O Cavalão Ganha Estátua Equestre no Rio Grande do Sul

É de praxe que os bravos heróis que deram a vida por seus países, que os valorosos soldados que fertilizaram com o próprio sangue o solo de suas nações, que os grandes líderes que desenharam o futuro de seus povos com as pontas afiadas de suas eretas espadas sejam homenageados e imortalizados no altar histórico de suas pátrias na forma de estátuas equestres.

Se tal honraria e distinção, desde os primórdios dos tempos, é concedida aos grandes generais, reis e imperadores, por que haveria de ser diferente com o intrépido Bolsonaro?

Pois o Cavalão acaba de ganhar a sua primeira equestre!

A homenagem partiu de produtores agrícolas da cidade de Santa Rosa, no Rio Grande do Sul. Terra de macho das antigas, feito o Presidente. A estátua, obra do artista plástico Arsênio John, foi idealizada em tamanho real e tem 300 kg de cimento e ferro. O escultor disse ter erigido a estátua em um gesto de admiração pelo Presidente. Disse que admira as ações de Bolsonaro e que suas feições "diferenciadas" facilitaram a produção da obra.


A estátua foi instalada no parque de exposições da Fenasoja (Feira Nacional da Soja) e, antes mesmo do início da feira, que se dará em 07 de maio com a presença confirmada de Bolsonaro, já é uma de suas principais atrações. Já recebe a visita de inúmeros simpatizantes do Presidente, que posam para fotos ao seu lado.
O presidente e organizador da Fenasoja, Elias Dallalba, explicou que última visita presidencial ao evento aconteceu há 41 anos, e a estátua é uma maneira de representar esse "marco histórico para a Fenasoja e para a cidade".
Existe, porém, toda uma simbologia nas estátuas equestres. A posição das patas dianteiras do cavalo (o que está embaixo) revela a causa mortis do vulto histórico nela retratado. Se o cavalo se encontrar empinado, com as duas patas dianteiras levantadas, significa que o cavaleiro morreu em campo de batalha; se o cavalo estiver com apenas uma das patas dianteiras ao ar, o cavaleiro morreu fora dos campos de batalha, mas em decorrência dos ferimentos sofridos neles; e se o cavalo estiver com as quatro patas no chão, o herói morreu de causas naturais.

Se estiver a par de tal simbologia, o escultor Arsênio John, das duas, uma : ou está a desejar uma morte tranquila ao Mito, uma calma passagem para o reino de Hades em sua casa e junto aos seus, ou a dizer que o Cavalão já está morto, ao menos politicamente.
Notei que um elemento muito comum às estátuas equestres, embora não obrigatório, está ausente da estátua de Arsênio John, a espada nas mãos do herói.

Em off, com a promessa de eu nunca revelar, Arsênio John confidenciou-me que havia uma espada na mão de Bolsonaro, na qual agora há uma bandeira. "A espada estava lá, instalada e tudo. Mas foi só virarmos as costas e a espada desapareceu. Aqui, no Rio Grande do Sul, é assim, se tiver uma espada dando sopa, ela some rapidinho", disse-me o artesão. "Mesmo assim, com a espada já desaparecida, redobramos a vigilância em torno da obra. Sabe como é, né? Ainda tem o mastro da bandeira", finalizou o artista.
Pãããããããta que o pariu!!!!!

De qualquer forma, quem quer que venha a ser o próximo Presidente da República, uma coisa é certa e imutável : somos nós quem sempre caímos do cavalo.



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