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Alguns anos atrás, antes de ler o volume dos N52,
anterior a esse, eu tinha visto uma notícia desse que seria o novo título do
Esquadrão, bem antes de lançamento do filme e tal. Essa era a imagem de vilões
dele:
Pela
imagem, há certa empolgação. Vilões extremamente fortes como Parasita e Flash
reverso? Inovações como Hera Venenosa, ou mesmo um Garra da Côrte das Corujas?
Como isso poderia dar errado? Até a arte prometia, além da fase anterior ter
deixado um ótimo gancho com perda parcial de autoridade da Amanda Waller. Tendo
até mesmo o Arraia Negra entrado voluntário pra equipe...
Como
um time desses poderia dar errado?
Quem
sabe começando com o fato de metade do elenco da imagem NÃO APARECER nas edições? Hmm...
Bem,
vamos a parte boa disso tudo, antes de “descer a madeira”. O material diverte,
e logo depois sai da memória. Digo isso por ter lido alguns meses atrás e não
lembrar de quase nada. Tudo é tão frenético, que você é burlado e não presta
atenção em como personagens saem do nada da trama e nunca voltam.
O
ponto inicial de contraste com o volume anterior, é o quanto o Pistoleiro é
“diminuído” perante a presença do Arraia Negra. Quem antes era um líder de
campo, tentando ao modo amoral trazer unidade, aqui fica bastante em segundo
plano. Primeiro pela justificativa de ter se machucado bastante, ficando “no
banco”, porém superada essas adversidades, o personagem não consegue voltar ao
que era, cabe ao Arraia sustentar esse posto, e ser, mesmo que a sua maneira
travada, o integrante melhor desenvolvido do roteiro. Apenas o ódio e vontade
guia suas ações. O tipo de cara que matéria duzentas pessoas, e enxergaria
nelas o rosto do Aquaman. Ponto.
Bumerangue
mantém seu papel de picareta, se tornando sua transição de fase normal.
Arlequina, logicamente aparece mais, já que é a mais famosa de todo o grupo, e
possivelmente “a cara da equipe” para o Esquadrão N52 em diante, enquanto
Amanda Waller tem sua escalada particular para recuperar sua chefia incontestável.
Até aqui tudo parece bem. Exatamente, porque só é bem até aqui. Fora desse
contorno, tudo o mais parece desconexo e desnecessário. A começar por vilões de
grande porte que tem desempenhos ridículos em campo de batalha, mais parecendo
paródias deles mesmo.
O Parasita parece uma bateria Xing-ling de 0,50 centavos. Flash Reverso nas
palavras imortais do Arraia “Amanda, nos
mande outro Flash, esse aqui tá com defeito”, homens-morcegos que morrem em
centenas em poucas páginas, e adversários com motivações tão rasas, que nem
mesmo consigo lembrar seus nomes e seus propósitos, só desejava que alguém
acertasse um martelo e pronto. Excetuando-se o arco da “Nova Célula da Liga dos
Assassinos”, perde-se bastante a graça da coisa. O escritor muitas vezes tenta
fazer algo sério, achando que é Jamie Delano em Hellblazer, mas esquece que via
da regra, Esquadrão Suicida é um título trash. O escritor anterior conseguia
entender isso, e fazia aquelas cenas brilhantes com o Tubarão Rei, ou mesmo a
Arlequina botando a máscara no pistoleiro, ou Io-Iô e seus retornos. Essa era a
graça da coisa, tinha ação descerebrada, mas tinha aventura que lhe prendia
nela, não adianta convidar metade do universo DC pra suas páginas, se sua
residência não tem porte pra isso. Resta o Esquadrão do DC Rebith trazer alguma
esperança.
Droga,
olha só essa capa, quem eu quero enganar?
...
Nota: 4.5
#01 AO #12 + ANUAL:
#13 AO #22:
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