Parte 2- Gato e Rato
PARTE ANTERIOR: https://ozymandiasrealista.blogspot.com/2020/09/batman-death-note-parte-1.html
Já faz 6 dias que Kira declarou guerra contra a escória de Gotham. Algumas vítimas começaram a escrever mensagens com o próprio sangue em paredes, ou mesmo em cartas, com destinatário como “Batman” ou “Polícia de Gotham”.
O jovem japonês prodígio, Raito Yagami, viajou para Gotham City se oferecendo a ajudar nas investigações sobre os crimes de Kira, já que estava trabalhando diretamente sobre o caso no Japão. Ele conversa com o comissário de polícia James Gordon sobre os crimes recentes. Em certo momento diz “Esse Batman, eu posso mandá-lo para a cadeia se vocês quiserem”.
Gordon pensa “Merda! Que garoto estúpido! O Batman pode estar ouvindo nesse exato momento!” E diz “Escute, o Batman, ele nos ajuda. Há muitos anos atrás nós precisá...”
Mas Raito o interrompe “Eu sei muito bem que vocês trabalham junto com o Batman. Eu não quero parecer desrespeitoso com a forma de trabalho que vocês tem por aqui ou ofender o senhor, mas acho um absurdo um meliante ensandecido sair batendo em criminosos com equipamentos perigosos e ainda ser apoiado pelo povo. No Japão isso nunca aconteceria, na minha opinião... o Batman é a maior doença de Gotham. Vocês nunca conseguirão resolver os seus problemas enquanto não se virarem contra ele.”
Gordon diz “Você não ofende não garoto...” e pensa “...e também não entende”. Gordon se retira enquanto vai pensando nas atitudes de Batman “Essa cidade era um inferno. É muito fácil alguém vir de outro lugar mais alto e dizer que estamos fazendo tudo errado. Hmpft. É um bom garoto, mas ainda é um garoto, e garotos não tem experiência. Eu também preferiria que cuidássemos de tudo sozinhos, mas é do Batman que precisamos.” Gordon entra em seu escritório no Departamento e Batman está lá, ele pergunta “Ouviu a conversa com o moleque?” Batman responde “É claro. Minha vez de conversar agora.”
Raito chega em seu apartamento, ele também está frustrado. Senta-se e começa a pesquisar, estudar. Ele leva em conta quais vilões poderiam ser o Batman, depois começa a levar em conta que talvez ele seja apenas o Batman e não viva uma identidade secreta. Como poderia persegui-lo? Ryuk chega de asas abertas atravessando as paredes, ele já chega perguntando à Raito “E aí? Avanços?”
“Infelizmente não, e eu teria que passar por cima do Gordon para alcançar o Batman. Matá-lo, levantaria muitas suspeitas, não posso perder. Já tentei escrever Batman mas como eu imaginava, não funcionou, principalmente porque nunca vi o rosto dele. Eu estava pesquisando o histórico de criminosos de Gotham...”
“Eles não são legais?”
“Coringa, Bane, e até um terrorista internacional chamado Ras al Ghul. Essa cidade realmente é vítima dos homens mais perigosos do mundo... e Batman venceu cada-um-deles.”
“Raito está com medo? É isso que estou ouvindo?”
“Não Ryuk, não seja tolo. Eu sou invisível e invencível, ninguém pode me superar em raciocínio, nem mesmo o... BAT-MAN” diz em tom de deboche, e continua “Eu apenas temo, que talvez Batman realmente seja infalível... Talvez eu não possa vencê-lo, mas ele também não pode me pegar... Se não nos aproximarmos, ficaremos nessa brincadeira para sempre, e imagino que ele também não queira isso. Seria um jogo de xadrez sem fim onde os dois jogadores só ficam na defensiva o tempo inteiro.” Por fim Raito pergunta “Você sumiu por bastante tempo Ryuk, por onde esteve?”
“Ah, nenhum lugar especial, só aqui em volta. E VOCÊ TEM QUE ME COMPRAR MAÇÃS RAITO!”
Mas Ryuk mentia.
- INTERLÚDIO -
Nas últimas horas o deus da morte oriental esteve conhecendo Gotham City se aproveitando de sua invisibilidade aos olhos mortais. Ryuk não imaginava que havia um lugar na Terra que o cativaria ainda mais, sendo tão sombrio e sinistro! Ryuk vê cenas de violência inexplicável...
“Uuuh! Aqui é muito legal!"
"Caramba! Tão batendo naquela mulher!”
“Hmm... que estranho, parece que o Batman não é a única pessoa que anda fantasiada por aí”
Enquanto voa Ryuk sente uma repentina sensação suspeita... Como se estivesse sendo observado. Olha para trás, e uma pessoa encapuzada de preto o observa.
Ryuk toma um susto, pois foi a primeira vez que teve a impressão que tinha alguém olhando diretamente na direção dele. Apenas humanos que tocassem em seu Death Note podiam vê-lo. Em segundos a pessoa some em um portal de escuridão.
“Hum, melhor tomar cuidado” ele pensa e afunda em seu voo. Ryuk vê um policial. Resolve que vai acompanhá-lo, então o vê cobrindo um crime, fingindo que vê nada. Percebe que a separação entre bem e mal na cidade não é tão certeira quanto podia parecer.
Resolve visitar o comissário Gordon em sua casa, ele está cansado rezando e depois fica olhando para uma foto de sua filha. Depois Ryuk visita Barbara Gordon. O demônio fica reflexivo pensando no bem que essas pessoas tentam fazer, já que só anda com Raito, o maluco beleza que acha que faz o bem. Andando como um humano comum calmamente ele adentra o Asilo Arkham e vai olhando atentamente as celas. Vê coisas estranhas muito além do que tinha visto até então...
Ele volta a voar pela cidade “Onde está o Batman??? Será que ele não sai de dia? Hum... faria sentido. Já está escurecendo, melhor voltar pra ver Raito”.
- FIM DO INTERLÚDIO -
Batman está sobre o telhado de um prédio observando Raito em sua casa. De longe, vai relembrando o que Gordon falou sobre ele, e vai conversando com Oráculo sobre tudo que ela consegue sobre Raito. Ele vai pensando “Hm, garoto mais inteligente de todo o Japão, houve nenhum trauma na infância ou na adolescência? Muito estranho resolver se dedicar a combater o crime tão cedo, pode ter se inspirado no seu pai que é policial no Japão. Hum, ele até que é parecido comigo, talvez possamos trabalhar juntos.”
Oráculo pergunta “Você confia nele?”
“Confio em poucos, você sabe disso”
“Ai, ai, creio que tenha sido um não. Não vejo como um nerd pode ajudar, ele pode ser inteligente, mas você já faz isso há muito mais tempo”
Batman pensa “Talvez... ele trabalhe para Kira, e esteja se infiltrando na polícia, investigarei mais e então entrarei em contato com ele... Raito Yagami.”
Quando Raito chega no Departamento Policial vê um bilhete “me encontre no telhado, Ass. Gordon”. Ao chegar lá, ele é surpreendido pelo Batman. Usa seu super raciocínio pra usar a reação certa que encaixe com o que ele quer representar para que o Batman não suspeite de sua verdadeira identidade e intenções.
Batman diz “Olá, Sr. Yagami”.
“Hm, você... Batman”
”Sei que não gosta de mim”
“E sei que você sabe de tudo..."
Batman deixa Raito falar "...Mas acho que talvez possamos nos unir para vencer o Kira. Acho que ele é mais perigoso que você. Por que não sai das sombras?”
“Porque não é assim que trabalho... Me diga toda e qualquer informação que você tiver sobre o assassino Kira.”
Raito responde de forma inocente “Bem, o que descobrimos até agora é que ele mata apenas criminosos, deve se achar algum tipo de justiceiro singular... Como você. Mas é claro que ele é um assassino então deve ser impedido. Ele pode matar as pessoas sem sequer tocar nelas, não temos certeza se ele se trata de uma organização ou de um homem só. Talvez seja uma mulher, não fazemos ideia. Mas parece que ele quer se tornar uma autoridade máxima.” Nas suas últimas palavras Raito olhava para baixo, quando olha para cima... Batman não está mais lá.
Alfred pergunta “Como foi o encontro com o Sr. Yagami?”
“Disse nada que eu já não soubesse. Suponho que Oráculo estava certa, preciso de nenhuma ‘ajuda extra’ para resolver esse caso. Mas por algum motivo, esse rapaz não parece se encaixar naturalmente na história. Eu sei a diferença entre o combate ao crime e o desejo desesperado por justiça, esse segundo simplesmente não combina com o jovem Yagami. Mas é uma das opções de personalidade que temos para o Kira.”
“O senhor acredita que os dois sejam a mesma pessoa?”
“Não, mas continuarei me aproximando de Raito, sorrateiramente, até que eu possa descobrir mais.”
Enquanto isso... Kira pensa obcecadamente e seguro
“Venha até mim Batman... tudo que eu preciso é do seu nome.”
Continua...
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