Diga o que disserem e o que quiserem de nós, os machos das antigas nascidos nas décadas de 1950, 60 e 70 (a partir da de 1980, a coisa já começou a ficar estranha, e da de 1990 pra frente, embichou de vez). Difamem-nos, caluniem-nos, emporcalhem-nos, arrastem nossos nomes pela lama, se bem lhes apetecer e se for o caso.
Mas, em um assunto, somos, indubitavelmente, superiores. Incontestes, incontestáveis, soberanos e imbatíveis. A pornografia.
Ninguém
entende mais de pornografia do que nós, os machos de respeito dos anos
50, 60 e 70. Vimos nascer e acompanhamos o crescimento e a evolução de
todos os tipos de pornografia. Desde a pornografia imaginada e onírica
(as homenagens que rendíamos no banheiro àquela vizinha casada gostosa
e/ou àquela atriz da novela das oito), passando pela desenhada (os
famosos catecismos do Papa Carlos Zéfiro I e único), indo para a
fotográfica (primeiro em preto e branco, mais para frente, em cores) e,
finalmente, para a cinematográfica (inicialmente nos mofados cinemas
pornôs proibidos para menores, depois para as fitas VHS, para as
locadoras e para o conforto de nossos lares e, hoje, espalhada pela
internet).
E
nós, machos dos 50, 60 e 70, a tudo acompanhando com o maior empenho, a
tudo estudando e monitorando com duro afinco. Quanto esforço para nos
mantermos atualizados, quanto suor, quanto material genético vertido no
vaso sanitário? Quantos "oh, pedaço de mim", quantas "oh, metade afastada de mim" a escoar pelo ralo?
A
todas as modalidades de pornografia vimos nascer e vivenciamos. Não há
vertente da oitava arte que não conheçamos e que não sejamos capazes de
versar e tergivesar sobre.
Por isso, causou-me estranheza, e mesmo uma sensação de obsolescência, quando vi, anteontem, no portal UOL, a manchete : Pornô Feminista me Fez Mudar de Vida.
Pornô feminista? Que putaria é essa de que nunca ouvi falar? Estarei a ficar pra trás, desatualizado, um dinossauro?
Apesar
da palavra "feminista" adjetivando o sujeito "pornô" me parecer sintaxe
das mais descabidas e contraditórias, afinal, para mim, "pornô" está
intimamente ligado à excitação e à paudurescência, e "feminista", com um
chute bem dado nas bolas do saco, dispus-me a ler a matéria. Cliquei no
link para a reportagem. Só duas ou três linhas escritas, nada revelando
sobre o tema. Para mais detalhes, o "leitor" precisaria assistir a um
vídeo, de quase oito minutos, no qual uma "cineasta" pornô e feminista
versaria sobre sua obra.
Oito minutos ouvindo uma feminista? O caralho!!! Em oito minutos, eu assisto a um vídeo da Brandi Love se pegando com a Mia Malkova
e ainda soco um punhetão!!! Além disso, cineasta pornô é igual a
pedreiro, encanador, eletricista e modelo fotográfico de rola : é coisa
de homem!!! Oito minutos de pura broxidão a ouvir uma feminista explicar
a sua arte? Fechei a janela da reportagem.
Mas
acredito que não seja preciso muito esforço para imaginar o tal do
pornô feminista. Acredito, mesmo sem ter assistido ao vídeo, e seguindo a
linha Raulseixista do "eu não preciso ler jornais, mentir sozinho eu sou capaz", que não deva ser muito diferente o pornô feminista do pornô tradicional.
Imagino
que seja basicamente a mesma dinâmica, as mesmas combinações e
variantes dos, digamos assim, elementos cênicos, os mesmos intrincados e
complexos enredos, tramas e desfechos.
Com
uma diferença básica : as atrizes, militantes e empoderadas, exibem
todas, sem única exceção, tetas caídas, buço e sovacos e pernas
cabeludos. Ah, sim, e claro : um grelo duro maior que muito pau de
japonês por aí.
Pornô
feminista? Tô fora!!! Não passo nem perto!!! E se tiver que passar, se
não for possível desviar o caminho, passo com a bunda virada para a
parede.
Abaixo,
em nu frontal e despudorado, Samantha Baguete, a mais bem paga atriz do
pornô feminista. E prima em segundo grau do Kid Bengala.
E isso porque ainda tá meio mole, meia-bomba. Pãããããta que o pariu!!!
Nota do Ozy: Para não traumatizar vocês, da forma que me traumatizou, pedi ao nobre Marreta para tirar essa imagem ao final. Mas quem tiver curiosidade, procure na net, por sua conta e risco.
Nota do Ozy: Para não traumatizar vocês, da forma que me traumatizou, pedi ao nobre Marreta para tirar essa imagem ao final. Mas quem tiver curiosidade, procure na net, por sua conta e risco.
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