Certamente é um tanto quanto estranho ver o título deste texto e associá-lo aos recentes ataques terroristas na França, porém vamos por partes.
Neste ultimo final de semana eu parei para assistir por completo um dos filmes mais bizarros do Diretor Tim Burton, o filme se chama “marte ataca” é de 1996 ( se não me engano) e é claro que eu sempre vejo tudo com um olhar político, e o filme todo ao meu ver foi uma sátira ao pensamento político mais “pacifista” que na década de 1990 já estava começado a se tornar o modelo de pensamento de política externa dos democratas, vimos anos mais tarde que na medida do possível Barack Obama seguiu com esse pensamento.
Todavia, mas do que apenas para os democratas Americanos, a ideia desse pacifismo e vias de cooperação se espalhava pelo mundo nesse período, junto com a onda neoliberal da década de 1990, e culminou em eventos como os de ontem na França onde um radical islâmico invadiu uma igreja e decapitou uma mulher, e em semanas atrás um professor também na França foi decapitado.
Na trama do filme “marte ataca”, temos os Marcianos que querem vir literalmente brincar e se divertir na terra, o governo dos EUA é o primeiro a receptar a chegada dos visitantes e se iniciam reuniões para ver o que seria feito com eles. Um general começa a visar sobre o perigo dos visitantes por não conhecermos a sua cultura e intenções e que seria perigoso recebê-los de braços abertos assim, tão Rapidamente, todavia, um professor e conselheiro do Presidente averte que o General está sendo extremista demais em relação aos marcianos e que essa era uma boa oportunidade para conhecemos a cultura do povo marciano permitindo que eles se ficassem a vontade em solo americano.
Nas palavras do professor (que sempre gostava de deixar claro que era um acadêmico e intelectual com muita arrogância): a segurança nacional não passava de segundo Plano para bossais violentos. O general por sua vez chega a falar no meio do filme “idiotas liberais e “intelectuais” e pacifistas, estão colocando tudo em risco para das rosas aos marcianos”.
O paralelo é interessante, já que o que mais se vê nos círculos acadêmicos e midiáticos é o dialogo a sempre tolerância e aceitação( o que é claro é importantíssimo, mas está paz e tolerância não pode estar condicionada a perca da alma da nação), por fim o General estava certo e marte atacou e matou centenas de pessoas ao redor do mundo, o professor intelectual ? foi um dos primeiros a ser levado pelos marcianos e feito de cobaia.
Quanto ao presidente antes mesmo antes de morrer, se recusava a usar armas nucleares, e tentou um acordo de paz com o líder marciano enquanto o líder marciano lhe apontava uma arma, a lavagem cerebral estava completa. Emanuel Macron, endossou por anos o discurso em certo tom “pro-islã” e campanhas de imigração, e durante seus anos à frente da presidência da França continuou e ampliou essas políticas, a sua adversaria nas ultimas eleições era contra essa agenda e era de certo taxada de racista, fascista, extremista de direta e outros pejorativos, mas uma vez usava-se os rótulos para limitar-se os debates, a alusão é essa. A algumas semanas Macron fez um discurso duro contra os atos de intolerância e radicalismo na França, mas acredito que ele esteja a pelo menos 6 anos atrasado em sua postura, e é claro que os mais propícios a praticar atos de terrorismo não temeram as ameaças do presidente, pois o discurso não condiz com as práticas do últimos anos, por que agora do dia para a noite o discurso ia começar a valer ?.
A tendência da escalada de eventos que vão se seguir depois desse corridos é deveras clara para mim, países da OTAN vão se alertar mais para essa questão do terrorismo, pois o assunto está ganhando força de novo, alguma revoltas entre círculos internos mais nacionalistas na França o que pode e vai gerar ainda mais intolerância em todo o país, e o ganho de força do discurso da Direita na Europa ( fato interessante, enquanto a esquerda vem ganhado força na américa latina, vemos certos movimentos mais a direta na Europa se erguendo, seriam essas ações, ciclos de faces e fases do cenário internacional ?)... enfim temos a formula do caos: demasiada intelectualidade ataca, e excessiva intolerância... Mata.
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