ESCALPO #57 – FINAL DA TRILHA Parte 02 de 05




Créditos da edição #57:

Escritor: Jason Aaron
Desenhista e arte-finalista: R.M. Guera
Colorista: Giulia Brusco
Capa: Jock
Tradução e revisão: Ozymandias_Realista
Finalização e diagramação: Epistarse HQs

“Só que me recuso a perder o vigor. Não vou apodrecer devagar. Não vou desabar. Sim, vou morrer na prisão, mas com dignidade.”








Não sou um grande entusiasta do fim do Escalpo, já devo ter deixado isso bem claro nos meus comentários sobre a edição #50. Sou obrigado a criticar nessa edição a maneira corrida e pouco orgânica com que Aaron apressa o que ele estabeleceu com tanto penar no arco passado, a exemplo da reviravolta que faz o velho Corvo Vermelho se encher de ódio novamente. O recurso para tal, é válido, a questão é a velocidade com que ele chega, afinal, a prisão do velho gangster deveria ser um dos motes principais de toda a série: quem ele encontraria, como manipularia de dentro dela, além da reação de tantos associados do lado de fora que a leitura anterior tanto reforça, fazendo da figura dele o principal ponto de “equilíbrio social” da reserva.


Ainda causa-se a instigação, quando lido a primeira vez, mas perde-se bastante em questão argumentativa em uma releitura, a sensação de “falta do que preencher” na cena fica crível. A exemplo, citando fora de Escalpo, do ótimo filme “X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido”, quando Wolverine vai convocar o jovem Xavier, e ele o recusa de forma bem clara, para alguns minutos depois, olhar para a foto da Mística, e dizer que vai. Isso torna artificial o padrão de escolha de um personagem, indo contra a “suspensão da descrença”, ou no mínimo, contra a lógica, ficando a sensação de “cru” no enredo. Que as pessoas ironizam mais pelo “fez porque sim”. Por outro lado, há uma “volta” de alguém que já tinha recebido um claro desfecho, para intensificar o sentimento.
A parte humana e crível fica a cargo de Dash, que recupera nesse arco final, o papel de protagonista levemente alterado em pró de engrenagens maiores. Como na vida real, certos atos não podem ser resolvidos por reboots onde todos esquecerão um deslize grave seu. E agora sim, o cadáver não só fede e vem a superfície, como chama atenção da lei para a sua porta...


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Até o próximo.



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