2017 será um ano de maravilha: o ano para a Princesa Amazona de Themyscira. Em junho teremos seu aguardado longa-metragem pela Warner Bros. Pictures, com Gal Gadot no papel; as bancas de revistas estão povoadas de relançamentos de suas HQs, como a fase encadernada dos Novos 52 "Sangue", "Direito de Nascença", por Brian Azzarello e Cliff Chiang, arcos memoráveis da coleção de graphic novels DC da Eaglemoss, como "O Círculo", da autora Gail Simone com o casal Rachel e Terry Dodson, "Paraíso Perdido", de Phil Jimenez e George Pérez, "Petrificada", por Greg Rucka e Drew Johnson, "Trindade", por Matt Wagner, além dos recentes lançamentos da Panini "Terra Um, vol. 1", por Grant Morrison com Yanick Paquette, "Deuses & Mortais" pelo selo "Lendas do Universo DC", de George Pérez. Além dos produtos de massa, em dezembro último a personagem foi arrastada para uma polêmica que vem ainda gerando evidência na imprensa, a perda do seu título como embaixadora honorária da ONU. Sites, blogs e canais no Youtube atualizam opiniões de fãs e das atrizes Gal Gadot, Lynda Carter, sobre o assunto. Imagens de gravação em set ou notícias sobre a atriz Gal Gadot são agora o centro dos holofotes. Como se vê e sente, a hora agora, a vez e a voz são da Mulher-Maravilha, a primeira super-heroína criada para a 9ª arte.
Por isso, o blog Ozymandias Realista não podia ficar de fora dos bons presságios da Ilha Paraíso. Pegando carona na onda do momento, para auxiliar na popularização da personagem às novas gerações, aos fãs leigos ou leitores veteranos, decidi empreitar algo inusitado – tornar público um tratado sobre a capacidade de voo da amazona grega feito por uma extinta colega colecionadora da heroína 4 anos atrás no Google+; é o tratado "O Voo de Diana", de Virna Maria Ockhein.
✩ Quem foi Virna Maria Ockhein?
Uma das primeiras fotos da Virna capturas quando a conheci, em janeiro de 2013. |
Virna foi uma plusser gaúcha da então recém inaugurada Comunidade g+Quadrinhos, do site Judão, quando o g+ era ainda uma rede social anônima, com dois anos de fundada. A moça parecia já ser membro da comunidade e foi ela quem me incluiu naquele espaço em janeiro de 2013. Ela se tornou uma das melhores amigas virtuais da minha companheira, Pablina Milane, pela afinidade com a Mulher-Maravilha, para logo revelar-se uma exímia colecionadora da personagem, com um acervo que remetia ao tempo da editora EBAL, comics importados, edições da Sensation Comics dos anos 1940, artigos temáticos, moda nerd e um senso crítico sobre a criação de William Moulton Marston raramente visto em uma mulher jovem. Com esse gabarito, belezas de rosto/corpo aliadas à gentileza, Virna passou a ser, junto com outro grande amigo dcnauta, o enciclopédico Gilson Domingos, a membro mais querida e popular da comunidade. Chegou a ser banida da Quadrinhos por ter postado ilustrações sensuais do gênero terror, comovendo os membros a se mobilizarem num levante do movimento de protesto "#voltaVirna", o qual chamou a atenção da equipe Judão que a reintegrou à comunidade; foi a primeira pessoa a divulgar itens, acessórios e preços quadrinísticos dos sites; chegou a ser chamada de "a namoradinha" do Gilson Domingos (lhe rendendo alguns problemas); a primeira garota a fazer homenagens aos amigos dedicando ilustrações dos personagens queridos por eles; foi a única garota nerd que analisava criticamente os lançamentos da Panini na época e fazia cobertura de eventos geeks, como a Comic-Con San Diego e a Wondercon; muitos anos antes de eu me aventurar na crítica quadrinística, Virna foi a primeira pessoa na comunidade Quadrinhos a elaborar um tratado analítico de um super-herói, com um domínio do assunto arrebatador. Na época seu tratado circulou pelo g+ de várias formas e por várias pessoas, ocasião em que pude arquivá-lo, fato que tornou possível revelá-lo aqui. Embora fosse muito simpática, possuísse um sex appeal acentuado (que lhe permitia ter muitos seguidores, admiradores, pretendentes e assediosos) e participasse de conferências de hangouts de texto, Virna Maria nunca apareceu em vídeo (exceto em um que ela enviou à Pablina Milane), meses depois, Virna foi descoberta como uma pessoa fake, que usava imagens de loiras, modelos gaúchas desconhecidas na web; depois disso ela sumiu do g+ até a total exclusão do seu perfil. Virna Maria Ockhein encerrou sua atuação na rede como sendo um mistério intrigante, além de ilustrar um decepcionante exemplo de dissolução das amizades a distância, desapontando, sobretudo, os mais achegados, Gilson Domingos, Viviane Moreira, Luciano Capistrano Gomes, Pablina Milane, Érika Carvalho e eu. Foi com ela que aprendi a não me apegar a amizades virtuais. Ainda hoje pairam no stream posts dedicados a ela por várias pessoas, todavia, o mais importante foi ter tirado lições, lições de vida, lições sobre a Mulher-Maravilha, e o tratado de que se ocupará este blog daqui para frente.
✩ O que foi o tratado "O Voo de Diana" ?
Capa do tratado original que circulou no g+ em 2013. |
O post que motivou o tratado. |
✩ Como será publicado aqui esse tratado?
Passados 4 anos, o texto é agora oportuno, dado o momento de evidência da Mulher-Maravilha na mídia, e apesar de ele limitar-se sobre a questão da capacidade de seu voo, para prolongar e fixar a imagem da super-heroína neste espaço, dividirei em partes por capítulo, obedecendo à ordem original do sumário, numa média de uma página por capítulo, o que é bem curto. No caso de necessidade, posso ir além. Ilustrarei a reprodução do texto com as mesmas imagens contidas no tratado, bem como acrescentarei outras, como algumas fotos usadas pela Virna como sendo ela mesma, se for o caso. Quando todo o tratado for encerrado, porei o link do g+ do trabalho integral postado em 2013 por um dos membros da comunidade. Enquanto vou reproduzindo-o, pediria aos amigos colaboradores, seguidores ou quem vier comentar os próximos passos da "Campanha o Voo de Diana" que contassem sua experiência com a personagem ou uma foto de alguma HQ dela nos comentários. Esse será o meu tributo à figura fantasmagórica da Virna Maria Ockhein, que, apesar dos pesares, deixou um legado útil, e à personagem Diana Prince. Espero então com isso agregar aqui colaboração, interação e prazer nerd num tempo de apoteose da cultura pop. Deixo, como prévia, um guia básico de leitura da Mulher-Maravilha para os iniciados, como também fui anos atrás antes de conhecer a fake mais querida e requisitada em Wonder Woman. A grande Hera nos ajude nessa jornada!
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WAGNER WILLIAMS ÁVLIS – crítico literário da Academia Maceioense de Letras (reg. O.N.E. nº 243), professor de Língua Portuguesa, articulista e historiador do Homem-Morcego.
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