[Texto
da tag “Escritor Convidado”, escrito por Ricardo Cerqueira, publicado
originalmente no blog: https://www.nerdcult.com.br/]
Games
sempre sofrem quando são adaptados para outras mídias, principalmente os jogos
de luta, que tem diversos personagens com histórias próprias, que às vezes se
cruzam e às vezes não. Street Fighter foi um desses que também sofreu quando os
americanos colocaram as mãos na obra, porém, é um dos poucos títulos que teve
animes incríveis, além de duas séries em mangá, cujo a segunda,
intitulada Sakura Ganbaru, fez com que eu me apaixonasse pela
história da personagem, que confesso nunca ter dado trela.
Ao
encontro do mais forte
No
primeiro volume, Sakura é uma colegial que decidiu entrar para o mundo das
lutas de rua, por causa de Ryu, um lutador que Sakura chama de "Aquela
pessoa". Esse caminho uniu a menina com Dan Hibiki, outro lutador de rua
que domina técnicas parecidas com as de Ryu.
Mais
tarde, Karin, uma das lutadoras mais ricas da escola, desafia Sakura e perde. A
derrota faz com que ela convide Sakura para lutar em seu torneio pessoal,
realizado no bairro inteiro. Mas o torneio atrai alguém inesperado, o lutador
conhecido como Ken Masters. Como já esperado, Sakura enfrenta Ken na final,
perdendo de maneira honrada e ganhando o troféu de segundo lugar.
No
final, todos os lutadores vão almoçar na casa de Sakura, fazendo com que os
pais da menina aceitem melhor esse estilo de vida.
No
segundo volume, Sakura vende o troféu que ganhou para viajar no feriado para
Hong Kong com Dan, afim de procurar Ryu. Logo de início, os dois acabam em um
ringue ilegal, onde Dan tem que enfrentar ninguém menos que Balrog, e Sakura é
presa como escrava sexual.
Sakura
consegue escapar derrubando a porta com o Hadouken, e quando estava quase sendo
morta pelo chefe do lugar, é salva por ninguém menos que Chun li, disfarçada
como membro da organização.
Mais
tarde, Dan, Sakura e Chun li vão atrás de Ryu e acabam cruzando o caminho de
Gen, um lutador extremamente habilidoso que estava no encalço de uma arma
viva, que estava fugindo da "Organização". Depois de lutar contra
Chun Li, Gen luta contra Sakura, que impressiona o cara com o seu Hadouken, já
que ele acreditava que tal técnica corromperia seu usuário. Isso fez com que
ele mudasse a expressão e desistisse da luta. No final, a tal arma fugitiva se
une ao grupo, e mais tarde, Sakura a apelida de Cammy.
Juntos,
eles seguem para a Rússia, atrás do "herói nacional" que treinou
Cammy, o lutador conhecido como Zangief. Depois de uma luta entre Zangief,
Sakura e Cammy (que tem um desfecho bem emocionante), elas conseguem a
informação de que alguém na Tailândia sabe sobre Ryu.
A
partir daqui, apenas Sakura e Dan Hibiki seguem viagem. Quando chegam na
Tailândia, eles encontram Sagat, que diz que Ryu está em um castelo no interior
do Japão (Nessa hora eu pensei: "Tanta volta para voltar para o
Japão?!"), porém, Sakura tem que voltar sozinha, já que Dan quer enfrentar
Sagat por causa de seu pai.
Sakura
vai até a região onde está o tal castelo, pegando um ônibus que foi colocado lá
pela Karin. Quando finalmente se encontra com Ryu, derramando lágrimas de
emoção e deixando o cara a ver Navios, ela o desafia. O mangá acaba com
uma Sakura já adulta, trabalhando como professora de educação física, sendo
procurada por Ryu para um outro combate (e provavelmente sendo demitida por
justa causa, já que eles lutam dentro da escola e durante a aula).
Vale
ou não a pena?
Como
eu disse no começo, não é fácil adaptar jogos de luta, pelo menos, sem
descaracterizar demais. Animes sempre tiveram um histórico melhor do que
Hollywood, principalmente Street Fighter e esse sucesso se repetiu no mangá.
Tive a sensação de estar jogando com a Sakura, mas com uma participação maior
de outros personagens. Sem contar que achei uma delícia acompanhar a personagem
nessa jornada de autoconhecimento e amadurecimento, até alcançar seu objetivo.
Ah,
e não posso esquecer que o Blanka também aparece, só para apanhar, mas aparece
bem rápido.
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