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10 MELHORES HISTÓRIAS DOS VINGADORES
Uma das minhas equipes favoritas, depois do Quarteto Fantástico e dos X-men, são os Vingadores os Heróis Mais Poderosos da Terra. Nada contra grupos como a Liga da Justiça (cujo o desenho do Bruce Timm me fez ser fã da DC e de hqs), mas, pra mim os Vingadores sempre tiveram histórias bem mais pessoais, envolvendo não só aventuras épicas como também dramas bem relacionáveis e seu efeito dinâmicas entre os membros da equipe.
Mas quais foram as
melhores histórias? Quais que foram bem escritas, tiveram cenas de ação
memoráveis e um drama que desenvolveu os heróis?
Para responder essas
perguntas...eis o meu top 10 melhores histórias dos Vingadores;
10)
VINGADORES VS DEFENSORES (VINGADORES VOL 1 Nº115 A 118/DEFENSORES VOL 1 Nº 8 a
11)
Uma das atrações de hqs de super herói e ver os personagens saindo na briga um com outro. É um recurso que, embora possa resultar em histórias fracas e descaraterização de muitos personagens, quando feita certa, pode criar histórias bem divertidas, como no caso desse crossover entre Vingadores e os Defensores, um grupo de heróis solitários (tipo Doutor Estranho, Namor, Hulk, Valkiria e outros).
O encontro é causado
por Loki e Dormammu, com ambos manipulando as equipes a saírem em busca do Olho
do Mal, um artefato que os heróis acreditam pode ser usado para salvar o
Cavaleiro Negro, que foi petrificado pela Encantor (algo que os Vingadores
julgam a princípio ter sido culpa dos Defensores) enquanto os vilões planejam
usá-lo para seus próprios objetivos gananciosos e malignos.
Além dos motivos do
conflito serem bem compreensíveis (além das manipulações dos vilões, os
Vingadores tem suas desconfianças em relação a Defensores como Hulk e Namor) as
lutas dos heróis são muito bem selecionadas, apresentando uma diversidade de
dinâmicas criadas pelas interações entre os personagens, seja um duelo de
espadas entre Espadachim e a Valkiria, a luta épica entre o Thor e o Hulk ou
até mesmo o encontro do Capitão América com Namor (ambos se conhecendo desde a
Segunda Guerra).
9)
O ASSASSINO DE DEUSES (VINGADORES VOL 1 Nº164 a 166)
Um aspecto muito
exploradas em histórias de herói é a forma como eles, de certo modo, acabam
influenciado o surgimento de super vilões, muitas vezes devido a sua presença
forçar criminosos comuns a evoluírem para derrotar os heróis.
No caso dos Vingadores,
um dos personagens que representa isso é o Conde Nefária. Em suas primeiras
aparições, o líder da Maggia não tinha poderes, dependendo de outros para
fazerem o trabalho sujo. No entanto, após várias derrotas, ele decide dar um
upgrade. Nessas duas edições, o vilão pomposo engana 3 super vilões (Poderoso,
Laser Vivo e Tufão) e rouba seus poderes, se tornando um “Superman do mal”,
sendo capaz de fazer frente até mesmo ao Thor e o Magnum. No entanto, seu poder
acaba sendo sua ruína, com a história terminando com o vilão encontrando um
final bastante irônico.
8)
PARA VINGAR OS VINGADORES (VINGADORES VOL 1 Nº215 e 216)
Assim como a DC tem sua
trindade (Superman, Batman e Mulher Maravilha), a Marvel tem seus vingadores
principais (Capitão America, Thor e Homem de Ferro). É difícil pensar numa
equipe dos Vingadores sem presença de um deles, que formam núcleo dos
Vingadores e os que definem como os heróis mais poderosos da Terra. Mas o que
acontece quando se tira o “poderoso” deles?
Essa pergunta é
respondida nessa história, onde os heróis se unem ao Surfista Prateado para
impedir o Homem Molecular de devorar a Terra (ideia que ele pegou após ouvir o
Surfista falar sobre Galactus). Com seu controle sobre moléculas, o vilão
facilmente derrota o trio, destruindo o escudo do Capitão, a armadura do Tony e
o martelo do Thor (fazendo-o voltar a ser Don Blake), colocando em grande
desvantagem.
O fato do trio
enfrentar o Homem Molecular sem seus poderes, recorrendo a sua inteligência,
engenhosidade é bem inspirador e cria um contraste perfeito entre os heróis e o
Homem Molecular, que, nas suas interações com a vingadora Tigra, revela ser vítima
de inseguranças, causadas pelo bullying que sofreu em sua vida por ser um fracassado
indefeso.
7)
GUERRA KREE-SKRULL (VINGADORES VOL 1 Nº89 a 97)
Um dos roteirista mais
importantes para as hqs dos Vingadores (e pra Marvel em geral) foi Roy Thomas,
que levou a hq grupo a uma nova direção. Uma de suas maiores obras foi a
“Guerra Kree-Skrull”, uma das sagas mais importantes para o universo Marvel,
onde os Vingadores se juntam ao Capitão Mar-vell para proteger a Terra após o
planeta ficar envolvido numa guerra espacial entre os Kree e os Skrull.
Com o roteiro de
Thomas, mais a arte de talentosos desenhista como Neal Adams e Sal Buscema, o
arco é uma saga épica, cheia de momentos marcantes (ex:a Rick Jones despertando
um poder cósmico e invocando heróis da Era de Ouro, Homem Formiga entrando no
corpo do Visão para salva-lo), comentário em tópicos bem impactantes pra época
(paranoia, corrupção e consequências da guerra) e o início de sub-tramas que
seriam mais desenvolvidas pra frente, como o romance do Visão com a Wanda.
6)
NOVOS VINGADORES DO JONATHAN HICKMAN
“Tudo morre!”
Essa foi a primeira
frase que começou a grande trama do Novos Vingadores de Jonathan Hickman. Enquanto
a hq dos Vingadores principais focava no grupo expandindo seu número de membros
(tal como o Liga da Justiça sem Limites) e tendo aventuras distintas, a dos Novos
Vingadores tinha como foco os Illuminati, um grupo formado pelos heróis
importantes do universo Marvel (Capitão, Homem de Ferro, Pantera Negra, Namor,
Fera, Raio Negro e Reed Richards), descobrindo sobre as incursões, um fenômeno
onde duas terras paralelas se chocam uma com a outra, provocando a destruição
mútua.
Diante dessa
catástrofe, os heróis usam as joias do infinito para impedir a colisão. O plano
é um sucesso porém as joias são destruídas, fazendo os heróis considerarem a
possibilidade de terem que criar uma arma para usar nas próximas incursões,
chegando até mesmo apagar as memórias do Capitão América após esse protestar
realizarem essa ação tão questionável.
Esse ato contra o Steve
marca o início de um arco cheio de suspense, com os protagonistas tomando uma
decisão questionável atrás da outra, fragilizando a relação entre eles com os
heróis da Marvel e entre si, como no caso do Namor e Pantera Negra, cuja
rivalidade chega no auge.
Eventualmente o Capitão
recupera suas memórias, levando a um conflito intenso entre os grupos justo na
pior hora, com Steve e Tony travando sua luta mais intensa enquanto outros como
Reed aproveitam o tempo que lhes resta numa última tentativa para salvar os
habitantes de seu mundo.
5)
VALENTÃO (VINGADORES VOL 1 Nº 201)
Se personagens como
Conde Nefaria representam o lado negro do homem comum nesse mundo de heróis,
então caras como Jarvis representam o melhor aspecto. Ao contrário de sua
versão “I.A” do MCU, o Jarvis nos quadrinhos é uma pessoa normal, o mordomo dos
Vingadores, sempre cuidando da mansão onde os heróis vivem. Embora em muitas ocasiões ele possa parecer
mais um alivio cômico, servindo apenas para momentos de comédia e ser
capturado, ele sempre se prova um dos cidadãos mais leais aos heróis
O grande momento de sua
lealdade é comprovado nessa história secundária onde o mordomo visita sua mãe,
descobrindo que a vizinhança dela está sendo ameaçada por um valentão e Jarvis
decide enfrentar o bandido.
4)
A QUEDA DE HANK PYM (VINGADORES VOL 1 Nº213,217,224 e 228 a 230)
Um dos pontos que
tornou os Vingadores diferentes da Liga da Justiça da DC era a forma como as
histórias trabalhavam os dramas pessoais dos personagens e como suas ações tendo um impacto nos seus relacionamentos na equipe. Um dos maiores exemplos disso foi essa a
história polêmica em que vingador fundador Hank Pym, ao ter um surto mental,
acabou batendo em sua esposa Jan, a Vespa.
Esse ato não só causou
o fim do casamento do Pym com a Janet, sua expulsão dos Vingadores e ele sendo
preso após ser manipulado pelo vilão Cabeça de Ovo, como também afetou a imagem
de Hank aos olhos do público, com muitas histórias sempre relembrando esse
momento e versões como o Ultimate já retratando o Pym como um babaca abusivo.
Embora a reação seja
compreensível, eu acho que as críticas tem focado demais na cena e ignorado o
contexto do arco e principalmente o arco de Pym: Essas hqs são um estudo
psicológico do Pym, revelando ele como vítima de problemas mentais e um grande
complexo de inferioridade, um aspecto do personagem que foi apresentado aos
poucos em histórias passadas, com esse sendo o ponto onde isso leva o Pym a
comete atos bem prejudiciais aos seus relacionamentos. O arco é uma história
sobre queda e renascimento, com Pym finalmente confrontando seus traumas e inseguranças, evoluindo como herói e uma pessoa.
O mesmo vale para Janet,
que tem um desenvolvimento, lidando com o fim do seu casamento e a situação do
Pym e no final virando uma vingadora mais independente e confiante. Quando ela
e o Pym se reencontram, eles não são mais o casal que eram antes, tendo
aceitado sua situação e seguido em frente em bons termos, dando uma poderosa mensagem
de como nem todo relacionamento termina num “felizes para sempre”, mas isso não
significa que o antigo casal é incapaz de serem amigos e seguir em frente na
vida.
3)
ULTRON ILIMITADO (VINGADORES VOL 3 Nº 19 a 22)
Falando nos traumas do Hank
Pym, um dos principais envolve Ultron, o maior inimigo dos Vingadores. Além de
carregar culpa pelas maldades cometidas pelo androide, Pym, por seus padrões
cerebrais terem sido usados na criação do Ultron, sempre teve um dúvidas de que
no fundo ele era tão mal quanto Ultron, deixando ainda mais traumatizado por
ter criado tal monstro.
Porém, cedo ou tarde,
ele teve que confrontar esse medo e isso veio na forma desse arco feito por Kurt
Busiek e George Perez, onde Ultron invade o país fictício de Slorenia,
transformando toda população em ciborgues assassinos. Enquanto os Vingadores
confrontam seu exército, Ultron captura aqueles que ele considera membros de sua
“família”, como Hank Pym (seu pai), Janet (sua mãe) e Visão (seu filho). Magnum
(de quem o Visão adquiriu os padrões cerebrais) e Wanda (ex-esposa do Visão),
planejando aplicar o mesmo processo.
Mesmo com cenas de ação
muito bem feitas com arte icônica do Perez, a história nunca perde foco do
elemento humano, não só mostrando o Pym
confrontando seu medo e o arco do Justiça em tentar ajudar mesmo estando
bastante ferido, como representando o Ultron como um dos inimigos mais
sinistros dos Vingadores mas ao mesmo tempo um dos mais complexos, revelando a hipocrisia
do androide em seu ódio pelos humanos quando o próprio no fundo tem um desejo
de criar uma família, uma característica bem “humana”.
2)
SOB ATAQUE (VINGADORES VOL 1 Nº 273 a 277)
Se os Vingadores são os
heróis mais poderosos da terra, então os vilões mais poderosos da Terra são os
Mestres do Mal. Assim como seus inimigos, o grupo de criminosos passou por
várias mudanças e formações, com uma das mais icônicas sendo a quarta, feita
pelo Barão Hemult Zemo, filho do Heinrich Zemo, o líder da formação original.
Buscando se vingar pela
morte de seu pai, Zemo lidera os Mestres do Terror num ataque coordenado aos
Vingadores, com eles conseguindo tomar o controle da mansão, quase matam a
Monica Rambeau, espancam brutalmente Hercules e o mordomo Jarvis e capturam
Cavaleiro Negro e Capitão America, com o herói tendo que ver Zemo destruir suas
fotos dos anos 40, incluindo de sua mãe.
Embora os heróis, com a
ajuda da Vespa (que se mostra uma líder badass nesse arco) conseguem obter
vitória contra os Mestres do Mal, o final não é um dos melhores para os
Vingadores, com eles tendo que lidar com as torturas que passaram e os amigos
feridos, assim como as consequências que viriam disso (ex: o arco seguinte eles
tem um conflito com Zeus e os olimpianos, que os culpam pelo estado de
Hercules).
1)
DINASTIA KANG (VINGADORES VOL 3 Nº 41 a 55)
Além do Ultron e dos
Mestres do Mal, outro inimigo importante na história dos Vingadores é Kang, o
Conquistador. Mesmo que tenha sido introduzido cronologicamente como um vilão
do Quarteto Fantástico, os conflitos dele com os Vingadores são tão memoráveis
que é difícil pensar na equipe sem terem um encontro com o Conquistador do futuro.
Enquanto a maioria de suas história com os Vingadores foram boas, “Dinastia Kang” é a melhor de todas, com a trama mostrando Kang, tendo visto futuros catastróficos, vem ao presente, ao lado de seu filho Marcus, o Centurião Escarlate, para conquistar a Terra e criar um futuro melhor. Se recusando a aceitar os termos de Kang, os Vingadores reúnem todos os seus membros para a batalha que coloca o planeta inteiro em jogo.
Só por esse resumo já
deixa claro o quão épica é esse arco, a escala é muito alta e as batalhas mais
intensas e surpreendentes, com Kang se mostrando um vilão bem diferente do
típico “invasor alienígena”, fazendo uso de estratégias que colocam os heróis
em grandes apuros. Sempre que parece que eles estão preste derrota-lo, Kang
revela uma carta na manga.
Mas, quando toda
esperança parece perdida, os heróis vão dando a volta por cima, com cada membro
dos Vingadores tendo um momento de destaque, desde membros novatos, como o
Homem 3D (que consegue sua redenção ao ajudar os Vingadores derrotar seu
mestre, o vilão Jonathan Tremont), a conhecidos como Carol Danvers (lidando com
suas inseguranças e depressão que tinha desde o início da fase do Busiek, e Capitão
América (que enfrenta o Kang num duelo fantástico).
Com Kang ganhando
destaque atualmente com seu papel nos futuros projetos do MCU, é a melhor
oportunidade para recomendar esse arco incrível, que na minha opinião é a
melhor história dos Vingadores.
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