Review de Batman 66 - Episódios Fine Feathered Finks e The Penguin's a Jinx

 


Continuando com o review dos episódios da série do Batman de Adam West, vamos para os episódios Fine Feathered Finks e The Penguin's a Jinx, ambos os episódios dirigidos por Robert Butler. Nesses episódios, temos a estreia do Pinguim de Burgess Meredith, um dos meus vilões preferidos do herói. No enredo, alguns capangas do Pinguim distribuem uns guarda-chuvas explosivos em uma joalheria; isso deixa o comissário Gordon de orelha em pé, e ele pede ajuda para o Batman, por meio do telefone vermelho. Quem atende é o fiel Alfred, que interrompe uma aula de francês e uma lição de moral de Bruce para Dick.

Chegando na sede da polícia, a Dupla Dinâmica é apresentada ao diretor da penitenciária de Gotham, que exibe um vídeo do Pinguim em sua sela, matutando sobre qual será seu novo crime e conversando com um capanga. No entanto, o vilão percebe que está sendo filmado e quebra a câmara. Batman consegue deduzir o paradeiro do Pinguim, uma loja de guarda-chuvas. Quando a Dupla Dinâmica chega no local, percebe que não poderá enquadrar o vilão por um crime que ele ainda não cometeu.

Em seguida, o Pinguim solta um guarda-chuva gigante na cidade, e um menor fica preso em um poste. Batman apreende esse guarda-chuva menor colorido como pista. Há ainda uma pista falsa de assalto a banco, em que o Pinguim novamente engana a Dupla Dinâmica. O drama do vilão é que ele estava com crise de criatividade. Assim, ele colocou um microfone no guarda-chuva para que Batman deduzisse algum crime que ele ainda não cometeu, pois assim o vilão teria ideia para um golpe, e essa ideia seria do próprio Cruzado Encapuzado.


Batman ainda tem uma ideia de ir como "civil", Bruce Wayne, na loja do Pinguim e pôr uma escuta para que descobrisse o plano do vilão. No entanto, havia um sistema de alarme antiescuta na loja, e o Pinguim percebe o estratagema. Então, Bruce é capturado por uma rede e posto no incinerador. Felizmente, ele consegue acordar com o calor e dar um jeito de se safar.

Depois de escapar da morte, Batman e Robin tentam descobrir qual o plano do Pinguim, analisando o guarda-chuva colorido como pista. Primeiro, o herói imagina que seria um assalto a um museu, para roubar uma coleção de rubis e esmeraldas. Entretanto, como a segurança do local era inexpugnável, Batman deduz que o crime do vilão seria sequestrar Dawn Robbins (Leslie Parrish), uma atriz famosa que estava em Gotham, e pedir resgaste. A Dupla Dinâmica aparece na sessão de fotos da moça, que estava deitada no tapete, e diz que pretende impedir seu sequestro, mas então surgem o Pinguim e seus capangas em guarda-chuvas voadores. Batman e Robin são presos na parede graças a um ima gigante, que atrai seus cintos de utilidade.

Pinguim pede uma fortuna de resgate e aceita que Dawn seja devolvida na Mansão Wayne, como território "neutro". O vilão então seda Alfred e tia Harriet com gás do sono, deixa a moça e sai com a mala de dinheiro. No entanto, o Pinguim e seus capangas não têm muito tempo de comemorar, pois logo a Dupla Dinâmica chega no esconderijo do vilão. Batman revela que o Pinguim deu bobeira ao falar exatamente as mesmas palavras que ele falou na Batcaverna e que agora ele sabia da escuta. Depois de uma luta cheia de onomatopeias, Pinguim e seus capangas são presos. Nessa cena, Burt Ward dá umas risadinhas como Robin que o deixou com um jeito de retardado. Nos quadrinhos, um menino de 12 anos se comportar assim não é muito ridículo, mas um marmanjo em live action fica muito estranho.

Na cena final, Bruce Wayne está dando uma festa e Dawn aparece com um jeito muito esnobe. O empresário dela diz que o problema é homem, que ela estava apaixonada por seu salvador, Batman. Isso só prova que, apesar dos comentários maliciosos de muitos, o Batman de Adam West é o mais hetero top de todos os Batmen.

Nesses episódios, há a introdução do Pinguim de Burgess Meredith, que é a versão do vilão da época, como nas HQs de Dick Sprang, o Pingum caricato e galhofa, antes de se tornar mais sério, freak e sombrio, apesar de que o personagem nunca deixou de ser caricato. Atualmente, o Pinguim é retratado como um boss bem excêntrico do submundo de Gotham, mas em sua origem ele era uma espécie de Arsène Lupin mais cômico, um golpista e um ladrão. Claro que o Pinguim não tem o porte físico de Lupin, mas tem a cartola, o terno e o monóculo, e por várias décadas foi fundamentalmente um ladrão. Apenas em meados dos anos 90 nos quadrinhos é que ele virou chefão do crime em Gotham e dono da boate Iceberg Lounge.

 

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