Mary e Max - Uma amizade diferente

 


    Ozyleitor, como anda?


    Muitas vezes queremos assistir a algum filme mas não sabemos exatamente qual, então abrimos nossos serviços de streaming e ficamos lá, rolando os títulos, mas nenhum nos chama aquela atenção, quando percebemos, já passamos quase o tempo de um filme procurando pelo certo, mas ele nem sempre acaba aparecendo. Isso acontece de vez em quando comigo, mas sempre acabo revendo algum filme que gostei e, acho que o filme que eu mais revi, e revi, e revi, foi Mary&Max - Uma amizade diferente.


    Quando o nosso caro Ozy me apresentou o filme e disse que era “destruidor”, eu achei um tanto estranho, porque não era qualquer “filme de massinha” que o faria ter tal definição sobre.

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    Mary&Max - Uma amizade diferente é um filme que usa a técnica de animação em Stop Motion que consiste em criar movimento a partir de uma sequência de fotografias de objetos ou pessoas, é algo muito, muito trabalhoso, é preciso cerca de 24 quadros/fotos para ter 1 segundo de vídeo e dar a sensação de movimento contínuo.





    Lançado no ano de 2009 pelo escritor e diretor Australiano Adam Elliot renomado que no ano de 2004 havia ganho o Oscar de melhor curta metragem de animação (stop motion) com seu filme Harvie Krumpet, Mary&Max contou com um elenco de respeito para dar vida aos personagens, como Barry Humphries(Narrador), Bethany Whitmore (Mary jovem), Toni Collette(Mary adulta), Philip Seymour Hoffman(Max), Eric Bana(Damien) dentre outros.



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A história começa em 1976 apresentando Mary Daisy Dinkle, uma garotinha de 8 anos de idade que vive uma vida solitária em Mount Waverley, Austrália. Com um pai ausente e isolado, e uma mãe alcoólatra e cleptomaníaco, Mary busca conforto em seu galo de estimação, leite condensado e seu programa de TV favorito, Os Noblets.




  

 Max Jerry Horowitz, um Homem judeu(mas ateu) de 44 anos de idade, vive num apartamentinho em Nova York, Estados Unidos, que também levava uma vida solitária e vazia que buscava conforto na comida.










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    Aí você me pergunta, como pode surgir uma amizade entre pessoas tão diferentes? Diferentes acredito que somente na aparência, ambos tinham muito em comum, desde os gostos mais simples como Chocolate, até a mais profunda solidão que sentiam por não terem amigos.


Os olhos de Mary Daisy Dinkle eram da cor de lama, e sua marca de nascença, da cor de cocô.


Ao longo da trama, percebemos que enquanto o mundo de Mary é composto por cenários com objetos em tons de marrom, que é sua cor favorita, o de Max é basicamente em escalas de cinza. O mundo dos dois é conectado por dois objetos que se destacam, a presilha de Mary, e o Pompom, que Mary fez para Max e que ele usa em seu quipá, ambos na cor vermelha.

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Provavelmente você se pegue chorando junto a Mary em certas ocasiões, não se preocupe, é normal. 



Em partes, a história é sim baseada em fatos reais, já que o cineasta viveu uma amizade de 20 anos com um Nova-iorquino que, assim como Max, tem Síndrome de Asperger.

            Quando Max é diagnosticado com a Síndrome, é um momento chave, pois dai surge a busca incansável de Mary em encontrar uma cura para seu amigo.

        Anos mais tarde, já na faculdade, a pesquisa de Mary sobre doenças mentais foi admirável, mas sua busca idealista pela cura foi equivocada, algo que custou a amizade entre os dois e mudou drasticamente a história. A partir daí, após receber o livro de Mary, as emoções no cérebro de Max pareciam mais uma máquina de lavar. Max não queria ser curado, e infelizmente Mary recebeu a notícia de um jeito que, pra mim, foi a cena mais forte do filme.



A família que temos não podemos escolher, mas nossos amigos sim. Quando uma amizade de tanto tempo é abalada ao ponto de precisarem parar de se falar, é algo assustador, dói muito, para ambos os lados. E, para Mary, quase foi o fim da linha.


Não me prolongarei mais, para deixá-lo curioso, para que assista ao filme. Já assistiu? Me conta nos
comentários! ----------------------------------------------------------------------------- Meu instagram para verem mais trabalhos como freela: @ilustraguarnieri

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