[Texto
da tag “Escritor Convidado”, escrito pelo GM Rafael Leitão, o texto é um dos
vários que chegam dele semanalmente no e-mail, que podem ser assinados
gratuitamente em seu site: https://rafaelleitao.com/]
Há um debate que sempre esquenta as discussões entre
enxadristas: o livro “Meu Sistema” é bom ou ruim?
A
obra, escrita por Aron Nimzowitsch entre 1925 e 1927, sedimentou a teoria do
xadrez posicional e influenciou gerações de enxadristas. É um dos poucos livros
clássicos que tem uma tradução para o português.
Muitos
o consideram um dos melhores livros da história do xadrez, com conceitos que
são válidos até hoje.
Para
outros tantos, o livro é dogmático, de leitura difícil, escrito com um estilo
pedante. Entre seus notáveis detratores, Yasser Seirawan ridiculariza alguns
exemplos que são mostrados no livro e Nigel Short disse que a obra “deveria ser
banida”.
A
minha opinião? Eu nunca gostei de alguém que tenta “impor as verdades da vida”,
como é o caso do Nimzo. Por isso sempre tive uma certa birra com esse livro,
apesar de ter lido seus trechos mais conhecidos. Mas é um livro fundamental
para a história do xadrez e, naturalmente, tem lugar de destaque em minha
biblioteca (tenho uma edição em inglês e uma em português).
Entretanto,
é inegável que ele lançou algumas pedras fundamentais do conhecimento enxadrístico.
Principalmente o conceito de “profilaxia”.
Claro
que não adianta ler o Meu Sistema e sair usando as ideias dele nos torneios
atuais. Algumas precisam ser totalmente descartadas e os melhores conceitos
precisam de atualização.
Aqui
na Academia nós temos um especialista no Nimzo. E ele foi convocado para dar
sua opinião.
O
MI Renato Quintiliano gravou esta semana a aula “Revisando o Meu Sistema”, que
está simplesmente imperdível (opinião 100% parcial). Ele mostra as atualizações
dos conceitos mostrados no livro.
Essa
aula está disponível para os assinantes, juntamente com outras centenas de
aulas que podem ajudar o seu entendimento do jogo de xadrez.
Quer
entrar para o time?
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