Crônica Fiel A Este Nosso Desgraçado Mundo Desumano Contemporâneo

Arte de Juan Carlos Ruiz Burgos


Ensaios anteriores:







Publicado originalmente em





Inomináveis Saudações a todos vós, realistas leitores.



Crônica de intensa fidelidade a este nosso mundo é O Cavaleiro Das Trevas. Uma crônica rutilando nas entranhas de nossa estranha humana sociedade, uma sociedade mundialmente conhecida pela sua mediocridade e a falta de vontade para com a resolução de seus problemas mais graves. Dizem os “entendidos”, “gente tão sábia”, que o Esporte e a Educação retiram das ruas os possíveis futuros criminosos comuns e terroristas; diriam até, aqueles “entendidos”, que possíveis Coringas não se tornariam manifestos com uma forte política esportiva-educacional. Afirmo que apenas o Esporte e a Educação não são suficientes, é preciso MUITO MAIS do que essas meras medidas assistencialistas e demasiadamente hipócritas para que nenhum ser humano a mais venha a ser um assassino, um estuprador, um seqüestrador, um ladrão, um terrorista ou qualquer tipo de anomalia social em qualquer local do mundo. MUITO MAIS do que o Esporte, é preciso o aprimoramento das condições sociais totais de subsistência e moradia. MUITO MAIS do que a Educação, é preciso o aprimoramento mesmo desta a níveis que não tornem os alunos apenas meros repetidores das palavras de seus antecessores, mas, sim, criadores de novas perspectivas de ensaios de possíveis soluções para todos os humanos males. 

Mesmo assim, não é tão simples, criminosos, até com as melhores condições de subsistência e de educação do que a maioria de seus pares, temos visto diariamente multiplicar-se aos milhares como uma praga social demonstrativa de que um “berço de ouro”, “sangue azul”, “alta renda” e outras coisinhas tolas e efêmeras que tornam qualquer boçal escroto de mente estreita uma “pessoa de boa família” não são premissas para o aprimoramento do Interno, do Ser Interno. A solução está no exercitamento e na educação do Espírito, não apenas do corpo; há, no entanto, profissionais no Esporte e na Educação, em todo este nosso mundo contemporâneo, preparados de modo a tratarem dos Espíritos das crianças e dos adultos que possuam tendências ao crime e seus diversos desmembramentos? Não, em nosso mundo contemporâneo, neste caos que apenas se importa com o valorizar das artificialidades, com os rompantes das diversas e mais diversas mediocridades, com as dinâmicas excessivas dos maiores e piores exemplos de alienação e estagnação, nenhum profissional do tipo está disponível. Se estiver é raro, único, não recebendo a devida atenção governamental para que se multiplique em milhões de outros profissionais, já que o mundo é pragmático em demasia, os Governos alimentam suas nações com os Big Brothers das jogatinas políticas e midiáticas, as Copas Do Mundo, as Olímpiadas, o Carnaval e que se fodam todos os investimentos nos Espíritos dos nativos...

E as desgraças aumentando...

E as misérias aumentando...

E as maldições aumentando...

Meninas e meninos violentados por pedófilos...

Estupradores de mulheres continuando com as suas perversas taras...

Seqüestradores agindo alegremente...

Ladrões agindo mais felizes ainda...

Assassinos escapando impunes...

Terroristas procriando através de seus seguidores...

Sem farda ou com farda, o humano lixo dos vermes que atormentam as existências dos que fecham os olhos para as viroses sociais vai e vai e vai e vai e vai e vai e vai e vai e vai para o baixo e enterrando tudo e todos que toca...

A crônica de tal mundo está no filme, todas as palmas para Christopher Nolan, um gênio que apenas tende a crescer em criatividade e empenho na realização monumental de sua obra cinematográfica. Palmas para todo o elenco, os intérpretes dos personagens principais e secundários, gigantes que se deram totalmente ao digno trabalho de emoldurar uma perfeição cinematográfica que reúne toda a caótica expressividade da Desgraça Contemporânea de nossa “evoluída civilização”. Palmas para toda a equipe técnica, profissionais de dedicação extrema ao intensivo trabalho de dar fidelidade e realidade a cada cena tensa, impactante, sombria e realisticamente impecável. Palmas para Jonathan Nolan e David S. Goyer, roteiristas de um já clássico eterno da História Do Cinema, com todos os devidos eternos méritos inesquecíveis para esta geração contemporânea que verdadeiramente o soube assistir com os Olhos Espirituais e não apenas com a frieza do olhar complacente de um fã idiota de blockbusters idiotas como a franquia A Múmia, Harry Potter e tantas outras. O grande lamento que fica é pela perda do magistral ator Heath Ledger, que, onde estiver, está recebendo todas as vibrações de amor e de simpatia de seus fãs, como eu, eternamente agradecidos pela sua estupenda atuação como o maior vilão da História Do Cinema, como já é considerado. A mais recente nota triste é a do acidente com Morgan Freeman, que o deixou gravemente ferido; torçamos para que ele se recupere e continue a nos brindar com o seu grandioso talento, reconhecidíssimo e bastante venerado (na data original da escrita deste Ensaio, houve este fato; felizmente, o ator se recuperou muito bem). 

E, agora, fica-se na ansiosa espera pela continuidade de Batman - O Cavaleiro Das Trevas, filme que demonstrou a nossa estúpida humana fragilidade, a nossa incapacidade em reconhecer O Mal em nossa capa de bons modos moralmente mal orientada, egoísta e centrada em nossos próprios cus. Provocadora obra, ficará no rol daqueles filmes que te orientam diretamente para O Coração Do Abismo, O Profundo Dos Infernos e O Fundo Da Cova; mas, que te mostra uma possibilidade de redenção pessoal, basta abrir os olhos e ler nas entrelinhas do filme as respostas que é problema de cada um de vós encontrar...

Com dignidade e autenticidade, encerro, então, aqui com este post, esta longa análise de Batman – O Cavaleiro Das Trevas.

Saudações Inomináveis a todos vós, realistas leitores.


💀💀💀💀💀💀💀💀💀




Inomináveis Saudações, leitoras & leitores virtuais! 

Postar um comentário

0 Comentários