Escritor: Jason Aaron
Desenhista e arte-finalista: R.M. Guera
Colorista: Giulia Brusco
Capa: Jock
Tradução e revisão: Ozymandias_Realista
Finalização e diagramação: Epistarse HQs"Eu construí. Posso derrubar."
É
válido notar o quanto Corvo Vermelho consegue ser humanizado. Mesmo se tratando
de um corrupto homicida, o leitor ainda consegue ter o mínimo de empatia com a
tentativa de redenção do mesmo, fazendo ponte com um xerife, outrora um
fanfarrão que inventava as mais estapafúrdias estórias de guerra sobre si,
buscando o mínimo de dignidade consigo, ao começar a se fazer de cego para o
crime e o caçá-lo ostensivamente.
Guera
mantém o intenso ritmo nos seus desenhos, conseguindo combinar como poucos um
rico detalhamento étnico com uma movimentação ágil de personagens, além do seu
domínio de sombras e enquadramentos que lembram muito os de David Mazzucchelli em “Batman Ano Um”, divergindo em ter
um tom de maior crueza na sua narrativa, enquanto a do italiano com o morcego
preservava a estética mais elegante do Noir. A edição se fecha com um
questionamento que vai permear muito esse arco: Há espaço para sentimentos
afetivos por outra pessoa em um mundo amplamente criminoso em que Dash,Shunka e
Lincoln se meteram? Ou só há uma sucessão de janelas de oportunidades de
sucessão de comandos não importa a que preço?
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