Capitulo
2 Nascido para correr
Devagar,
Barry abria seus olhos, ainda cansados e afetados pela lâmpada no teto. Ao
desviar o olho da luz, Barry percebeu uma pequena mesinha com uma bandeja
contendo um pratinho com um sanduíche e um copo de suco,em cima dela. Ao
observar o local, Barry percebeu que ele não estava em seu apartamento, mas num
quarto de hospital.
Ao
levantar seu corpo, Barry sentiu uma certa dor no rosto. Ele passou levemente a
mão no local, sentindo um pequeno machucado. Tentando pensar como ele chegou
ali, Barry aos poucos iria se lembrando do acidente no laboratório, dos
produtos químicos banhando seu corpo enquanto ele era jogado no chão onde tudo
escureceu. Barry lembrava das vozes que escutou enquanto dormia, incluindo a de
seu amigo Julio chamando por seu nome de forma preocupada e a de um
desconhecido dizendo para chegarem o pulso dele.
Nesse
momento, entraria no quarto o médico, carregando um copo de água na mão. O
medico demonstraria surpresa porém alívio ao ver que Barry acordou :
-
Bom dia! Ficou feliz que tenha acordado.
Barry
olha confuso para o ambiente ao seu redor, tentando raciocinar direito o que
teria acontecido.
-
Onde... onde eu estou?
O
médico percebe o estado do paciente e se aproxima dele, sinalizando com sua mão
para que Barry pare, tentando acalmar a situação.
-
Calma, senhor Allen. Sugiro que não se levante e relaxe. Escute. Você está no
hospital de Central City. Você sofreu um acidente no seu laboratório. Te
encontraram caído no laboratório do departamento de policia sob uns produtos
químicos. Parece que você foi nocauteado por uma explosão, apesar de que, pela
falta de machucados, você não deve ter estado tão perto da explosão para sofrer
um dando tão grave.
Barry
olharia para seu corpo, estranhando o fato de não haver nenhum machucado sério
ou marca de queimadura deixada pelo relâmpago. Ele colocaria sua mão na testa,
encostando suas costa no travesseiro, enquanto tenta raciocinar como ele
poderia ter saído ileso após ter recebido uma carga elétrica do raio e ter sido
banhado por produtos químicos. Mesmo que
ele não tivesse morrido, Barry sabe que não tem como ele ter saído ileso
daquele acidente.
O
médico se aproximaria dele com um copo de água na mão, e Barry tomaria toda a
água direto, indicando que ele não tem comido ou bebido a dias.
-
Obrigado, doutor! Quanto tempo eu estive aqui?
O
médico pega uma prancheta e checa a ficha do Barry.
-
Ah! sim. Você esteve aqui desde a tempestade de raios, 3 meses atrás.
Barry
demonstraria choque ao escutar isso.
- 3
meses? Eu estive dormindo por 3 meses?
-
Entendo sua reação Sr Allen, mas não se preocupe. É uma reação comum em muitos
pacientes. Seus amigos vieram aqui nessas semanas, perguntando como você tava.
-
Amigos? Então o Julio esteve aqui?
-
Sim, o sr Mendez e uma jovem repórter, o nome dela é...
Antes
que o médico responda, Barry o interrompe
- Íris
- Ah, sim! Irís West. A reporter do Picture News. Ela
perguntou muito sobre você.
Ao
ouvir isso, Barry se sentiu emocionado. Só de saber que Íris veio visitá-lo
deixou bastante feliz e curioso, indicando que talvez Julio tivesse razão. Ela
realmente tinha um interesse diferente do Barry do que só um cientista a ser
entrevistado.
Ao
pensar nisso, Barry se dá conta de sua situação atual. Ele esteve em coma por 1
mês. O que teria acontecido nesse período? Teriam acontecido novos crimes na
cidade e ele não pode ajudar? O que Julio ou a Íris devem ter feito nesse
período todo se preocupando com seu bem-estar?
-
Obrigado doutor! Eu preciso ir.
Sem
pensar um segundo, Barry se levantaria e, após ver suas roupas num saco ao lado
começaria a se vestir. Ao perceber a ação do paciente, o médico protestaria.
-
Espere Sr Allen? O que pensa que está fazendo? Ainda precisamos fazer alguns
testes!
- Eu
estou bem doutor.
Barry
colocaria seus sapatos, enquanto o doutor tenta impedi-lo de sair, ficando em
sua frente com prancheta.
- Está cometendo um grande erro Sr Allen. Você
foi atingido por um raio e ainda por cima exposto a produtos químicos
radioativos. Sofreu queimaduras, traumatismo na cabeça e...
Barry
tranquiliza o doutor, enquanto termina de se vestir
-
Pelo que percebi, só sofri uma dor de cabeças e lesões. Nada sério que
justifique me manter no hospital.
O
doutor então demonstra decepção, porém decide encerrar os protestos contra a
decisão do paciente.
-
Preferia mantê-lo em observação por mais alguns dias, mas não posso mantê-lo
trancado aqui.
- Eu
entendo doutor. Obrigado por tudo. Tchau.
Barry
se despediria do médico e sairia do hospital. Enquanto decide qual será seu
próximo passo, o jovem notaria um ônibus já está no ponto, estando preste a
sair. Barry tentaria alcançá-lo, quando de repente, ele percebe espantado que
não só que já chegou ao ponto de ônibus mas passou pelo veiculo. Logo ele
percebe várias pessoas, carros, casas e prédios começam passando por ele, uma
após a outra, num piscar de olho e de repente tudo ao seu redor parece se
transforma em incontáveis raios de luz.
Sentido
seu corpo em movimento, Barry tenta parar, Porém acaba tropeçando e caindo na
areia de uma praia. Sujo de areia, Barry se levanta lentamente, sentido algumas
dores na queda, percebendo que está na Praia Cates, que fica quilômetros do
hospital. Chocado, Barry tenta se acalmar e fica sentando na areia, observando
seus pés e as marcas na areia e na calçada feitas na sua corrida analisando o que aconteceu: De alguma forma ele, conseguiu percorrer
Central City inteira em segundos. Mas como ele conseguiu fazer isso? Teria ele
enlouquecido? Teria o acidente realmente alterado suas moleculas?
Com
tantas dúvidas em mente, Barry ficaria parado, olhando em direção a saída da
praia e a estrada que leva a Central City. O cientista forense começa a
respirar devagar, fechando seus olhos, concentrando apenas no som do ambiente
ao seu redor e no vento tocando sua pele. Logo ele começa a sentir o som ao seu
redor ficando cada vez mais baixo e uma estranha sensação em seu corpo, como se
uma poderosa energia estivessem percorrendo seu corpo, da cabeça aos pés. Após
uma um breve suspiro, Barry dá seu primeiro passo, começando a correr numa
velocidade sobre humana, chegando na cidade em uma fração de segundos. Por onde
ele passa, o jovem nerd percebe o ambiente a sua volta congelado ou as coisas
se movendo numa velocidade lenta comparada a dele. Não há mais dúvidas para
Barry : O acidente com o raio lhe deu super velocidade.
Conforme
ele vai correndo pela cidade, Barry vai se acalmando e sua expressão de choque
se transforma num sorriso animado. Ele está gostando muito de sua nova
habilidade.
-
Isso é muito maneiro!
Após
correr alguns quarteirões, Barry percebe que está perto da delegacia de
policia. Ele decide chegar como estão as coisas no seu trabalho e passa
correndo pela porta, com ninguém percebendo a chegada do velocista. Barry para
ao chegar no seu laboratório, vendo que reformaram o local após o acidente. Ao
olhar ao seu redor, ele demonstra alivio ao percebe que muitos de seus
instrumentos ainda estão lá intactos, incluindo seu quadro de investigação. No
entanto, a atenção de Barry é interrompida por um som de uma voz familiar
-
Ei, ninguém pode entrar nesse laboratório exceto...
Barry
volta seus olhos para a porta do laboratório, vendo um homem de cabelos pretos
e cavanhaque, vestindo terno com um distintivo. Após observá-lo por um
segundos, Barry nota a expressão de surpresa no oficial, como se estivesse
vendo um fantasma :
-
Barry?
Nesse
momento, Barry deduz a identidade do oficial, ficando tão surpreso com sua
descoberta :
-
Julio?
Sem
hesitar, Julio se aproxima de Barry e, com um sorriso no rosto, abraça o
companheiro.
-
Minha nossa, cara! Você estava em coma por meses. Já ia achando que não ia
acordar!
-
Fui liberado hoje! Então, como foram as
coisas em minha ausência, detetive?
-
Detetive no passado, cara! Você tá olhando para o novo tenente da policia de
Central City
Barry
fica surpresos com a resposta de Julio, notando como seu colega mudou nesses
meses.
-
Você foi promovido? Quando?
- 2
semanas atrás! Foi difícil, porém, considerando a situação atual, é provável
que o capitão queira o bom detetive no comando.
De
repente, Barry percebe algo curioso nas palavras do colega.
-
Que "situação atual"?
- Ah
sim... não te falei. O crime na cidade saiu do controle nesses últimos meses.
Parece que tem alguém tem vendido armas especiais para criminosos da cidade.
Eles tão dando um trabalho do cão pro pessoal. O capitão chegou até mesmo
contar com ajuda dos pessoal dos
Laboratórios STAR.
Essa
informação preocupa Barry, sabendo como as coisas ficaram difíceis para seus
colegas na policia e ele não pode ajudá-los. Percebendo a preocupação de Barry,
Julio prepararia um café para os dois.
-
Nossa! Tiveram algum progresso em descobrir a fonte desse tráfico de armas ?
Após
tomar um gole de café, Julio responde a pergunta Barry:
-
Nada. O capitão tá procurando os melhores detetives do nosso pessoal no caso,
chegando até mesmo contar com ajuda dos Laboratórios STAR.
Barry
quase engasga com o café ao ouvir a situação que a policia estava passando.
Julio então coloca sua mão no ombro do companheiro
-
Mas, de qualquer forma, é bom que tenha voltado. Tenho certeza que um
profissional como fazer vai conseguir fazer a diferença nesse caso.
-
Valeu. Espero o mesmo de você agora tenente .
-
Legal. Vou avisar ao Capitão que voltou!
Antes
que Julio passe pela porta, Barry o interrompe:
-
Não precisa apressar as coisas Julio. No momento tô resolvendo um caso pessoal
mas pode deixar eu mesmo falo com ele depois.
-
Faça como quiser.
Julio
deixa o laboratório e Barry volta sua atenção para a janela, vendo sua cidade,
pensando no que Julio falou, sobre os criminosos da cidade estarem dando trabalho
para a policia, pessoas inocentes tendo que lidar com essa onda de crimes . No
entanto, Barry se lembra do poder que ele recebeu com seu acidente, levando a
ter o seguinte pensamento : Talvez Julio tenha razão... talvez ele possa fazer
a diferença e ajudar a cidade contra essa criminosos e suas armas... isso é,
com ajuda de seus novos poderes.
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