Escrito por: Ney Bellas
Publicado originalmente AQUI.
Essa fórmula de reciclagem, muitos cineastas já usaram em outras refilmagens de filmes dos anos 50. Citando dois exemplos, temos a versão do filme A Mosca da Cabeça Branca (The Fly, Fox, EUA, 1958), que trazia no elenco David Hedison, o grande Vincent Price e Patricia Owens. Esse filme de Kurt Neumann mostrava as experiências de um cientista com a desintegração da matéria. O eficiente David Cronenberg (de Scanners e Videodrome) refilmou esse clássico em 1986, com Jeff Goldblum e Geena Davis, utilizando poderosos efeitos especiais, que tornaram o filme bem mais podre e assustador. Outro exemplo é o clássico O Monstro do Ártico (The Thing, RKO, EUA, 1951), dirigido por Christian Nyby e estrelado por Robert Cornthwaite, Kenneth Tobey e Margaret Sheridan. Um monstro alienígena que é encontrado congelado no Ártico, desperta e ataca uma expedição de pesquisadores. Em 1982, John Carpenter (Halloween e Starman) dirigiu uma nova versão com Kurt Russell e T. K. Carter, utilizando também mais violência e efeitos especiais de primeira qualidade.
Quanto ao filme "A Bolha Assassina" de 1988, esse sim merece o título de TRASH. Ou seja, um típico filme oitentista, exagerado em quase tudo, com atuações sofríveis, porém inegavelmente divertido. Uma interessante releitura do clássico de 1958. Apesar de a primeira versão ter seu brilho, ambas tem seus méritos uma vez que foram produzidas em épocas totalmente diferentes.
No caso do filme de 88, este foi reprisado inúmeras vezes no SBT e seus efeitos, ainda hoje podem ser considerados como uma verdadeira aula de "terror artesanal". Nessa época estava começando a surgirem os recursos tecnológicos que aos poucos vem sepultando um pouco da criatividade na sétima arte. Enfim, "The Blob 88" é uma refilmagem interessante, apresentando um roteiro com muita violência explícita, sangue em profusão e cenas assustadoras, sustentadas por interessantes efeitos especiais.
SINOPSE: Uma repulsiva e maligna forma de vida cai na terra na tranquila cidade rural de Arborville, EUA. Sem problemas de consciência ou intelecto, a Bolha faz apenas uma coisa – Ela come tudo e todos que se movem. Um velho que passeava entre os arbustos da periferia quando encontra essa bolha gelatinosa que veio do espaço. Logo a repulsiva criatura gruda em seu corpo, devorando-o em seguida. Uma amostra dela é levada a um médico, que não consegue identificar sua formação. A bolha que cada vez necessita mais de nutrientes, escapa e ataca um teatro, um depósito de carnes e logo a população da cidade em campo aberto, devorando centenas de pessoas.
Quem resolveu fazer uma refilmagem da história original foi Chuck Russell (A Hora do Pesadelo 3: Os Guerreiros do Sonho) que obteve o apoio de Jack H. Harris (que possuía os direitos do filme) o mesmo produtor da versão de 58. O roteiro da refilmagem foi escrito a duas mãos: Chuck Russel e Frank Dorabont. A direção ficou com Chuck e foi estrelado por Kevin Dillon (Platoon) e Shawnee Smith (Amanda de Jogos Mortais). Entre as cenas em destaque temos as cenas em que um funcionário de uma lanchonete entra literalmente por um cano e para o final interessante com o fanático reverendo Meeker (Del Close, que aliás é o único ator que já participou de outro filme da bolha, a fraca sequência Son of Blob, de Larry Hagman, filmada em 1972 e mais voltada para o humor).
Quem resolveu fazer uma refilmagem da história original foi Chuck Russell (A Hora do Pesadelo 3: Os Guerreiros do Sonho) que obteve o apoio de Jack H. Harris (que possuía os direitos do filme) o mesmo produtor da versão de 58. O roteiro da refilmagem foi escrito a duas mãos: Chuck Russel e Frank Dorabont. A direção ficou com Chuck e foi estrelado por Kevin Dillon (Platoon) e Shawnee Smith (Amanda de Jogos Mortais). Entre as cenas em destaque temos as cenas em que um funcionário de uma lanchonete entra literalmente por um cano e para o final interessante com o fanático reverendo Meeker (Del Close, que aliás é o único ator que já participou de outro filme da bolha, a fraca sequência Son of Blob, de Larry Hagman, filmada em 1972 e mais voltada para o humor).
Agora, quanto a A BOLHA de 1958, que apesar de obviamente não dispor de bons efeitos especiais, nem nada de muito épico, ainda assim não posso considerá-lo um filme TRASH. Pelo contrário, o considero um pequeno clássico da ficção científica e horror que acabou se tornando um cult movie. Dirigido pelo cineasta Irwin S. Yeaworth e Russell S. Doughten Jr., produzido por Jack H. Harris para a Paramount que trazia no elenco Steve McQueen (em seu primeiro grande papel), Anneta Corseaut e Earl Rowe. O filme foi um tremendo sucesso na época e mesmo depois de tantos anos ainda tem vitalidade para conquistar novos fãs.
SINOPSE: Um meteorito cai numa pequena fazenda, próxima de Phoenixville, pequena cidade na Pensilvania, EUA, trazendo com ele uma misteriosa criatura em forma de geleia. Um velho agricultor(Howland) cutuca com uma vareta a estranha forma gelatinosa, que acaba grudando em sua mão. Um casa de jovens namorados, Steve Andrews (McQueen) e Jane Martin (Aneta), que viram a queda do meteorito e foram procurar onde tinha caído, chegam no local onde o velho foi atacado pelo alienígena na mão, e o levam para o Dr. T. Hallen (Chase). O médico trata cuidadosamente do ferimento e pede para Steve investigar o local onde eles encontraram o velho. Quando Steve volta, ele vê a bolha envolvendo e matando o médico. O casal tenta alertar a polícia e os moradores da cidade, mas ninguém acredita neles, enquanto a bolha, em sua escalada de terror ataca o cinema local, o Colonial Theater, onde está sendo exibido um filme de terror, engolindo várias pessoas, ficando cada vez maior e indestrutível…
CURIOSIDADES:
- O interessante e que poucos sabem é que o filme de 1958 é baseado em um acidente ocorrido oito anos antes (1950) na cidade da Filadélfia, EUA. Ocorre que um dia dois policiais veteranos viram cair algo do céu, e encontraram no local da queda uma monte de “geleia roxa tremendo” que brilhava no escuro. Segundo os polícias, a coisa parecia pulsar por conta própria, era certamente uma espécie de organismo vivo. Eles tinham certeza que ninguém acreditaria neles. Então, pediram auxilio pelo rádio. Outros dois policias apareceram no local, e imediatamente tentaram separar um pedaço da gosma para levarem como evidência. Porém, ao ser tocada a coisa simplesmente evaporou deixando apenas um resíduo na mão de um dos policias, que jamais conseguiram efetivamente provar o que ocorrera. Com a bolha desaparecida, sobraram apenas os relatórios dos polícias que foram arquivados por falta de evidências. Alguns anos mais tarde, quando o produtor Jack H. Harris estava a procura de uma ideia para um filme de terror, lhe foi sugerido explorar a história dessa bolha misteriosa, que até hoje não sabemos o que era.
- Outra curiosidade legal é que desde o ano 2000, a cidade de Phoenixville (Chester, Pensilvânia, Estados Unidos) anualmente promove o evento chamado: "Blobfest". Uma reencenação da cena "cult" do pânico à saída do cinema (Colonial Theatre), essa cena está presente tanto no original quanto no remake, embora tenha sido no remake que a bolha tenha ganhado mais destaque e sua fama mundial.
- Há anos rola um boato de que um remake de A Bolha Assassina sob a direção de Simon West anos estaria em pré produção. Até o momento, nada se confirmou!
BÔNUS: Caso vc queira ASSISTIR ou BAIXAR, clique nos links abaixo. Os arquivos estão em ótima qualidade, disponíveis via Google Drive.
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