É Carnaval... Deixa a Folia Lá
Não tenho nada contra quem gosta do Carnaval. Para mim
sempre foi época de me retirar para descansar, viajava com os amigos para
locais de praia buscando tranquilidade. E quando não tenho chance de viajar eu passeio
com a minha família. O problema? É que não sou afeito às tradicionais zonas que
se instalam nas ruas, para mim é um desperdício de energia e dinheiro,
principalmente público que financia os desfiles de escola de samba para os turistas
se divertirem e ganharem futuros votos dos boêmios.
Não aceito o fato que uma população vivendo em tanta carência de bom serviço público, que reclama de falta de oportunidade e emprego, ignora tudo pela zona generalizada, pela chance de ter seus segundos de fama na frente das câmeras, tentando causar nas redes sociais e bombar de likes e curtidas, mas quem ganha mesmo é a prefeitura, os hotéis, os que conseguem oportunidade de lucrar com o deslumbramento dos estrangeiros. E a população com as suas reivindicações? Tudo esquecido nesse período em nome da velha política romana do pão e circo, tão eficiente até hoje: em troca de migalhas e festa, tudo o mais é secundário.
Passou o carnaval? De volta à velha rotina, a luta diária em
tentar encerrar mais um ano com algum lucro, pelo menos. Mas não desgosto de
quem gosta, só não vai me ver no meio da balbúrdia, isso é certo. Só para concluir: Carnaval, festa da carne, celebração do mundano e da libertinagem, não preciso disso para a minha felicidade.
Enfim, essas são as minhas sugestões para fazer uma higiene
mental, longe do barulho e da baderna:
Demolidor de Frank Miller – Os encadernados lançados pela
Panini com a fase do Demolidor conduzida por Frank Miller, o autor salvou o
título do cancelamento dando uma nova roupagem para as aventuras do Homem Sem
Medo. Clássico que sempre vale a pena uma revisita.
O Imortal Hulk – Depois de muito mais baixos do que altos
nas suas publicações nos últimos tempos, eis que surge Al Ewing capitaneando
uma virada radical na vida do Gigante Esmeralda, a fase tem dois encadernados
lançados pela Panini e vem acumulando mais e mais elogios a medida que é
lançado, merecidamente indicado ao Prêmio Eisner e com a arte sensacional de
Joe Bennet.
Homem-Aranha: Caçado (arco publicado na revista mensal) –
Vários supervilões vinham sendo caçados e capturados pelo Treinador e o Formiga
Negra há algum tempo, o motivo? Juntamente com o Homem Aranha, eles são
colocados no Central Park isolado por um campo de força para serem caçados por
ricaços entediados, tudo devido a um sinistro plano criado por Kraven, o
Caçador.
Demolidor 21 – Essa edição tem a mini Homem Sem Medo, que
não tem nada a ver com a saga de Miller e Romita Jr. revendo os primeiros dias
de Matt Murdock depois do acidente que o transforma no Demolidor. Aqui vemos
Murdock se recuperando no hospital após ser atropelado por um caminhão, descobrindo
que as extensões das lesões sofridas ao longo dos anos de combate ao crime
estão cobrando um preço alto, tanto que considera deixar para trás os dias de
vigilante. Não é um dos melhores sagas do herói, mas vale a pena a conferida e
um dos artistas da edição é o nosso Danilo Beyruth.
Mangás:
Pluto – manga de ficção escrito e ilustrado por Naoki Urasawa (autor de Monster) inspirado no Astro Boy de Osamu Tesuka e no arco “O Maior Robô da Terra”. A história fala de misteriosos atentados a robôs em diversos lugares na Terra, alguém ou alguma coisa os está caçando e destruindo, a investigação do caso fica a cargo do detetive Gesicht (também um robô), um dos melhores do mundo. Em oito livros publicados pela Panini.
The Promised Neverland – Em um futuro não muito distante, o
mundo parece ter sofrido algum tipo de apocalipse, sendo infestado por demônios
que mantem lugares isolados chamados de Fazendas para a criação de crianças
humanas com o objetivo de se tornarem futuros alimentos para os monstros. A
saga gira em torno de três órfãos (Emma, Norman e Ray) que buscam fugir e
salvar outras crianças do destino terrível que as aguardam. Atualmente em
publicação pela Panini.
Anime:
Mob Psycho 100 (as duas temporadas) – O anime nos mostra a vida de um rapaz paranormal, Shigeo Kageyama, tendo que lidar com as mudanças em sua vida, o colégio e amigos, sendo auxiliado por um charlatão golpista que sobrevive enganando as pessoas com exorcismos furados e que usa dos legítimos poderes do rapaz para resolver os casos que aparecem. Bom humor, suspense e drama se misturam nessa série que fica difícil assistir somente a um episódio por vez.
Parasita – O grande vencedor do Oscar 2020, tanto que levou
os principais prêmios de Melhor Filme Estrangeiro, Melhor Filme, Melhor Roteiro
Original e Melhor Diretor, sem contar os outros que estavam na bagagem antes do
Oscar. (ainda vou assistir)
Doutor Sono – A continuação do Iluminado, mostra a vida de
Danny Torrance adulto, alcoólatra e traumatizado pelos eventos que presenciou
no Hotel Overlook tendo que lidar com a
descoberta de um grupo que caça “Iluminados” como ele e que estão atrás de uma
criança com poderes tão fortes quanto os dele. (ainda vou assistir)
Star Trek Picard – A mais recente serie do universo de Star
Trek nos coloca quase 20 anos após o último filme da Nova Geração: Nêmesis,
mostrando a pacata vida que o aposentado almirante Jean Luc Picard desfruta em
sua vinícola, até o dia em que recebe a visita de uma forma de vida sintética
que implora por sua ajuda, o envelhecido oficial da frota abandona sua tranquilidade
para resolver um mistério que envolve o passado de um dos seus mais queridos
amigos: Data e a possível explicação para o genocídio que aconteceu na
desastrosa evacuação romulana para Marte, 14 anos antes. Imperdível para os fãs
de Star Trek, da Nova Geração e de uma boa serie de ficção.
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