<Texto da Tag “Escritor Convidado”, escrito por: A Doutora>
Já faz um tempo que eu não escrevo uma lista contendo 10 motivos pelos quais... Então, resolvi publicar hoje essa, que eu já venho pensando nela há algum tempo. A sugestão partiu do nosso moderador, Riptor!
Já faz um tempo que eu não escrevo uma lista contendo 10 motivos pelos quais... Então, resolvi publicar hoje essa, que eu já venho pensando nela há algum tempo. A sugestão partiu do nosso moderador, Riptor!
Embora
muitas pessoas achem que filmes estrelados por heroínas só começaram a vingar
recentemente, com sucessos como Mulher-Maravilha e Capitã Marvel, a verdade é
que esse caminho começou a ser trilhado lá em 2004, com o lançamento de um
filme que se tornou um marco. Sim, estou falando de Mulher-Gato, estrelado pela
talentosíssima Halle Berry. Estão prontos para revisitarem esse clássico do
início dos anos 2000? Então, vem comigo!
1-
UMA ATRIZ OSCARIZADA!
Para
já começar a lista com os dois pés no peito, não há como falar das virtudes de
Mulher-Gato sem falar na escalação precisa de seu elenco. Contando nomes muito
fortes no elenco, os principais destaques vão para a protagonista, interpretada
pela vencedora do Oscar Halle Berry, e da vilã do longa, vivida pela Sharon
Stone, indicada ao Oscar e vencedora do Globo de Ouro. Uma produção conseguir
juntar tanta gente famosa e premiada não é para qualquer uma!
2-
HALLE BERRY INTERPRETA UM FELINO!
Continuando
falando da atriz, toda a versatilidade dela é colocada a toda prova nesse
longa, pois ela interpreta uma mulher tímida e desastrada que, após ganhar seus
poderes, se torna uma mulher que não apenas adquire poderes de um gato como
passa a se comportar como um, entregando um verdadeiro show de atuação. Ela
ronrona, ela mia, ela bebe leite em um bar, ela fica loucona com erva-de-gato.
Parece que estamos, de fato, vendo um gato em tela!
3-
DEMOROU PARA FAZER PAPÉIS DE DESTAQUE APÓS ESSE FILME!
Quando
um ator/atriz chega ao ápice de sua carreira, é normal ter dificuldade superar
um papel marcante. Peguemos como exemplo o Daniel Radcliff, não importa quantos
filmes ele faça, ele vai ser sempre o "Harry Potter". Com a Halle
Berry acabou ocorrendo o mesmo. O papel foi tão impactante em sua carreira que
ela ficou muito tempo fazendo papéis menores e sem expressão. As produções
evitavam que escalar a atriz pois sabia que sua imagem estava fortemente
associada ao papel dessa grande produção. Somente de uns tempos para cá que a
atriz está conseguindo fazer uns papéis de mais destaque, se desvencilhando da
imagem da heroína.
4-
UM FILME DICOTÔMICO!
Todo
mundo sabe que é muito mais fácil viver num mundo binário, onde só existem dois
lados que se opõem, sem nuances. Estamos passando por isso e está funcionando!
Antecipando esta tendência, o roteiro de Mulher-Gato se mostra atemporal nos
entregando também situações maniqueístas como estas: É só perceber, por
exemplo, que o filme, em seu cerne, trata da batalha do bem contra o mal.
Enquanto a protagonista adquire os poderes de um gato mágico, a vilã ganha os
seus explorando a modernidade de nosso tempo. É o clássico Magia X Tecnologia.
5-
UMA CRÍTICA AOS PADRÕES DE BELEZA!
Este
é sempre um assunto que eu acho muito importante discutir. Percebam que a vilã
do filme é uma dona de uma rede de produtos de cosméticos. Desta forma o
roteiro nos faz uma alegoria sobre os perigos de se perseguir cegamente os
padrões de beleza imposto pela sociedade contemporânea, mostrando que muito
mais do que uma fonte de entretenimento vazio e barato, o filme também tem
conteúdo, possuindo uma importante mensagem por trás.
6-
A ROUPA DA MULHER-GATO!
É
muito fácil você criar uma armadura super tecnológica ou uma série de
traquitanas para combater o crime, isso qualquer um faz. Eu quero ver quem sai
para enfrentar a bandidagem usando roupa de couro rasgada, um chicote e barriga
completamente de fora! Essa coragem, meus amigos, só pertence àquela que é, sem
dúvidas, a maior e melhor heroína que Hollywood já nos presenteou!
7-
PITOF!
A
Warner Bros. poderia ter escolhido qualquer diretor de renome para comandar
esse filme, mas sabendo da qualidade inquestionável do mesmo, apostou num
completo desconhecido cuja carreira, até este momento, conta com QUATRO
ilustríssimos filmes. E podemos perceber que o diretor colocou muito de sua
expertise no longa, o que nos leva ao nosso próximo item:
8-
OS EFEITOS ESPECIAIS!
Embora
tivesse dirigido apenas um filme em sua carreira quando foi chamado para
dirigir Mulher-Gato, Pitaf já tinha uma carreira consolidada como supervisor de
efeitos especiais, e podemos perceber que o diretor não teve medo de usar e
abusar de sua principal ferramenta, uma vez que o longa possui CGI até em cenas
que não precisava. Hoje em dia as pessoas adoram elogiar o Thanos pela
qualidade dos efeitos, mas Pitaf já nos entregava personagens recriados
digitalmente, como os gatos que dão poder a nossa heroína. E o grau de realismo
conseguido é invejável, principalmente quando levamos em consideração o ano em
que foi feito.
9-
UMA HEROÍNA QUE AGE!
Na
trama do filme vemos que Patience Phillips tenta impedir o lançamento de um
cosmético que se torna altamente prejudicial a quem o usa. Se analisarmos bem,
é provável que todo o conflito do filme se resolveria sozinho, já que ou os
órgãos do governo impediriam o produto de ser lançado ou simplesmente as
pessoas parariam de comprar quando as notícias de seus efeitos colaterais se
espalhassem. Ainda assim, nossa destemida heroína luta com unhas e dentes (sem
trocadilho intencional) para impedir este plano maléfico. E se isso não é
sinônimo de heroísmo, eu não sei o que é.
10-
LIBERDADE CRIATIVA!
O
que eu mais vejo por aí são pessoas reclamando da falta de fidelidade do filme
com seu material fonte. A Mulher-Gato não se chama Selina Kyle, a história não
se passa em Gotham e o Morcegão não é citado uma única vez. Mas o que eu não
vejo são pessoas exaltando a liberdade criativa que os profissionais tiveram
com esse projeto. É muito fácil pegar um arco de história em quadrinhos e
"adaptar" para o cinema. A história já tá pronta! Quero ver você
criar personagens, tramas e conceitos do zero. Depois reclamam que Hollywood
está em uma "crise criativa". Ora, decidam-se!
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