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ão
sei os senhores, mas essa “máxima” da sabedoria popular não ganhou esse posto a
toa. “Quem não deve... Não teme.” É tão simples, se encaixa quase sempre, e
ainda há pessoas subestimando a inteligência dos demais, tentando contrariá-la,
tentando impor o “Temo, mas não devo”. Claro, podemos temer a exposição, a
desconfiança, destruição de nossa imagem como pessoa honrada, mas tudo isso
entra em um doloroso xeque quando já estamos perante a acusação. Nessa
berlinda, o sensato é ser o mais empenhado para se esclarecer e provar sua
honestidade.
Um
dos meus primeiros chefes, quando eu tinha 13 anos, certa vez me contou uma –
dentre várias – histórias do seu dia, cada qual trazendo ensinamentos bem
úteis, em qualquer etapa existencial. Ele tinha um amigo com bastante grana, um
amigo de longa data, e que morava sozinho. Esse amigo vivia deixando dinheiro
espalhado pela casa, o qual ele não se dava ao trabalho de recolher, durante as
visitas do meu ex-chefe, por ter “confiança” nele. Certa vez, após uma dessas
visitas, perto de sair, o anfitrião joga que perdeu 4 mil naquele dia, que não
estava conseguindo achar, que estava “bem ali, na sala, e sumiu”. O que
meu ex-chefe fez? Simplesmente olhou para ele e disse: “Só saio hoje
daqui quando a gente encontrar”, e encontraram.
Flávio Bolsonaro discorda.
Salva
as devidas proporções, ele deve ter um raciocínio semelhante ao que tinha Eduardo Cunha (mais um “imbatível” de
nossa história política recente, cujo sabemos onde está agora), que por estar “combatendo um inimigo maior”, seus delitos serão
minimizados, justificados, ou até perdoados. Que o argumento, --que a Esquerda
Brasileira tanto adora— de que tudo é mais um golpe político contra um governo,
vai ampará-lo se as provas surgirem, ou que os 57 milhões que voltaram em Jair Bolsonaro
– e aqui estou incluso – saíram de seus trabalhos, para ir na rua protestar, caso
sua corrupção seja provada, e spoiler:
ela está cada
vez mais perto.
Foi
dada a oportunidade à “01” de prestar esclarecimentos pela PF. Por ser
parlamentar, Flávio poderia escolher dia e hora, algo que nós, meros mortais, nem
sonhamos em ter como escolha. E o que fez? Apenas empurrou com a barriga, e
esses “esclarecimentos” até agora não chegaram. Queiroz desde então, já valeria um filme sobre, virou uma lenda
urbana moderna, e até um slogan para
oposição. Flávio não parou por ai, tentou, a grosso modo, pedir arrego no STF, como todos os demais de sua “classe”, e depois
ainda condenam cidadãos que “criminalizam a política. Não precisa, no Brasil,
ela já é criminal de forma legalizada, pelas próprias “regras” escritas pela
pelo pior tipo de escória engravatada. Claro, “01” disse que apenas “buscava
saber em qual foro responder”, sim, o
mesmo privilegiado que podia escolher a hora e lugar para depor. Na época,
o próprio MBL sentiu o cheiro da merda subindo, e como sempre, foram tidos como
“esquerdistas disfarçados” pelos “bolsonaristas”, mas haviam os aliados de mais
fé, como Nando Moura, que estavam
crendo que era tudo “um mal entendido”. O mesmo Moura que parece agora menos
esperançoso, após ver o próprio Flávio, se aliar a oposição, contra a LAVA-TOGA
que mira o STF.
Flávio
se opõe a uma investigação sobre o STF, ansiada pela maioria da população, ai
incluso ambos espectros ideológicos, sobre uma corte mais acima de tudo, do que
o próprio Monte Olympo na Mitologia Grega. Segundo o próprio: “não quer uma
nova crise institucional” atacando frontalmente todos aqueles semi-deuses que
dizem ser apenas juízes, ignorando talvez que ao menos metade das crises
desde o começo do ano, são criadas por seu irmão, Carluxo, metralhando – e chamando
até o Olavo de Carvalho, como patner,
por quê não? – o vice, ministros, militares, a câmara, o senado, jornalistas e
qualquer um que bote os olhos em seu priminho (e o poodle que o casal que não sai do armário criam.)
Realmente,
os grandes impérios desmoronam de dentro para fora. Essa não é mais sabedoria
popular, é pura história.
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Até o próximo.
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