FANFIC: Flash: O homem mais rápido do mundo - PARTE 2


<Texto da Tag “Escritor Convidado”, escrito por: 

Xandão De Oliveira Frauches>

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Capítulo 1
A calmaria antes da tempestade

Ao ouvir o som do despertador, Barry acorda de seu sono pesado. Após sair da cama ele vai para o banheiro para lavar o rosto. Só de ver o reflexo de sua imagem no espelho ele deduz que passou horas acordado na noite passada.
Ao ir para cozinha, Barry prepararia seu café da manhã, até que recebe uma mensagem de celular de seu amigo Julio Mendez:
“ Ei Barry! Assassinato na Avenida Infantino com a rua Cates. O Capitão Sight estará aqui em 5 minutos! Melhor se apressar!”
Rapidamente, Barry toma seu café, depois se dirige para seu quarto, pegando suas coisas, e saindo do apartamento, cumprimentando seus vizinhos no caminho conforme desce as escadas. Infelizmente, Barry perderia seu ônibus, sendo forçado a chamar um UBER, que chegaria 2 minutos depois.


Após chegar no local do crime, já atravessando a rua, Barry conseguia vê Julio Mendez falando com o Capitão Sigh, chefe do Barry, um homem alto,  de cabelos pretos e barba escura, com um queixo rígido. Pelos gestos feitos, Barry deduziria que Julio estaria provavelmente o defendendo, dando desculpas ao Capitão pelo seu atraso, como sempre.
Ao se aproximar, Barry mostraria o distintivo para os guardas o deixarem passar e iria até a cena do crime, vendo um carro batido num muro de um prédio. Enquanto apronta suas ferramentas, Barry seria visto por Julio e o insatisfeito capitão.
 - Allen! Está atrasado. Eu pedi por uma analise da cena mais de uma hora atrás.
Barry volta sua atenção para o capitão:
- Desculpa senhor! Acabei tendo um atraso na minha ida.
- Esses atrasos estão começando a virar uma rotina.
- Eu sei senhor, eu...
Antes que Barry responda, Julio interrompe, tentando acalmar a situação:
- Ei, ei, ei. Dá um desconto Capitão. Barry pode ter seus defeitos mas ninguém manda bem na busca das evidências que o cientista aqui. Vai por mim!
- Assim espero, Mendez. Prossigam, e, Allen... melhoras pra sua tia doente.
O capitão se vira para atender outros oficiais.
- Tem minha garantia Capitão.O Barry não vai decepciona-lo.
Após essas palavras, Julio se vira para ajudar Barry, com uma expressão de confuso no seu rosto:
- Tia doente?
- Eu sei! Clichê!  Infelizmente já tinha usado a desculpa do “tropecei no meio caminho”, e depois que o Capitão passou a andar com o rádio ligado, não dá usar o ficou preso no trânsito.
- Obrigado de qualquer forma. Fico te devendo uma.
Julio ficaria feliz em ouvir isso e Barry voltaria sua atenção para onde estava o cadáver da vítima.
- Então o que temos aqui?
Julio explica a situação enquanto Barry começa a analisar a cena do crime.
- A vítima é um funcionário dos laboratórios STAR. Cara magrelo, de aparentemente uns 36 anos. Os caras perseguiram ele nessa manhã após ele ter furado uns 3 sinais fechados. Quando bateu o veiculo, morreu com o impacto e encontramos uns barris com componentes quimicos roubados no porta mala.
- Vamos ver isso. A evidência...
- Eu sei. "será sua resposta".
Julio diria isso com um sorriso em seu rosto e Barry responderia com um sorriso, atendendo a zoada do amigo :
- Astuto!
Barry começa a observar a cena do crime vendo todos os detalhes possiveis. Julio fica chocado com a atenção porém  não surpreso. Tendo sido colegas por 4 anos ele já conhecia o colega, sabendo que ele é um cara dedicado ao trabalho, sempre buscando obter todas as pistas possíveis antes considerar qualquer resposta conclusiva.
Ao se aproximar do veiculo, Barry nota uma poeira estranha e brilhante no tapete do motorista. Com uma pazinha,ele começa a retirar uns fragmentos. Julio observa com curiosidade:
- O que isso?
Barry responde enquanto coleta algumas amostras:
- Não. Parece ser fragmentos de algum minério. Você disse que a vitima era um funcionário dos Laboratórios STAR. Qual é o nome dele?
- Ah sim! Clyde Mardon.
Barry se espanta ao ouvir o nome da vítima.
- Mardon?
- Ouviu falar dele?
- Sim. Li uns livros sobre o trabalho. Muito interessante todos, principalmente sua teoria sobre a manipulação das particulas do ar para controlar o estado das nuvens, o que causaria uma alteração climática no ...
- Barry! Foco!
Diz Julio impedindo seu amigo de ficar aprofundado demais na parte científica.
- De qualquer forma, acho bem dificil alguém com uma reputação como Professor Mason faça o perfil de bandido, ainda mais para roubar do próprio local de trabalho.
- Provavelmente  ele se esforçou demais em fazer algum projeto e acabou surtando com tanta pressão.
Barry termina de coletar as amostra e volta sua atenção para Julio, respondendo
-  Muito improvável , porém não ter uma resposta definitiva até termos analisarmos melhor esse caso. Todo mistério tem solução.
Nesse momento, ouve-se uma voz suave e sarcástica no ambiente
- Falou o mistério vivo em pessoa.
Barry e Julio olham para trás vendo com surpresa e admiração uma figura se aproximar deles. Trata-se de uma moça jovem, alta, possivelmente tendo uma idade próxima de Barry, com cabelos e olhos castanhos e lábios rubros, vestido um casaco de couro, camisa roxa, calças jeans e botas. Essa jovem teria pendurada em seu ombro uma bolsa e um crachá em seu peito do Jornal Picture News. Barry se sente meio tímido perante essa jovem. Quando está preste a falar quando Julio o interrompe
- Ora, ora. Bom dia! Sou Julio Mendez. Poderia me dizer de que lado bom da cidade você veio?
Com uma expressão de confiança em seu rosto, a moça mostraria o crachá:
- Íris West, repórter do  Picture News.
Julio devolve a identificação de íris, com uma expressão de interesse em seu rosto
- Oh! Claro. Devo ter lido alguns de seus artigos.
Iris então guarda seu crachá enquanto volta sua atenção para Barry
- Obrigada! Alguma novidade, Barry?
Com o assunto voltado para ele, Barry fica nervoso. Quando se trata de Íris West, ele sempre demonstra um pouco de receio em responder. Após uma breve respirada, Barry responde a repórter:
- Bem no momento agora eu...
Porém, antes que Barry complete a resposta Julio o interrompe novamente, curioso pela interação dos dois:
- Vocês já se conhecem?
Por um breve momento, Barry e Iris quase respondem juntos, porém se contém percebendo quão ambos estão nervosos, pelo menos no caso do Barry ele está. Sendo educado, ele deixa Íris dar resposta:
- Nos conhecemos no café. Eu estou sempre atrás de uma boa história, e seu amigo aí é uma história e tanto. Sempre encontra uma forma de evitar uma de minhas entrevistas.
Julio fica com um sorriso em seu rosto ao ouvir isso, enquanto Barry ficam meio nervoso e quase sem palavras.
- É porque ela fica tentando espreitar por informações num...
Julio dá um leve toque na costa de Barry, impedindo ele de completar a frase.
- Barry só ta sendo tímido.
Íris encara o Barry com um olhar de suspeita e sinceridade em seus olhos.
- Bem lá no fundo, tem uma história grande Barry preste a sair.
Barry fica sem palavras, porém o Íris o acalma, ajustando sua bolsa e se despedindo.
- Relaxa. Tem mais histórias pra caçar nessa cidade. Porém espero uma resposta na sua nas minhas próximas mensagens.
Conforme Iris sai da cena, Barry não consegue deixar de encará-la, pensando em sua doce voz, seu rosto lindo e olhos tão atraentes.
Julio veria a situação com sobrancelhas levantas, já tendo percebido o clima entre os dois.
- Então, vai responder as próximas mensagens dela?
Barry volta a si e começa a arrumar suas coisas, tentando manter sua postura de certinho
- Eu...
- Qual é.?
- Ok...Talvez!
- Talvez ? Sério mesmo cara?
Barry volta sua atenção para o colega, ficando bem mais ansioso para responder.
- Olha Iris é legal e tal mas não acho que...
- Só legal? Ela é perfeita pra você. Você consegue analisar pistas como ninguém e não percebe a química entre os dois?
-  Iris e eu só...
Julio colocaria sua mão no ombro de Barry, passando um conselho pro amigo
- Olha cara, segue minha sugestão : Chama ela pra sair. Marque um encontro hoje de noite. Pelo que soube o céu vai tá bem limpo e conheço uns restaurantes bem legais na cidade.
Por um breve momento, Barry refletira sobre a sugestão de Julio, porém voltaria sua atenção para pegar seus materiais, se preparando para sair.
- Difícil pra mim Julio! Muito trabalho a ser feito!
Julio rodaria seus olhos, indicando frustração, porém respeitaria a decisão do colega, mesmo achando ela errada.
- Azar o seu o cara!
Julio se despediria de Barry, que por sua vez caminharia de volta para o laboratório, continuar sua investigação.
Enquanto anda pela rua, Barry estaria observando atentamente o ambiente ao seu redor, percebendo a ausência de pessoas na rua, não que isso o surpreenda, com Barry sempre tendo passado sozinho por esse caminho. O que chama a atenção do cientista é o som de risos que quebram a atmosfera silenciosa. Barry olha para o lado e vê um casal com seus filhos, andando pela rua, parecendo muito felizes. Só essa imagem traz memórias para o Barry de quando ele era criança, um jovem otimista acompanhado por seus pais. Foram os ultimas memórias de quando ele foi tão feliz. Ele meio que desejaria poder ter o mesmo otimismo que essa família que não aparenta ter problema nenhum em suas vidas.
Ao chegar no departamento de Policia, Barry iria para o laboratório, onde passaria o dia inteiro fazendo analise das evidências, com pequenas pausa para almoço e um lanche no fim da tarde.
Enquanto alguns de seus colegas sairiam após terem trabalhado grande parte do dia, Barry continuaria no laboratório, se recusando a finalizar o trabalho depois. A atenção dele é chamada por um som estrondoso vindo do lado de fora. Ao olhar pela janela, Barry percebe o céu nublado, indicando a aproximação de uma chuva forte. Antes de voltar ao trabalho, Barry passaria por um quadro, revelando estar cheio de gravuras e recortes de jornais sobre a morte de sua mãe. Toda vez que olha para isso, ele se lembra do motivo de ter se tornado um cientista, de toda sua dedicação para aprender o estudo das evidências, tentado encontrar o assassino e provar a inocência do seu pai, que ainda está na prisão. Sempre que pode, Barry visita seu pai, prometendo que irá provar a inocência dele, apesar da insistência de Henry de deixar isso de lado e seguir em frente com sua vida. Apesar de suas investigações ainda não terem resultado em nada, Barry tenta manter a esperança que irá futuramente encontrar as provas para libertar seu pai. Porém isso se mostra dificil, com falhas sempre o relembrando das cenas de crime que ele viu, assim como as vitimas deixadas nelas. Com tanta tragédia e crime em Central City que testemunhou, é justificável sua duvida sobre a possibilidade de olhar para o futuro e ver algo positivo.
Ao observar umas mensagens no celular, Barry repara nova mensagem da Íris, e fica dividido se deve responder ou não. Pensando no que Julio lhe falou, Barry pensaria sobre a possibilidade de chamar Íris pra sair. Apesar de achar que Íris só está atrás de informações para sua revista, Barry não consegue ignorar a sensação de que ela tem um interesse diferente nele, embora ele não saiba o motivo. Essas duvidas deixariam Barry nervoso, porém ele estaria considerando fazer uma tentativa, seguindo o conselho do seu amigo.
Justo quando seus dedos estão preste a tocar nas teclas do celular, Barry escuta um som forte vindo da janela. Ao observar o ambiente ao seu redor, Barry repara nas substâncias químicas todas flutuando pra fora dos frascos, deixando o cientista ainda mais surpreso e confuso. Quando Barry volta sua atenção para a janela, ela é atingida por um relâmpago que passa quebrando o vidro e atinge a estante ao lado de Barry, causando uma explosão o cientista em cheio, lançando-o sobre os produtos químicos na prateleira. Nenhum som é feito e os olhos de Barry começam levemente a se fechar, até que o jovem cai chão inconsciente.  

CONTINUA...?





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