Olá, pessoal, segue mais um post com alguns breves reviews de filmes que assisti no cinema nos últimos meses. Sem mais delongas, ei-los.
Karate Kid: Lendas – Esse novo Karate Kid me surpreendeu positivamente, deixando bem claro sobre o que é o filme e para que público-alvo se destina, principalmente adolescentes e jovens adultos. Ao contrário do que o trailer mostra, Jackie Chan, o senhor Han, e Ralph Macchio, Daniel LaRusso, não têm tanta participação no filme. Jackie Chan aparece um pouco no início e depois do meio para o final; Macchio só do meio para o final. O enredo centra-se mais no protagonista Li Fong, interpretado por Ben Wang, que não é tão carismático quanto Daniel, mas é bastante carismático ainda. E até há pelo meio do filme uma desconstrução de Karate Kid, uma vez que Ben tem de treinar o pai de sua namorada, vivido por Joshua Jackson, o Pacey de Dawson’s Creek, para que ele vença uma luta, com o objetivo de conseguir dinheiro para salvar sua pizzaria.
No entanto, também há o clichê
de Karate Kid de Bem gostar de uma menina cujo ex-namorado é um lutador
valentão de caratê, e lá pelo meio do filme Han e Daniel têm de ajudar Ben a vencer
e salvar a pátria. E as lutas dessa vez têm inspiração em vídeo games, com sinais
gráficos e tudo. A luta final, achei rápida e meio decepcionante, mas o saldo
final do filme é ok. Vale dizer que a mãe de Li no longa é interpretada por
Ming-Na-Wen, a Chun Li do filme de Street Fighter e Melinda May de Agents
of S.H.I.E.L.D. Na última cena do filme, Johnny Lawrence faz uma ponta.
Nota 7,5 de 10.
Pecadores – O trailer de Pecadores pode não ter deixado tão claro
qual o tema do filme, apesar de ter dado uns indícios. No entanto, sendo bem
direto, Pecadores é um filme de vampiros. Óbvio que há um diferencial,
porque há uma temática racial explícita e é dirigido por Ryan Coogler, de Creed
e Pantera Negra. No enredo, os irmãos Fumaça e Faísca, magistralmente
interpretados por Michael B. Jordan, dois ex-gângsteres, voltam para o Delta do
Mississipi para fundar uma boate de blues exclusiva para negros. Eles empregam
o jovem Sammie, que vive dividido entre seu amor pelo blues e a igreja,
uma vez que é um filho de pastor.
Evidente que as coisas vão
acabar dando muito errado, especialmente quando um vampiro irlandês aparece,
atraído pela música de Sammie. Inclusive, a melhor cena do filme é quando
Sammie está tocando sua música e espíritos do passado e futuro passam a fazer
aparições; entre eles, Jimi Hendrix. Essa cena é mesmo fantástica, de arrepiar.
Todavia, há uma coisa nesses filmes de temática racial moderna que é uma
forçação de barra ao insinuar que todo branco é racista. Claro, infelizmente,
existem muitos brancos racistas, mas não dá para estender isso a todos os brancos.
Em Pecadores, só há uma branca não racista que é a personagem
interpretada por Hailee Steinfeld, que ainda assim é mestiça.
Entretanto, é necessário fazer
um disclamer e fazer uma observação que o Mississipi é um dos estados mais
racistas dos EUA (provavelmente, é o mais racista) e a maior parte da população
do estado provavelmente é racista, mas impossível mensurar em termos estatísticos.
Se se fizer uma pesquisa e perguntar se a pessoa é racista, ninguém vai
responder ser racista. No entanto, talvez não seja exagero dizer que na época
do filme mais de 90% da população branca do Mississipi seria racista. Não
precisamos ir tão longe; no Brasil mesmo, há certos estados campeões em denúncias
de injúria racial. Porém, é óbvio que não dá para generalizar, e esses filmes
muitas vezes o fazem. O último filme de Candyman, por exemplo, só faltou
o Candyman fazer parte do Black Lives Matter. Não obstante essa observação, Pecadores
é um excelente filme de terror e sem dúvida merece ser assistido. Nota 8,5
de 10.
Código Preto – Filme de espionagem dirigido por Steven Soderbergh, com ótimo elenco,
como Michael Fassbender, Cate Blanchett e Pierce Brosnan. No enredo, Fassbender
tem de descobrir um espião no MI6, e um dos suspeitos é sua esposa, interpretada
por Blanchett. Quem espera um filme a lá James Bond, com muita ação, vai se
decepcionar. O filme quase não tem ação e fica se centrando mais nos bastidores
da espionagem e na vida pessoal dos personagens. A tradução “Código Preto"
é que ficou esquisita, poderiam ter traduzido para "Código Negro",
mas a razão por que não fizeram isso, acho que todo mundo sabe qual é. Nota 7,5
de 10.
Attack on Titan: O Último Ataque – É um bom encerramento para a série, apesar de ter uns problemas. Não
recomendo para quem nunca assistiu à série de anime, porque vai ficar perdido. No
entanto, enfim a saga dos titãs termina, depois de muitas reviravoltas. Nota 7
de 10.
O Brutalista – Apesar de longo, mais de 3h30m de filme, é
um ótimo filme, que conta a história do arquiteto Laszlo Toth, magistralmente
interpretado por Adrien Brody, quando ele imigra para os EUA. Guy Pearce também
está excelente como o bilionário que contrata e abusa dele. Felicity Jones
também está ótima como a mulher de Laszlo. A direção e a fotografia também
estão primorosas. Nota 8 de 10.
Anora – Esse filme surpreendeu a todos, por ter sido
o ganhado o Oscar de melhor filme. No enredo, uma jovem stripper se
envolve com o filho de um oligarca russo, casa-se com ele e arruma altas
confusões, em um roteiro tragicômico. Destaque para a jovem atriz Mickey
Madison, que está excelente. O filme é realmente bom, mas havia concorrentes
bem melhores. Nota 7,5 de 10.
Conclave – Esse filme sim é que deveria ter ganhado o
Oscar na minha opinião. No enredo, o cardial Lawrence, magistralmente
interpretado por Ralph Fiennes, em um de seus melhores papéis, tem o espinhoso
ofício de organizar o Conclave para a escolha do novo Papa, após o falecimento
do Papa anterior. Lawrence é da linha mais progressista da Igreja Católica, mas
postulantes mais conservadores ao cargo também têm chance. E a situação fica
mais complicada quando surge o misterioso cardeal Benitez. O longa conta com
grande elenco, como Stanley Tucci, John Lithgow e Isabella Rossellini. Nota 10
de 10.
Novocaine: À Prova de Dor – Filme legalzinho com
Jack Quaid, o filho de Dennis Quaid que interpreta o Hugh Mijão em The Boys.
No enredo, ele é um cara que tem uma síndrome rara que o faz não sentir dor.
Quando sua namorada é feita refém, ele vai atrás dela tipo um super-herói. Há
um plot twist, mas que não é lá grande coisa. Vale pelo gore.
Nota 7 de 10.
The Alta Knights: Máfia e Poder – Bom filme de Máfia protagonizado por Robert DeNiro Ele interpreta um papel duplo de dois mafiosos ex-amigos e rivais, com uma pesada maquiagem. A direção é de Berry Levinson, diretor veterano, responsável por filmes como Rain Man. Recomendo. Nota 8 de 10.
Until Dawn: Noite de Terror – O filme é um terror
adolescente até a medula, baseado em um jogo. O roteiro é fraco, cheio de
clichês do gênero. A diferença é que os personagens ficam presos em um looping
temporal, sempre morrendo e voltando à vida, igual ao filme Feitiço do Tempo.
O elenco é jovem e desconhecido, com exceção de Peter Stormare. O diretor é o
mesmo de Shazam e Annabelle 2. Nota 5 de 10.
Amor Bandido – Não dava nada por esse filme, mas ele é
realmente divertido, muito por causa da atuação de Ke Huy Quan. No enredo, ele
é um ex-assassino que trabalha como corretor de imóveis. Porém, a mulher que
ele ama e que o fez mudar de vida volta, e isso o expõe novamente. Destaque
para as cenas de ação que são boas e até bem gore. Sean Astin, parceiro
de Quan em Goonies, tem uma participação especial no filme. Nota 7 de
10.
Operação Vingança – Filme de thriller de vingança muito
bom, em que o personagem de Rami Malek é um agente de inteligência da CIA que
surta quando sua esposa (interpretada pela bela Rachel Brosnahan, a nova Lois
Lane) é feita de refém e executada por uns assaltantes e terroristas. Ele então
chantageia a CIA e vai atrás dos assassinos de sua esposa, para matá-los com
armadilhas elaboradas, ao mesmo tempo em que é perseguido pelo personagem de
Laurence Fishburne, um assassino enviado pela CIA para matá-lo. Nota 7,5 de 10.













