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Batman Vs Superman - A Origem Da Justiça: Um Filme Grandioso Demais Para Mentes Pequenas
Batman Vs Superman - A Origem da Justiça: O Batman
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Batman Vs Superman - A Origem da Justiça: O Batman
Publicado originalmente em
Inomináveis Saudações a todos vós, Realistas Leitores!
A escolha de Jesse Eisenberg para encarnar um dos maiores supervilões da DC Comics no filme que está gerando uma grande guerra de opiniões, a favor e contra o mesmo, dentro e fora da Internet, pareceu a muitos como errônea e equivocada. Já vivido no Cinema por nomes de peso como Gene Hackman e Kevin Spacey, o personagem se fixou no imaginário popular também muito devido à influência de suas encarnações nas animações dos Superamigos, Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites. Conta também sua presença na Televisão em live-action, nos seriados Lois & Clark e Smallville, interpretado por, respectivamente, John Shea e Michael Rosenbaum. O estranhamento que surgiu ao compararem a interpretação de Eisenberg à dos atores anteriores e à visão do Luthor das séries animadas fez com que alguns rejeitassem o modo como tal personagem foi construído. O cúmulo da comparação chegou ao ápice de dizerem que é o Coringa e não Luthor o antagonista maior do filme. Mas, Eisenberg trabalhou com o que lhe foi entregue, seguiu as orientações do roteiro e do diretor, desenvolvendo um trabalho que agrada a muitos e desagrada a outros sob diversos motivos bem específicos.
O principal motivo do desagrado é o exagero no desequilíbrio mental do personagem. Se formos nos atentar ao Luthor que vimos no passado e lemos nos Quadrinhos, notaremos que o mesmo não é senhor de uma saúde mental perfeitamente coerente com um megaempresário detentor de uma das maiores mentes do Universo DC. Pode até parecer que muitas vezes a aparência externa do mesmo tenha iludido a muitos acerca do seu suposto equilíbrio, mas a raiz da perturbação do mesmo sempre foi a presença do Superman na Terra. Incomodado com um Ser capaz de polarizar em si a energia e a glória solares, motivado por uma inveja do Sublime presente naquele, a motivação de Luthor sempre foi igualar-se ao mesmo existencialmente. Isso fica claro no filme quando há o encontro dos dois, o olhar do vilão fitando um subjugado Superman denota admiração, inveja e medo. Medo compreensível, já que com apenas um estalar de dedos o alienígena à frente dele poderia pulverizá-lo.
Jesse Eisenberg encontrou um tom frenético, sarcástico e irônico para o seu Luthor que o afastou dos intérpretes anteriores. O Luthor de Eisenberg é um sujeito deste início de século vinte e um que quer velocidade, informação, status e Poder. Sua figura remete aos poderosos bilionários que construíram suas fortunas através da vida digital, como Mark Zuckerberg, Steve Jobs, Bill Gates e tantos outros atuais Midas da Era Digital. Arrojado e com a personalidade de um pavão com tiques propositadamente colocados em meio às suas falas para chamar mais atenção, é uma composição inovadora para um Mito dos Quadrinhos. Cheio de si, manipulador nato, é um perfeito jogador de xadrez que manipula seus peões com a habilidade única de um genial estrategista das probabilidades que calcula a fim de atingir um determinado objetivo. A Senadora June Finch de Holly Hunter, em uma grande interpretação de uma política a ser profundamente seguidora de suas convicções pessoais, foi uma mera peoa nas mãos deste fazedor sutil se explosivos sucos de pêssego. O erro maior de Luthor no filme foi querer também manipular como peões ao Batman e ao Superman.
Como um Satanás, O Adversário, ele instigou a luta entre os dois e, caso não houvesse um resultado a ele favorável, usou Apocalypse como a opção de devastação necessária para atingir sua meta. Um teste, bem claramente isto me vem à mente agora, foi toda a carga de movimentos do Luthor no jogo por ele mesmo iniciado. A sua principal motivação foi ter alcançado Conhecimento, não apenas o proporcionado pela nave kryptoniana, mas também sobre Batman, Superman, Mulher-Maravilha e os demais que no futuro venha a enfrentar. Há também a deixa para se crer que ele não agiu sozinho em toda sua empreitada como arranjador do coliseu onde os “gladiadores” se enfrentariam; determinada cena mostra-o falando com determinada pessoa, a qual não era exatamente um de seus mercenários contratados. Há curiosas teorias pela Internet sobre este Lex Luthor de BvS e a mais importante delas advoga que o mesmo é o clone do Luthor original visto em determinada fase do Superman bem antes do reboot da DC conhecidos como Os Novos 52. Alia-se como reforço de tal teoria o fato de Luthor se chamar Alexander Luthor Jr., mas isto tudo até agora não passa de uma mera especulação que pode ou não ser confirmada.
Muitos se perguntam e estão indagando pela Internet: como ele sabia a identidade secreta do Superman? Também perguntam: por que ele não tinha uma segurança reforçada quando Bruce Wayne roubou-lhe dados do sistema? E a maior indagação: qual o verdadeiro objetivo dele ao fomentar a construção da “maior batalha de gladiadores de todos os tempos”? A regra da linguagem quadrinhística, tão criticada até mesmo por leitores de Quadrinhos ao vê-la no filme, denota que as verdadeiras motivações de um personagem devam ser paulatinamente descortinadas. Quer dizer, tal qual uma saga que dura de dez a quinze edições, ou até mais, pouco a pouco, uma trama intrincada é revelada em toda a sua plenitude. Sem tempo para auto-explicações e fazendo uso inteligente da Linguagem dos Quadrinhos, Snyder inovou a maneira como as peças de um filme de Super-Heróis são dispostas no tabuleiro de xadrez da trama como um todo. Não se sabe o como, o porquê e o quando de todas as perguntas acerca de Luthor, os próximos filmes trarão tal esclarecimento como informações precisas ao espectador.
Ding ding ding ding ding ding ding ding….
É esse o som e o futuro da Warner/DC no Cinema depende muito do verdadeiro significado deste som…
Quarta-feira, uma Filha da Guerra marchará por aqui!
Saudações Inomináveis a todos vós, Realistas Leitores!
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