[Texto
da tag “Escritor Convidado”, escrito
pelo MN Gérson Peres, o texto é um dos vários que chegam dele semanalmente no e-mail,
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"Jogue a abertura como um livro, o meio-jogo como um mago
e os finais como uma máquina" (Rudolf Spielmann)
Dizemos ABERTURA a
primeira fase da partida de xadrez, onde vamos “acordar” nossas peças,
despertando-as para o jogo, uma vez que nas casas onde se encontram no
começo estão inativas, adormecidas mesmo.
A abertura compreende os 10,
12, às vezes até pra lá dos15 primeiros lances, dependendo da
característica da posição escolhida.
Independentemente da abertura
ou defesa que estivermos fazendo, há uma fórmula universal bastante útil para
nos guiar.
FÓRMULA DO SUCESSO NA ABERTURA
Centro (C): casas e4, d4, e5 e d5. São os principais quadros do
tabuleiro e nossas peças devem ser movimentadas visando dominá-los ocupá-los
fisicamente ou à distância.
Desenvolvimento (D): é tirar a peça de sua casa inicial e colocá-la no jogo, de
preferência atacando as casas centrais.
Espaço (E): é o território. Ter vantagem espacial é ter liberdade para a
movimentação das peças.
Tempo (T): cada lance é uma oportunidade de pôr uma peça para
trabalhar. Uma jogada é um tempo que dispomos. No começo da partida as brancas
dispõem de um tempo a mais.
Estes quatro fatores podem ser
resumidos na seguinte fórmula do sucesso na abertura: A = CD + ET.
Conceitos então gerais de
abertura que você amigo(a) enxadrista pode lembrar facilmente ao disputar seus
jogos através desta fórmula simples!
A seguir, mais sobre
aberturas...
TIPOS DE JOGADAS
Neutra, ataque, defesa,
contra-ataque e erro.
Se observamos detidamente as
partidas de xadrez, há sempre uma correlação nos tipos de jogadas.
Por exemplo, se nosso
adversário faz uma jogada de ataque devemos responder com uma jogada de defesa
ou contra-ataque; para um lance neutro, devemos responder com outro neutro ou
de ataque, e assim por diante.
DICAS BÁSICAS
A seguir 15 dicas para ser
jogar a abertura adaptadas do livro ‘Xadrez Básico’, do MN Orfeu Gilberto
D’Agostini, publicado em 1954, e que se tornou um bestseller no
Brasil.
⬛ Inicie a partida com o peão
na frente do rei ou da dama dois passos;
⬛ Sempre que possível
desenvolva uma peça que ameace alguma coisa;
⬛ Desenvolva os cavalos antes
dos bispos, especialmente o da ala do rei;
⬛ Escolha a melhor casa para
sua peça e ocupe-a com o menor número de lances;
⬛ Movimente um ou dois peões na
abertura e não mais;
⬛ Não movimente a dama
precocemente;
⬛ Faça o roque o mais cedo
possível, e dê preferência ao roque na ala do rei (roque pequeno);
⬛ Jogue para obter o controle
das casas centrais;
⬛ Esforce para manter ao menos
um peão no centro;
⬛ Não movimente a mesma peça
duas vezes;
⬛ Evite colocar suas peças nos
cantos do tabuleiro;
⬛ Procure conquistar espaço
para a livre movimentação de suas peças, do contrário, cairá em posições
restringidas;
⬛ Tente trabalhar com suas
peças em harmonia (conjunto), uma colaborando com a outra;
⬛ Cuidado com os lances
anódinos (aqueles que não objetivam a nada);
⬛ Não sacrifique material sem
um motivo claro e imediato.
Para sacrificarmos um peão
devemos ter pelo menos uma das seguintes compensações:
► Acelerar o
desenvolvimento;
► Construir um forte
ataque;
► Impedir o roque
adversário, temporária ou definitivamente;
► Desviar a atenção de uma
peça inimiga, em especial a dama.
FONTE DE PESQUISA:
- Xadrez Básico:
Orfeu D'Agostini
- Tratado General de Ajedrez:
Roberto Grau
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