Esse post é inspirado em alguns posts descontraídos pra turma
aqui do g+ que o Victor Hugo Carballo do
blog Comentários de Gibis
faz, além da Liuka nesse aqui, no UMAD Blog. Basta frisar, que parei quase por completo de jogar vídeo
game. Mas “O” PS2 já me foi algo
muito sério um dia, do tipo de se passar mais de 10 horas seguidas de domingo a
domingo. Não satisfeito só com isso, comprei um malote de revistas usadas
“Playstation” e ia nela buscar as “novidades” sobre games, aspas foram usadas
já que todas eram ultrapassadas, mas eu sou assim mesmo, gosto de parar pra ler
coisas que já passaram pra tentar entender como chegaram aos dias de hoje.
Minha lista não é nem “Cult”, nem popular. Lá vai:
10. FINAL FIGHT
Um
dos meus quarto jogos iniciais. Acho que já zerei quatro vezes, embora a trama
no final não faça NENHUM SENTIDO. Mas no fundo, eu só queria dar porrada, e o
jogo me proporcionava isso. Apesar de muitos poderem alegar “pouco desafios”,
“chefes genéricos”, “terem destruído o clássico do Super-Nitendo”, eu apenas
respondo que o jogo é o que se propõe ser. Você é um lutador de rua, que vive
em “Metro City”, faz umas lutas ilegais em clubes clandestinos, tem seu irmão
seqüestrado e saí marretando (e às vezes se dando mal) enquanto busca respostas
e reencontra amigos que seu irmão tinham no passado, a propósito, os
integrantes originais da versão beat up
do Nitendo. Mas se seu saudosismo ainda não consegue lidar com essa “tentativa
deixar um árcade realista”, basta ir nos extras, e jogar um modo survive que é um árcade, com direito a uso
de tacos, facas e pegar lanche no chão.
09. DEF JAM FIGHT – FOR NY
Pegaram
boa parte dos Astros de hip-hop, bem como filmes B e Z (incluindo até o
impagável Dranny Trejo, isso mesmo O MACHETE!) em arenas ultra violentas, onde o
objetivo era o nocaute com crueldade (se é que na vida real, dava pra sair vivo
de alguma “briga” dessas). Mas quer saber, era instigante brigar nesse jogo,
além da possibilidade, embora que limitada na época, em se criar seu personagem
e escolher entre diferentes estilos de luta. Infelizmente, o destino nunca me
deixou zerar esse jogo, tive alguns deles, mas todos travavam perto do final. E
para ser sincero sobre “violência nos jogos”, até que esse era saudável, se
comparado com “Mortal Kombat X”, ali sim é algo que transcende a diversão de
uma boa luta pelo mero prazer sádico de se esquartejar alguém, arrancar suas
vísceras, tudo de maneira extremamente realista. Tô velho pra esse tipo de
coisa.
08. DEVIL MAY CRY 3
Um
primo meu tinha, jogava e não conseguia passar do Cérberus. Resolvi pegar para
jogar, sem conhecer nada. Logo a “cut scene” inicial já prometei um jogo no
mínimo intenso, e conforme ele avançava, e vinha uma variedade de inimigos
mitológicos, armas de fogo e branca, eu era mais fisgado. Quando se tem 13
anos, o estilo de sobretudo aberto vermelho, com uma espada maior que você,
imortalidade, duas pistolas de munição infinita e total desafio a gravidade é o
você realmente quer. Some ainda uma trilha de rock, temos esse excelente Devil
May Cry. A possibilidade de zerar com o Vergil também foi ótima, confesso. Após
esse, busquei o DMC 1, e gostei bastante, era um jogo bem mais difícil em
relação a puzzles, mas não tinha a “magia” do 3. E o 2 até hoje é lenda pra
mim.
07. GUITAR HERO I, II, III
Como
não havia muito acesso a internet dez anos atrás, mp3 e demais coisas que hoje
são comuns, aqui foi o meu contato inicial com o rock. Era inebriante tocar
aqueles sons e ir descobrindo todas aquelas bandas, incluindo Queen, Black
Sabbath, Rolling Stones, Deep Purple... Fui um dos primeiros a jogar aqui pela
minha cidade, e sai mostrando animado a uma porrada de pessoas, nunca imaginei
que um dia ia se tornar tão famoso quanto se tornou. Sempre joguei no nível
normal mesmo, nunca quis ir pro difícil, hoje em dia vejo a galera jogar esses
novos com muitos sons que só são barulho pra que o cara aperte de maneira
rápida e compulsiva os botões. Do jeito que eu gostava, morreu no três mesmo.
Há também mods ótimos, um só com músicas do Legião Urbana, e outro do Pink
Floyd, embora TODOS os discos que eu consegui na vida pra jogar esse do Pink
Floyd travavam logo após tocar uma música. Bem, nada é perfeito...
06. GTA VICE CITY
Vim
assistir o filme Scarface esse ano.
Porém o filme inteiro de deu uma sensação de “calma, eu já conhecia isso tudo”.
Não a toa, GTA Vicy City é o responsável por isso. Apesar de limitações de
espaço e objetivos, que foram resolvidas em GTA San Andreas, esse é
possivelmente o jogo que melhor represente os anos 80. Sem falar de algumas...
Sutilezas que o jogo tinha, como uma “balinha” de extasy que deixava
tudo lento, e o protagonista com superforça, ou um código que a gente botava
que poderia alterar o personagem para qualquer outro da cidade, desde do pastor
que passava, até uma velhinha. Preciso também mencionar a variedade de carros,
mansões, armas e piadas muito bem elaboradas sobre as divergências sociais?
05. FIFA STREET 1
Eu
geralmente detesto futebol. Seja a “pelada de fim de semana com os parceiros”,
ou mesmo algum dos duzentos FIFAS que são lançados por ai. Mas esse foi único.
Nele eu conseguia ver a beleza de driblar, a arte do que podia fazer com a bola
ofuscava até mesmo a razão que era fazer um gol. E como até 2010, eu ainda me
importava em ver a seleção jogar a copa do Mundo, era esse o jogo que casava
com a minha perspectiva da coisa. Não 20 e tantos jogadores, todos
arrumadinhos, podendo nem tropeçar que era cartão, mas na rua mesmo, chegando
quase na voadora pra tirar a bola, dando passes até “plantando bananeira”, isso
era épico. Além da possibilidade de se criar um personagem, na época, acredito
que era o jogo com a maior gama de possibilidades nesse aspecto, quase sempre
eu conseguia criar algo parecido de rosto e físico comigo naquele tempo, mas
precisamente um loirinho com cabelo cobrindo os olhos pesando meio quilo.
04.ULTIMATE SPIDERMAN
Simplesmente,
a melhor adaptação de um quadrinho em um game no Ps2. Batman pode ter reinado
no Ps3, mas Ultimate Spiderman é uma das raras declarações de amor aos fãs que
vi na vida. O jogo é todo feito das ilustrações de Mark Bagley, os movimentos
do Aranha estão mais do que fieis, além de ter um mapa largo para se passear.
Além das adaptações de alguns arcos, existem criações de outros, acredito que
escrito pelo próprio Brian M. Bendis também, que depois acabou incorporando
elementos dos arcos que ele tinha criado para o jogo para dentro do próprio
quadrinho, como o retorno de Venom, a aparição do Besouro e do próprio “Adrian
Toomes”. Preciso dizer que o jogador pode alternar missões entre o Aranha (até
mesmo como Peter Parker!) e o Venom? Ou mesmo da melhor participação especial
do Wolverine em um jogo de todos os tempos?!
03.GOD OF WAR I / II
O jogo
que marcou o antes e depois em questão de adaptar a mitologia grega. Por mais
que tenham diversas licenças poéticas, e desvios cronológicos, as paisagens
muito bem construídas, resultantes de intensa consultoria, e a mecânica de combate
foram um grande diferencial. Inicialmente eu detestei o jogo, por achar muito
limitante ter que ficar atacando com correntes com lâminas em vez dos próprios
punhos, mas o enredo (um dos mais inteligentes em questão de games), a
trilha... Não tem como não se render. O que era brilhante no primeiro jogo foi
ainda potencializado no segundo. Já na batalha inicial contra o Colosso de
Rhodes, já percebemos o padrão elevado, e quando há a traição e queda... Nasce a
melhor trilogia em forma de vídeo game já feita.
02. RESIDENT EVIL 4
Olha
ai a polêmica... Cada pessoa se embasa de acordo com as suas experiências, e
como elas começam. Entendo a frustração dos fãs dos jogos anteriores, que disse
que tudo foi “deturpado” aqui, mas devo dizer que Resident Evil, da maneira que
eu jogo e enxergo, começou aqui. Joguei o R5 e o R6, ainda os achei inferiores,
apesar de a oportunidade de jogar em duas pessoas sempre empolgue. Mas R4
sempre tem seu lugar irretocável no pódio. Sua revolução gráfica, e de
jogabilidade, além de enorme mapa, revolucionou tudo quando ele foi lançado.
Ele redefiniu o que era terror / ação dentro de um vídeo game, sem falar da
brilhante ideia de usar laser nas armas, quando antes estávamos ou com jogos de
mira automáticas, ou com miras atrapalhadas, onde não conseguíamos ter uma
precisão real dos tiros dados. Em Resident, era impecável, só errava se fosse
ruim mesmo, era tão real, que a gente só faltava sentir o peso da arma na mão e
o frio das passagens arrepiantes que Leon encarava. Certamente foi o jogo que
mais joguei em 2006, e possivelmente o que mais zerei na vida, devo ter na
cabeça mais o mapa desse jogo do que o meu próprio trajeto diário de casa pro
trabalho.
01.URBAN REIGH
NO
MEU VER, o melhor e mais injustiçado jogo de luta de todos os tempos. E já deve
ter percebido que esse é o meu gênero preferido... O jogo foi desenvolvido
supostamente pelos menos que tinham feitos franquias de sucesso (e no meu ver,
inferiores) como Tekken e Soul Callibur. E olha que eu joguei bastante esses
dois, mas Urban Reigh era diferente, a gama de golpes, lutadores, cenários,
armas, estilos, combos, excedia os dois jogos juntos. O que muita gente
criticou é que “ah, mas o jogo é só luta, e é muito longo, o cara só faz isso”.
Claro que sim! O jogador entra na pele de um lutador misterioso chamado Brad
Hawk (que lembra um pouco o Jason Sthaham). Brad entra em uma cidade chamada El
Dourado, que é dominada completamente por gangues, para “descobrir” o que
aconteceu a um jovem lutador chamado “KG”. Mas não vai perguntando educadamente,
vai é dando porrada em várias gangues, muitas vezes contra cinco caras ou mais
ao mesmo tempo. Logo vão chegando os líderes das gangues, seguido de outros
líderes. Até todos apanharem pra ele e resolverem ir pro lado dele. Essas são
as 30 primeiras missões do jogo, e ele tem 100. Dá 31 à 99 é a tentativa dele
com esses aliados de irem combatendo outras gangues, essas mais organizadas, respondendo
a alguém poderoso por de trás de tudo, e na 100, a resolução. Não espere algo
reflexivo. É o puro instinto e criatividade para se derrubar vários e vários
inimigos antes que acabem contigo e o teu parceiro.
Menções
honrosas do que quase entraram na lista: Marvel Ultimate Alliace 1, Rocky
Legends, Resident Evil Outbreak File 1 e 2, Medal of Honor: Rising Sun, Mortal
Kombat: Shaolin Monks, Prince of Percia: The Two Thrones, Shadow of the Colossus, The Punisher...
Aguardem, outras listas virão...
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Até o próximo.
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