Além de super-heróis, uma das histórias que mais gosto são as de monstros! Essas figuras fascinantes, tanto as criadas em livros específicos como o Drácula e as lendas como o Lobisomem, já ganharam tantas interpretações dentro e fora dos cinemas que fica difícil enxergar algo novo com eles (não que seja difícil) e por conta disso, muitas vezes, adaptações modernas acabam ou seguindo ideias antigas de maneira sem graça (como o Drácula de Luke Evans) ou erram completamente a ponto de esquecer até mesmo da essência original (Alô, Múmia de 2017) umas das poucas exceções é o Homem-Invisível de 2020, o Lobo de Snow Hollow, o Lobisomem de 2010, o Lobisomem de 2025. (Caraca, tem muito filme de Lobisomem aqui kkkkkk) e o recentes Pecadores de Ryan Coogler.
Diferente dos tempos de ouro dos Monstros da Universal e da Troma, parece que atualmente há uma falta de criatividade na maioria (veja bem, maioria) dos filmes dessas curiosas figuras e uma certa dificuldade em aproveitar elas em filmes modernos. A própria Universal mesmo tentou reviver seu Universo Compartilhado de Monstros de 2017, e tomaram todas as piores decisões possível logo no primeiro filme que deu no que deu.
Seria um musical que reimagina O Corcunda de Notre Dame. Aqui, seria introduzido a ideia de que monstros existem, mas não se revelaram para o mundo moderno ainda. No estado do Pará do Brasil, acompanharíamos o monstro meio mudo apelidado de Quasímodo, que acabou sendo adotado pelo católico Frollo após ele se sentir culpado de ter matado a mãe dele. Frollo esconderia Quasímodo em sua casa e teria uma relação tóxica com ele. Vale ressaltar que Frollo seria o famoso "Cidadão de Bem", como os participantes da Klu Klux Klahn.
Esmeralda é só uma estudante universitária de artes progressista e com um estilo de vida meio "ousado" de ser. Ela se apaixona por Phoebus, que é o típico cristão evangélico que sempre busca ser o mais racional possível, assim como os grandes nomes da história cristã. Os dois iriam se aproximar, e apesar dos diferentes princípios de vida, continuariam amigos.
A história começaria de fato após Quasímodo dar uns passeios nas madrugadas, às escondidas de Frollo, e com Frollo acabando se aproximando por Esmeralda, e despertando algo que ele não sentia a muito tempo. Algo mais ou menos parecido com o personagem do Kevin Spacey em Beleza Americana.
Aqui seria estabelecido que existem 3 coisas que fazem um homem se perder completamente, que seriam:
1) Ego
2) Falta de base no que acredita
3) Ódio irracional.
E Frollo teria todos esses três itens, e veríamos como isso afeta ele e as pessoas ao seu redor ao longo do filme.
A história dos 4 iriam se entrelaçar até chegar no clímax, onde todos teriam uma grande discussão e Frollo morreria por suas atitudes extremistas. No fim, Quasímodo revelaria a existência dos monstros ao mundo, e criaria um hotel para dar abrigo a vários deles.
Muitos anos após ter se transformado em vampiro por conta de uma desilusão amorosa, Eduardo redescobre o amor ao se apaixonar por uma jovem cristã, e ao longo do tempo, acaba revendo seus conceitos e fica dividido entre o prazer momentâneo e as coisas eternas. No final, com a ajuda de seu amigo cientista Jekyll e esposa, Eduardo consegue se transformar em humano de novo, com as regras desse universo, e o Conde Drácula, que outrora estava os perseguindo, desiste e deixa eles viverem felizes para sempre.
Na cena pós créditos, Drácula acabaria matando a esposa de Jekyll, e o mesmo, juraria vingança contra Drácula.
Se sentem aí que esse é meio grande....
Como já havia dito, depois da revelação da existência de monstros, o mundo reagiu de formas diferentes. A polícia civil, por exemplo, está realizando várias missões de resgate de vítimas de monstros irracionais, e o governo brasileiro realizava várias discussões internas sobre possíveis medidas que poderiam tomar.
Nesse contexto todo, um cientista chamado Victor propôs a criação de uma espécie de "super soldado" a partir da reanimação do corpo de seu falecido irmão, que era um atleta olímpico. Frank Shelley, o chefe geral dos laboratórios nacionais, negou essa ideia por conta da falta de ética envolvida nela.
Perto do Distrito Federal, Ló Talbot era um jovem adulto que estava tentando construir sua própria independência, mas nada que ele fez deu certo. A mãe de Ló, erroneamente, pensava que o garoto não se esforçava o suficiente e culpava seu vício em videogames como a razão disso. Eles costumavam discutir feio sobre esses assuntos, mas nunca chegavam a lugar nenhum. Mesmo quando Ló conseguiu um emprego de atendente de lanchonete, as discussões não acabaram, pois a mãe falava que esse tipo de emprego era "para pessoas sem talento", e desejava uma vida melhor para seu filho.
Do lado do cientista Victor, ele não se deu por vencido, e desenterrou o corpo de seu irmão para criar o Übermensch, sem que ninguém soubesse. A experiência dá certo, e a criatura nasceu com força sobre humana, agilidade extraordinária e uma inteligência aguçada, mas ainda assim, com uma essência ingênua por conta de sua inexperiência sobre a vida. Victor treinou Übermensch para ser imponente e acabar com os monstros, mas a criatura não compreendia completamente o porquê de tudo aquilo, pois se os humanos são tão inteligentes, porquê ele tinha que ter essa missão? E será que os "monstros" eram realmente tão maus assim? Pois afinal, ele não seria um monstro também?....
Numa noite como qualquer outra, enquanto voltava para casa, Ló Talbot foi acidentalmente ferido por um lobisomem, que corria por ali, e foi socorrido pelo próprio quando desmaiou. Ao acordar, o lobisomem, que se chamava Larry, falou que, por conta do acidente, Ló se transformaria em um lobisomem também, e que havia detalhes específicos que ele precisava saber:
Larry: ...diferente das outras criaturas, o lobisomem não possui regras específicas, pois ela é maleável de acordo com quem a tem! Se você acredita que ela é boa, ela vai ser boa, e se você acreditar que ela pode ser benéfica, ela vai ser benéfica! E não é..papinho de ver o lado bom das coisas (necessariamente)....pois você mesmo pode controlar a sua transformação da maneira como você entender. Eu, por exemplo, só me transformo quando necessito renovar minhas energias! E noites como a de ontem me deixam excitado, sabe?
Talbot: Mas e quanto aos lobisomens que se transformam em noite de lua cheia? E os sétimos filhos de um casal que teve 6 meninas?
Larry: Esses se transformam assim porque acreditam que podem se transformar desse jeito, afinal, não é todo menino de 13 anos que se transforma em lobisomem, e nem todos se transformam nas noites de lua cheia, pois se fosse assim, veríamos lobisomens andando por aí o tempo todo!
Talbot: Então alguns lobisomens matam e devoram pessoas inocentes porque querem?
Larry: Ou porque acreditam que são assim....vai por mim....algumas pessoas tornam mentiras em suas próprias verdades por não conseguirem ver outro lado....eu fui assim uma vez....e aprendi, antes que fosse tarde demais, o meu próprio caminho....e transformei minha “maldição” em uma benção, pelo menos para mim! E você, meu caro, terá que fazer o mesmo!
Inicialmente, Ló fica confuso, mas Larry prova sua teses voltando a sua forma humana e se transformando em lobisomem de volta na frente dele, sem ser noite de lua cheia. Larry oferece ajuda, mas Ló recusa pois não queria se transformar em lobisomem de jeito nenhum. Larry tenta avisar o garoto que a inexperiência dele pode afetar inocentes, mas Ló não o escutou e voltou para sua casa.
Na noite seguinte, querendo ver como sua condição funcionava, Ló se transformou em lobisomem e saiu testando seus poderes livremente pelas florestas da cidade. Seria nessa cena que Ló conheceria a delegada Moura, após salvar ela de um atropelamento. Depois disso, Ló voltou a sua forma humana longe de todos e tentou voltar à sua vida normal.
No dia seguinte, enquanto trabalhava no caixa, uma cliente insatisfeita acabou discutindo com Ló, e isso acarretou na segunda transformação de Lobisomem. Todos, incluindo a cliente, ficaram assustados, mas ocorreu tudo bem. Larry conseguiu voltar a sua forma humana e atendeu as exigências da cliente, mas todos em sua volta começaram a olhar torto para ele.
De volta em casa, Ló acaba tendo outra discussão com sua mãe sobre uma coisa fútil, e acaba descontando sua raiva nela. Ló acabou se transformando em lobisomem por causa de sua tensão emocional, e causou um acidente que quase matou sua mãe no calor da emoção. Quando percebeu o que fez, Ló fugiu de sua casa usando seus poderes de lobisomem, e se escondeu com vergonha do que fez. Os vizinhos, que acabaram ouvindo tudo, chamaram a polícia para investigar.
Victor, que estava procurando uma oportunidade, mandou Übermensch investigar esse caso, e a criatura obedeceu, e quase matou Ló quando o encontrou, mas ele foi salvo por Larry no último minuto, e conseguiu escapar. Desde então, Ló passou a morar com Larry e treinou seu controle junto dele.
Enquanto Ló treinava com Larry, Übermensch realizava algumas missões contra monstros, a mando de Victor, para provar ser um bom herói para as pessoas confiarem, mesmo que ele tenha dúvidas sobre os monstros. O chefe Frank Shelley acaba cruzando caminho com Übermensch, e os dois se tornam muito amigos, sem que Frank saiba a verdadeira natureza por trás da criatura.
No meio dos seus treinos, Ló se encontra novamente com a delegada Moura e ajuda nos casos de monstros invasores. Cada caso é um caso, enquanto monstros incompreendidos Ló e Moura arranjam um jeito de domá-los, os monstros irracionais, Ló os mata e ajuda as vítimas em ambos os casos, se tornando numa espécie de super herói improvável. Larry também incentiva ele a se reconciliar com a mãe, mas Ló sempre rejeita essa ideia pois tem medo.
Por outro lado, Übermensch começa a simpatizar com os monstros que enfrenta e começa a questionar as ordens de Victor. A situação piora quando ele começa a ter encontros esporádicos com Ló, que sempre questiona suas verdadeiras razões e fica confuso acerca de sua identidade. Ao mesmo tempo, Frank Shelley começa a estranhar Übermensch e faz uma investigação acerca dele.
Com o passar do tempo, Victor começa a ter inveja do físico e talentos de Übermensch, assim como ele tinha quando seu irmão atleta era vivo. Ele tenta melhorar seu próprio corpo aplicando em si os mesmos produtos que aplicou no corpo de Übermensch, mas isso acaba o deteriorando de pouco em pouco, até o corpo de Victor ficar todo contorcido. Querendo não morrer, Victor tentou transferir sua consciência para Übermensch, mas Frank Shelley, que estava investigando tudo, conseguiu salvar a criatura e Victor acabou morrendo no processo.
Depois disso, o governo federal acabou descobrindo tudo sobre Übermensch, e prendeu a criatura, contra a vontade de Frank Shelley, numa "prisão especial" onde era levado todos os monstros que os militares lutaram em todo o país. Lá, os monstros não são bem tratados e o ambiente é hostil, com experimentos e condições desumanas, alimentando ainda mais o conflito entre humanos e criaturas. Com isso, Übermensch se viu ainda mais angustiado, refletindo sobre sua origem artificial e seu papel nessa vida que ele foi obrigado a ter.
Enquanto isso, Ló começa a se resolver cada vez mais, e até ganha a confiança do presidente para ajudar o país, mas algumas pessoas ainda tinham certa desconfiança com ele, o que nunca o impediu de continuar seguindo em frente, pois, segundo Ló:
"...O Lobisomem tem o significado que o Lobisomem quer ter....ou acredita que tem!..pois cada um leva a vida como entende ela.."
E ele entende assim!
Frank tentou libertar Übermensch de sua prisão, pois ele não queria que a criatura vivesse num lugar hostil como aquele. O plano dá certo até certo ponto, mas os guardas de lá o acham, e durante uma confusão, Frank acaba morrendo com uma bala perdida, e Übermensch surta de vez.
Cheio de raiva, Übermensch mata todos os guardas da prisão e ameaça matar todos os responsáveis pela prisão caso não o deixem em paz, como um verdadeiro monstro faria. Antes de fugir, Übermensch assume o nome de Frank, e liberta todos os monstros que estavam presos, os levando consigo.
Toda a movimentação de Frank com os monstros chama a atenção de todos, incluindo de Ló e a delegada Moura, que decidem ajudar os inocentes que foram afetados por isso. Frank manda todos os monstros que libertou para os rios, com o intuito de encontrar um lugar para ficarem, e enfrenta Ló no processo. A luta entre os dois é mais intensa do que as anteriores, pois enquanto Frank queria ajudar os monstros, tanto os racionais quanto os irracionais, a fugirem, Ló queria impedi-lo de causar mais destruição. O jovem lobisomem apela para o propósito que Frank tinha de ser um bom herói para as pessoas confiarem. Depois de muita discussão, Frank percebe seus erros e tenta consertar, salvando vítimas ao mesmo tempo que ajuda os monstros racionais a fugirem e mata os monstros irracionais.
Frank acaba se ferindo bastante no processo, e antes de morrer, ele tem uma última conversa com Ló discutindo se tudo o que viveu valeu a pena, se o propósito dele estava certo afinal de contas, e o jovem lobisomem o conforta em seus últimos momentos, chegando até a recitar a frase que foi dita no filme do Lobisomem de 1941 da Universal:
"O caminho que você trilhou foi espinhoso, embora não por culpa sua. Como a chuva entra no solo, e o rio corre para o mar, as suas lágrimas correm para o seu fim predestinado. Teu sofrimento acabou, agora você pode achar paz na Eternidade."
Frank pergunta se a vida vale a pena apesar das trilhas espinhosas, e Ló responde que sim, pois é ao enfrentar nossos medos e desafios que aprendemos a ver seu verdadeiro valor. Com essa mensagem, Frank morre, sabendo que, em algum sentido, conseguiu cumprir seu propósito.
Depois disso, Ló criou, com o auxílio do governo federal, uma força tarefa especial para lidar com todo tipo de monstros, seja racional e irracional. Ele contrata Moura, e muitos dos amigos que fez na delegacia, e juntos, começam a fazer a população se sentir mais segura, apesar dos monstros.
No final do filme, Ló decide enfrentar seus medos e fechar a última ponta solta de sua vida. Ele escreve uma carta para sua mãe dizendo que está arrependido do que fez e que não se sente digno de seu amor e somente um ato de perdão já seria suficiente para ele. Se ela quisesse o perdoar, ela devia colocar um paninho branco na frente da porta num dia específico, e quando esse dia chega, Ló encontra a casa da mãe todo coberto por lençóis brancos que ela possuía, e o filme terminaria com Ló, em sua forma de lobisomem, abraçando sua mãe, e se perdoando em silêncio.
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