A Cerveja do Jânio Quadros


Em pouquíssimas ocasiões, lamentei não portar um celular, ou telemóvel, como é dito em Portugal. Nunca pela sua serventia como telefone. Menos ainda pelos seus aplicativos de mensagens e de redes sociais. Sim pela sua funcionalidade de câmera fotográfica. E hoje foi uma dessas raras ocasiões.

De volta da escola do meu filho, à qual me dirijo todas as segundas-feiras pela manhã para pegar o material impresso das atividades semanais complementares às aulas on-line, resolvi entrar num supermercado da rede Dia. O preço da muçarela (jamais me acostumarei a escrever assim) anda pela hora da morte nos mercados perto de casa.
Logo à entrada, ao fazer girar e transpor a catraca de acesso à loja, eu já "ganhei" o dia. Um cartaz de oferta, escrito amadoristicamente à mão, letra cursiva. E foi o dito cujo cartaz que me fez querer ter um celular naquela hora. Na falta do registro fotográfico, só me resta pedir que acreditem nas minhas palavras. E na "arte" gráfica que obrei com a intenção de reproduzi-lo o mais fielmente possível.


Trezentos e cinquenta gramas!!! Pããããããããããta que o pariu!!!!!
É a Pátria Educadora do PT! É a Progressão Continuada do Paulo Freire e da Luiza Erundina (PT)!
Na hora, lembrei-me do ex-presidente Jânio Quadros e sua célebre frase : "Bebo porque é líquido; se sóldio fosse, comê-lo-ia". Pois se ainda fosse vivo, o sonho de Jânio Quadros teria se concretizado. Jânio "comê-la-á-lo-ia" de garfo e faca! Empanturrar-se-ia de Amstel. É a comida enlatada do bebum!
Até desisti da muçarela. Vai que quisessem me vendê-la aos litros? E que eu tivesse que ter levado o "casco", o vasilhame vazio?


Ao centro, Jânio Quadros, o Presidente que prometeu que varreria a corrupção do Brasil (sim, essa história é antiga) com seu poderoso vassourão, e que acabou, ele próprio, varrido do poder pelas "forças ocultas".
Bem feito! Ninguém mandou tomar um pileque e inventar de condecorar o Che!

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