Década de 1980. A estética ou o movimento ou coisa que o valha da New Wave permeava e percolava bandas de pop e de rock pelo mundo todo. A New Wave é um gênero musical alegre, dançante, coloridíssimo e festivo que ganhou força com a perda da vitalidade do movimento punk. Foi um fenômeno pós-punk, portanto. A New Wave é um punk afrescalhado. Que ser macho o tempo todo não é fácil. Cansa.
Blitz, Ritchie, Lulu Santos, Lobão, Paralamas do Sucesso, Kid Abelha, Léo Jaime, RPM, Metrô, entre outros, são bandas e cantores que beberam da New Wave. E a pioneira da New Wave no Brasil : a Gang 90 & as Absurdettes, a mais efêmera das citadas.
Sob a batuta do jornalista, escritor, compositor e visionário muito louco Júlio Barroso, a Gang 90 gravou um único disco. Júlio Barroso, aos 30 anos, caiu do 11º andar do prédio em que morava. Se acidente ou suicídio, nada há de conclusivo.
A Gang 90 eclodiu para o cenário musical nacional com a canção "Nosso Louco Amor", tema de abertura de alguma novela global e, portanto, a mais conhecida da banda. Porém, o disco Essa Tal de Gang 90 & As Absurdettes é bom da primeira à última faixa, lado A e lado B.
E é da canção Telefone, terceira faixa do LP, que são os versos que iniciam a postagem : "Ó, meu amor, isso é amor...".
Versos que nunca estiveram mais atuais, afinal, vivemos sob os auspícios do Governo do Amor, certo? O PT poderia adotar o refrão da canção como jingle de campanha, pois, enfim, o Amor Venceu, não é?
O caralho. O meu caralho mole e torto.
Das bocas fétidas da esquerdalha e do consórcio midiático brasileiro, antes mesmo dele começar a governar, ouvíamos que Bolsonaro, racista, homofóbico etc que era, promoveria a perda dos direitos e um verdadeiro extermínio dos gays, dos índios, dos negros e das mulheres.
Mas, felizmente, não houve tempo do genocida Bolsonaro levar adiante o seu plano. O país acordou para a liberdade e para a democracia e Lula venceu honestamente nas nossas honestíssimas urnas eletrônicas.
E o Brasil voltou a ser o Éden, a Noruega que era antes do Mito. Não há mais crimes de violência contra mulheres, negros, gays. Não há mais crimes de ódio sob a égide do Governo do Amor; segundo a Globonews, pelo menos.
Como há pouco tempo, numa mistura de 20 % de delírio e 80% de cara de pau, Lula disse que não existem números e índices negativos no seu governo, eu fui verificar. De fato : os números e índices do III Reich de Lula estão em franca expansão, em exponencial e vertiginoso crescimento.
Alguns exemplos que coletei do ano de 2023, o primeiro ano de Lula na presidência. Tudo resultado, é claro, de muito amor :
- Feminicídios : o maior da série histórica, segundo o Fórum de Segurança Pública. Um aumento de 1,6% em relação a 2022, o último ano do mandato do Mito. Um aumento pequeno, mas um aumento; oriundo dos corintianos, provavelmente.
- Mortes indígenas : mais de 200 indígenas foram assassinados em 2023, um aumento de 15% em relação a 2022, o último ano do nazista.
- Crimes homofóbicos : o governo Lula parece que abriu a temporada de caça às gazelas. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, foram mortos 42% a mais de LGBTs em 2023 que no ano anterior.
- Casos de racismo : 127% de aumento em relação ao último ano de Bolsonaro.
E agora, ó, jegues que votaram em Lula, de quem é a culpa? Se o propagador do ódio e da cultura do preconceito Jair Bolsonaro não enverga mais a faixa presidencial? Do El Niño, que já carrega a responsabilidade pelos incêndios recordes na Amazônia, no Pantanal, e também pela explosão dos casos de dengue no país?
De quem é a culpa, se o amor está no poder?
Para mais detalhes, é só clicar nos links que coloquei no início de cada uma das estatísticas "positivas" do governo Lula.
Continuem a fazer o "L". E deixem tocar Love Is In The Air em suas vitrolas, toca-cds e celulares.
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