de sua amiga
Vanessa Kapatelis, tirou a própria vida, deixando Vanessa exatamente arrasada.
A edição é toda focada na Diana tendo ajudar sua amiga nesse momento difícil,
testemunhando o efeito que essa morte teve não só nela como na família da
garota, provando como seu grande poder não é sua força ou habilidades de guerreira,
mas sim sua compaixão e seu grande amor pela humanidade.
7)
A CANÇÃO DO CISNE (Mulher Maravilha vol 2 nº15 a 16 e 42 a 44)
Assim como a heroína,
os inimigos da Mulher Maravilha também são bem subestimados, com os únicos
conhecidos pelo público sendo Ares e Mulher Leopardo (e talvez agora Dr Psycho
devido a série da Arlequina). Isso é pena pois a amazona tem muitos outros
inimigos interessantes e complexos, como no caso da Cisne Prateada.
Assim a Mulher Maravilha,
a Cisne teve várias versões nas hqs, com a minha favorita foi a segunda versão Valerie
Beaudry. Criada por George Perez, a personagem foi estabelecida como uma mulher
que nasceu deformada, devido a radiação de teste nucleares. Se sentindo
rejeitada e desejando amor e aceitação, ela acabou sendo seduzida pelo
empresário corrupto Henry Cobb Armbruster, que fez experimentos, transformando
Valerie numa arma, chegando a coloca-la contra Mulher Maravilha.
Pode-se dizer que essa
versão da Cisne Prateada é um protótipo de vilões que apareceriam no futuro,
como a Arlequina, com seus conflitos com Diana tocando em temas como relações
abusivas e o dano psicológico causado nas vítimas. A diferença é que ao
contrário da Valerie tem uma história mais completa, com Diana no final
ajudando ela a encarar suas inseguranças e se redimir.
6)
PARAÍSO PERDIDO (Mulher Maravilha vol 2 nº168 e 169)
Depois que George Perez deixou o titulo, muitos roteiristas (incluindo John Byrne) tentaram recriar o sucesso de sua fase. Infelizmente, todos falharam... até que chegou Phil Jimenez. Com uma arte bem próxima do estilo do Perez, Phil resgatou vários elementos estabelecidos no inicio da fase pós-crise e os levou para o próximo nivel,
O auge de sua fase foi no arco "Paraíso Perdido" onde acontece incidentes nas tribos das amazonas e das
Bana-Mighdall, um grupo de amazonas que veneram os deuses egípcios que passaram a viver junto das amazonas de Themyscira. Com ambos
lados culpando o outro e as amazonas perdendo a confiança em Hipólita, acontece uma guerra civil entre as elas, com Diana
e suas aliadas no meio tentando impedir esse caos enquanto tentam descobrir o
responsável por trás desse conflito.
O final desse arco
resulta num grande desenvolvimento para a Hipólita e no status quo das
amazonas.
5)
O DESAFIO DOS DEUSES (Mulher Maravilha vol 2 nº 8 a 14)
Um dos melhores pontos
da fase do George Perez que ajudou a redefinir a Diana para a cronologia
pós-crise foi a forma como ele abordou o lado mitológico da heroína, mostrando
a ligação da Diana com o panteão de deuses gregos. Enquanto seu primeiro arco
estabeleceu a princesa amazona, o passado de sua mãe e irmãs e sua rivalidade
com Ares, é a história seguinte “Desafio dos Deuses”, que levou a aventura para
o próximo nível.
Tendo acabado com a ameaça de Ares, Diana retorna a Themyscira, pensando no que ela e suas irmãs farão. Julgando que o dever das amazonas já foi cumprido, Zeus, sob influência de Pan, decide seduzir Diana e as amazonas. No entanto a princesa recusa, causando sua fúria.
Por sorte, Hera e as deusas conseguem impedir Zeus de punir as amazonas, convencendo-o a dar uma chance para Diana provar o valor de suas irmãs: Ela teria que entrar no Covil do Demônio, uma caverna em Themyscira e passar por vários desafios que colocariam sua vida e o destino das amazonas em jogo.
Num estilo “12
trabalhos de Hercules”, essa história define de vez o tom de aventura presente
na fase do Perez, com Diana enfrentando vários monstros mitológicos diferentes,
descobrindo segredos sobre seu passado e encarando desafios que testam não só sua
força como sua fé e compaixão.
Hipólita também passa
por um grande desenvolvimento, desafiando as ordens dos deuses para ajudar sua
filha e no caminho se encontra com alguém do seu passado.
4)
PARAISO ENCONTRADO (Mulher Maravilha vol 2 nº171 a 177)
Minha vilã favorita da
Mulher Maravilha é a feiticeira Circe. Ela é praticamente um contraste a Mulher
Maravilha: Enquanto a heroína é gentil e leal e Circe é cruel e manipuladora,
nutrindo um ódio pela Diana.
Um dos seus planos mais
diabólicos contra Diana foi transformar todos os homens em Nova York em homens-feras,
forçando Diana, com ajuda das heroínas da DC, a enfrentar vários inocentes sob
controle da bruxa, incluindo Superman-Apocalypse e a Vanessa Kapatelis (transformada
na nova Cisne Prateada).
É comum algumas pessoas julgarem
que vilões puramente maus podem ser chatos e sem complexidade, porém o roteiro
de Phil de Jimenez ajuda a tornar Circe como uma vilã que o leitor “ama odiar”,
dando muita satisfação quando Diana tem seu conflito com a feiticeira, com
muitos torcendo por sua vitória.
3)
OLHOS DA GÓRGONA (Mulher Maravilha vol 2 nº206 a 213)
Um dos monstros
mitológicos que a Diana teve dificuldade para derrotar foi a Medusa, a mulher
que foi transformada por Atena numa criatura com cabelos de cobra e um olhar
petrificante. Tendo sido ressuscitada por Circe nos dias modernos, Medusa jurou
eliminar Mulher Maravilha, visto que as amazonas veneram principalmente as
deusas do olimpo, incluindo Atena.
Em sua busca por vingança,
ela não só ameaçou os amigos de Diana, mas conseguiu petrificar um deles,
forçando Diana a um duelo até a morte, onde para obter a vitória a heroína teve
que fazer um grande sacrifício com consequências sendo exploradas nas histórias
seguintes.
2)
A VERDADEIRA AMAZONA
A origem da Diana foi
refeita várias vezes, mas com o básico permanecendo intacto: Ela sendo princesa
amazona que é enviada ao mundo dos homens para ser sua protetora e representar
os ideais das amazonas.
Apesar do Deuses e
Mortais de George Perez, a dos Novos 52 de Brian Azarello e Ano Um de Greg
Rucka serem consideradas as melhores versões da origem da Mulher Maravilha,
minha favorita é a hq “Verdadeira Amazona”, escrita e desenhada por Jil
Thompson.
Ao invés de focar na
jornada da Diana ao mundo dos homens, Jil Thompson faz história se passar em
Themysciria, mostrando o crescimento da Diana de uma princesa mimada e
orgulhosa para uma pessoa mais empática e humilde após cometer um ato que resulta
na morte de uma de suas irmãs.
Embora alguns fãs
tenham problema com essa representação da Diana, eu acho que a história
consegue dar um toque de tragédia grega a origem da Diana, com a personagem
sendo mostrada incialmente tendo defeitos humanos como o orgulho, porém nunca a
ponto de torna-la chata ou completamente antipática, com ela no final tendo que
encarar as consequências de suas ações e assumir responsabilidade por elas.
1)
ESPIRITO DA VERDADE
Um detalhe sobre a Diana
nas histórias modernas que muitos não notam ou comentam é a falta de identidade secreta, com a amazona vivendo
uma vida super heroína e uma embaixadora. No entanto, isso pode ter efeitos bem
prejudiciais no dia-a-dia da heroína e em sua relação com as pessoas.
Essa obra prima feita por Paul Dini e Alex Ross dá um destaque a esse aspecto, mostrando Diana começando a perceber que as pessoas que ela protege temem odeiam dela, julgando como uma completa estranha e desconectada deles.
Insegura quanto ao seu papel, Diana, seguindo conselho de
Clark, adota disfarce humano e passa a andar pela Terra, ajudando pessoas,
principalmente mulheres vítimas de opressão, enquanto tenta redescobrir o
significado de verdade no mundo.
Assim como “Superman
Paz na Terra” e “Batman Guerra contra o Crime” (que irei falar muito no próximo
texto), essa hq pode não ter a heroína lutando contra super vilão ou um monstro
mitológico, mas no lugar tem uma bela história com uma mensagem bem positiva
que captura a essência da Diana e sua conexão com a humanidade.
Por essa razão, Espirito
da Verdade é a melhor história da Mulher Maravilha.
Então é isso! Quais são suas histórias
favoritas da Mulher Maravilha? Sintam-se a vontade para colocar suas opiniões e
ideias nos comentários abaixo.
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