Para ler a parte um: https://ozymandiasrealista.blogspot.com/2018/05/wolverine-origens-01-25-parte-01-de-02.html
Antes de tudo, sei que vocês estão se perguntando porque não fiz a resenha de todas as edições da HQ. Eu não fiz pois eu não gosto da arte do Steve Dillon. Ela é muito cafona.
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Personagens diferentes, só que com o mesmo rosto.
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Sabendo disso, vamos para a resenha.
Foi em Wolverine: Origens que conheci o Daniel Way e virei fã dele (apesar de só ter lido este quadrinho que estou resenhando). Essa HQ mostra principalmente a conturbada - e violenta - relação entre Wolverine e seu filho Daken. Sempre achei o Daken um pé no saco, mas quando li essa HQ mudei totalmente minha visão sobre ele. Ele é um garoto sofrido, cresceu sem o pai, foi doutrinado por um vilão, resumindo: ele comeu o pão que o diabo amassou. Daken é um antagonista que reflete o Wolverine quando jovem: faz tudo (inclusive matar) sem pensar e não se preocupa com a vida. Wolverine tenta consertar isso, pois teme que seu filho seja tão sofrido quanto ele no futuro.
Mas Daken também não é flor que se cheire. Ele manipula qualquer pessoa a seu favor para conseguir o que quer.
Wolverine sente um grande afeto pelo filho e sente-se culpado por tudo que aconteceu com ele, e, por isso, tenta de toda forma se desculpar com Daken. |
Agora, os dois formam uma dupla não muito amistosa partindo em busca de vingança. Daken ainda não confia totalmente no seu pai - nem sequer o trata como se fosse seu pai, o vê apenas como um estranho com o qual precisa somar forças para derrotar Romulus. Porém, ele acaba traindo Wolverine. Assim, acabamos vendo que Daken em nada mudou, continua cruel e só pensando em si mesmo, como sempre.
Ainda assim, Logan continua amando e protegendo seu filho, fazendo de tudo para o salvar das enrascadas que ele se mete.
Way também traz o
Ele mostra muito bem como Logan é um velho cansado, que não consegue mais aguentar viver com suas mágoas.
Suas responsabilidade como X-Men tem um grande destaque nessa série, mostrando desde sua rivalidade com Ciclope até mesmo sua profunda relação com Charles Xavier. Mike Carey faz um choque de personalidades entre Xavier e Wolverine revisitando o episódio em que Logan tentou matá-lo. Ele mostra toda a dor que o Professor tem daquilo e ao mesmo tempo mostra que Logan pode ser cruel com qualquer um.
Sua confidência com Noturno nos mostra o lado mais humano de Logan.
Xavier o trata como um garoto abandonado ao acolhê-lo no instituto, e Logan o vê como um mestre. |
Os quadros de Doug Braithwaite são bem dinâmicos e fluentes, com planos de fundo perfeitos, fazendo cada quadro se encaixar perfeitamente ao outro. Assim, o leitor acaba sentindo melhor cada sensação dos personagens e as ideias que o roteirista quer passar ao leitor.
Alguns dos pontos fracos dessa série é que os vilões não são muito bem trabalhados, pelo contrário, são o mais clichê possível. As motivações são bobas e eles não demostram ter um lado mais humanizado. O arco Arma XI (33-36) tem ação demais, o que não contribui muito para a evolução da trama. Explicações idiotas. E algumas falas sem o mínimo de coesão.
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