[TIME PARADOX] Fim de arco da Mulher-Maravilha devia ser um novo início


TIME PARADOX: Esse post foi escrito há um ano atrás no Blog Joker. Devido a boa recepção, ele foi migrado para o Ozymandias Realista de forma quase idêntica. Há três razões pelas quais acredita-se que seja um bom momento de reanalisar um dos últimos arcos da personagem (além de ter sido muito melhor do que se esperava).
1.Falta pouco tempo para a personagem ser trazida pela primeira vez aos cinemas em Batman V Superman: Dawn of Justice, em 2016.
2.Ano que vem começarão uma publicação em capa dura dessa série no Brasil. Então você já pode ler um palpite adiantado.
3.Star Wars: O Renascer da Força estreou há algumas semanas e estão todos vangloriando a personagem Rey, só porque é uma personagem feminina normal sem ser sexista, mesmo ela sendo uma personagem forçada a isso de qualquer forma. Isso lembra que há sim boas personagens femininas no mercado de fantasia, e elas não precisam existir unicamente com o intuito de serem tais. Houve até a ideia de listar 10 aventuras com boas personagens femininas (que não fossem forçadas) em um post, mas não há tempo, então ficamos com a repostagem mesmo, já que muita gente ainda não deve conhecer essa série. Vale lembrar mais uma vez, o post é do ano passado, hoje as estórias da Mulher-Maravilha estando doze edições à frente das que são avaliadas aqui.
OBS.: O Ozy fez questão de deixar as HQs pra download no final.

Ass.: Douglas Joker.

P.S.: O tio ama vocês, ele tá só sem tempo, mas não esquece de vocês não.

Junto com 2014, a última série da Mulher-Maravilha nos Novos 52 chegou a um fim com 35 edições surpreendentemente bem estruturadas. Da edição #1 até a #35, Brian Azzarello e Cliff Chiang são a dupla quase imutável que cuida do novo universo de uma das principais heroínas da DC Comics, e eu li do primeiro até o último. Aí vai a opinião de um cara que foi ler um gibi solo da Mulher-Maravilha pela primeira vez esse ano, depois de mais de uma década lendo quadrinhos.

- Afinal, quem é a Mulher-Maravilha?
- Cale a boca, Douglas. Quer fechar o ano com um post ruim? Todo mundo sabe quem é a Mulher-Maravilha.
- Putz, é mesmo.

Então, reformulando... Todo mundo sabe quem é a Mulher-Maravilha e todo mundo fala que ela é da "Trindade da DC". Mas o que é a Mulher-Maravilha perto do Batman? Ou do Superman? Quem é a Cheetah perto do Coringa? Ou do Lex Luthor? Themyscira com Gotham e Metrópolis? Entende onde quero chegar? Por esse ponto de análise do que torna um herói de HQs "icônico", o Lanterna Verde ou mesmo o Flash deveriam ocupar o posto dela na Trindade, analisando logicamente. Mas ela não só está na Trindade, ela é também considerada a principal heroína mulher de todos os tempos, e é conhecida entre vários grupos, mesmo quem não lê HQs. Mas isso pode ter diversas razões, pega por exemplo o Homem de Ferro. Ele ficou super popular por causa dos filmes, mas vai acompanhar uma série mensal dele, vai...


E ao conhecer melhor a Mulher-Maravilha, concluí que apesar de ter sido muito bem criada e passada pelas mãos de ótimas artistas visionários (como o Péres acima)... QUE HISTÓRIAS ÉPICAS ELA TEM?! Há personagens como o Duas-Caras, que a história mais forte é a de origem, aí todas as histórias lembradas dele são sempre um reinício ou uma releitura do que o originou. Isso a Mulher-Maravilha tem, há versões da origem dela posteriores a sua criação de 1941 que são muito legais. Sim, 1941. Eu pesquisei tops na internet e... entre as melhores histórias dela, não há algo que soe como "esse é a Piada Mortal da Mulher-Maravilha", ou "a Morte do Superman da Mulher-Maravilha". Apesar do universo carismático e arcos bacanas, ela tem nada além disso que tenha marcado pessoas que conheçamos. O seu caso pode ser diferente, é claro, mas nunca conheci alguém que mencione uma historia da Mulher-Maravilha como épica. Achei isso muito esquisito pra uma personagem com mais de 70 anos de cronologia. Uma personagem que faz parte da "Trindade DC". E essa é a razão pela qual considero a personagem perfeita para um reboot. Eu tinha a impressão que a personagem ainda não havia chegado "lá".


Veio os Novos 52 e a DC tomou a decisão de não rebootar apenas dois universos: Batman e Lanterna Verde. Por que? Porque tava muito bem, não se mexe em time que tá ganhando. Eles estavam nas mãos de Grant Morrison e Geoff Johns, ambos dando uma longa continuidade com sagas muito bem encaixadas para os super-heróis nos dias atuais. E reboot, ao menos para mim, é para personagens que não estão mais se encaixando nos dias atuais. E isso é perfeito para alguns personagens da DC, criados de forma tão icônica, longe de terem qualquer defeito, facilmente ficando parecendo mais lendas antigas do que hqs se não forem feitas as modificações certas com o tempo. E isso é perfeito para a Mulher-Maravilha.


Eis que como tudo que já foi escrito da Mulher-Maravilha, a nova série dela nos Novos 52 vem sem chamar tanta atenção quanto o material dos outros membros da "Trindade": Batman e Superman. O Homem de Aço tem sido um personagem quase impossível de adaptar pra atualidade. Os gibis tão longe de serem bem legais, e por mais que eu tenha amado o último filme, ele dividiu opinião pra caramba. O que mais pegou do personagem nos últimos tempos foi, pasmem, a série Smallville. Acho bom você saber que eu... odeio Smallville. Ou seja, o novo Superman não foi tão bem adaptado (lembrando que o Batman ficou na mesma), já  Mulher-Maravilha eu achei bem mais interessante, então vamos parar de olhar pelo ponto de vista geral e focar na análise.

Azzarelo é um roteirista de HQs extremamente experiente, já tendo trabalhado com personagens da área umas quinhentas vezes no passado. Mas ele me surpreendeu por ter mostrado saber perfeitamente como se faz um reboot. Já leu "Coringa" e "Lex Luthor: O Homem de Aço" dele? Ele deixa os personagens em um ambiente realista, mas usando um filtro bem diferente do de Alan Moore e Frank Miller. Fica parecido com séries urbanas de televisão, como "Breaking Bad" e "Prison Break". Na nova Mulher-Maravilha também há esse filtro de realidade curiosamente diferenciado, mas Diana não é uma criminosa -_- ela é a Mulher-Maravilha, então ele trás um ar bem inédito para toda a aventura.


Na primeira edição tudo já começa com acontecimentos sem explicação. Os diálogos e sequências de ação são bem estruturados de forma que você termina o gibi tão rápido que parece que só leu cinco páginas. E aí você quer logo passar pro próximo. Entende o que eu tô te falando? Lembra séries de TV. E mais, há acontecimentos inesperados a cada edição, levando que qualquer coisa que você explique do enredo possa ser considerado um spoiler. Mais uma vez, me lembrando séries de TV. Apesar de toda a ideia do reboot e a preocupação se as mudanças serão bem-vindas ou não pelos fãs religiosos e também os novatos, o que consegue chamar mais atenção é o ritmo singular do roteiro de Azzarello bem acompanhado pela arte de Cliff Chiang que é algumas vezes substituído por Tony Akins, que tem um estilo similar, mas igualmente competente. Ainda acho que seria melhor se o Chiang tivesse cuidado de tudo, dá uma estranhada quando muda, mas nada que atrapalhe.

Todas as capas tem artes icônicas

Desde a primeira edição há três pontos fortes:

1-Tem droga nenhuma de história de origem.
2-As histórias NÃO SÃO interconectadas com as outras dos Novos 52, NEM MESMO as que incluem a Mulher-Maravilha com a Liga da Justiça. Sendo assim você pode lê-las sem se preocupar em ter que ligar pro Saul Goodman pra te arranjar correndo uma edição de "Herói Vendendo Pouco#X" pra saber uma ou duas conversas que não quiseram te revelar na série principal.
3-Seguindo a auto-suficiência, também não precisa ter lido nada que veio antes. Apesar de às vezes dar a impressão que precisa, Azzarello conta todo o necessário.

Logo no início são apresentados os personagens que levarão a história pra frente sob o acontecimento de que Zeus sumiu e simplesmente não existe mais. Apesar de se manter fiel, a própria Mulher-Maravilha sofre mudanças, como por exemplo a ideia dela na verdade não ter sido criada do barro, isso ser só uma lenda e ela ser filha de Zeus.

"Bem, somos família agora. E nesta família há dois tipos de membros. Aqueles contra você... e aqueles contra você. Então, com isso em mente..."



Já os outros deuses, simplesmente foram recriados do zero, o que sempre pode dar problema. E com certeza, sempre vai dividir opiniões.

O remake, as novas versões


Tudo foi feito naquela ideia "Mitologia Grega nos dias atuais". Eu gostaria de poder fazer comparação com "Percy Jackson", que também é assim, mas eu não conheço direito. De qualquer forma, Azzarello mergulha na sociedade, nas tribos e nos estigmas para sintetizar a forma humana de tudo que representa aqueles deuses. A Íris, Deusa do Caos, parece uma drogada, sempre bebendo uma taça de alguma bebida alcoólica, com a cabeça raspada e profundas olheiras; ao mesmo tempo tendo roupas e pose de milionária, ficando claro que ainda é uma divindade. Já o Ares, Deus da Guerra, um dos principais vilões da Mulher-Maravilha, tem NADA a ver com o que a gente já conhece. É um velhinho esquelético, sem os olhos e com os pés sempre sangrando, como uma vítima da guerra. Apesar de eu ter escrito tudo muito bonitinho até agora, nem tudo é chocolate. Hades e Posseidon por exemplo, são meio intragáveis. Esses dois por acaso foram feitos por Tony Akins, e não Cliff Chiang. Sendo dois dos principais, as suas aparências não aspiram grandiosidade, levando um tempo pra que você se acostume caso já tenha suas versões preferidas, o que é muito provável, afinal, a Mitologia Grega já foi redevorada centenas de vezes na Cultura Pop.







Não é? De qualquer forma, mesmo com algumas baixas, dá pra entender o que os artistas fizeram e entrar no mundo deles. Dessa forma a Mulher-Maravilha e seu grupo de amigos que a acompanha quase o tempo todo (Hermes, Zola, Órion, entre outros) são convidativos e bem apresentados. Mantendo o que torna suas histórias interessantes há tantos séculos, os deuses continuam seres imprevisíveis e multi-facetados, fazendo a trama valer só por eles mesmos. Mas não é um gibi só deles mesmos! É um gibi da...

MULHER-MARAVILHA!

"Me enfrente, Primogênito. Eu sou a filha de Hipólita e Zeus. Eu sou a Deusa da Guerra. Eu sou a Mulher-Maravilha! Mas eu só preciso ser eu mesma."

A história, obviamente, também se trata da personagem que dá o título do quadrinho. Mas por enquanto nos Novos 52, esqueça toda aquela coisa dela ser uma Embaixadora da Paz enviada da Ilha Paraíso. É claro que é importante na essência personagem, mas não consta nesse longo arco. É como se houvessem problemas maiores no momento. Herdeiros guerreando pra tomar o trono de Zeus... o vilão Primogênito que surge de repente dando nova vida às histórias... Enquanto isso Diana tem que lutar ao mesmo tempo que se descobre e afirma definitivamente quem é: a Mulher-Maravilha. Há altos e baixos, a protagonista só aguenta tudo mesmo por ser afinal, uma heroína. Diferente do Superman que foi adaptado pra atualidade sendo um pouco mais temperamental e flexível, Diana continua sendo correta como uma princesa ao mesmo tempo que é uma grande guerreira amazona. Todo o retrato emocional amoroso que Azzarello faz da personagem serve muito bem, mesmo ela não tendo tanto contato com a sociedade humana como em outras histórias.

"E é aí que você está errado. E digo isso como um elogio. Ninguém aqui deveria estar se dando bem. Eles deveriam estar pulando uns nas gargantas dos outros. Ainda assim eles não estão. Isso é sinal de um líder forte."

Durante trinta e cinco edições (mais a edição zero) essa estória e todos esses conflitos vão se desenvolvendo com os mesmos personagens, havendo pontos de virada incessantemente para que os mesmos problemas continuem, tendo uma mudança essencial apenas quando é apresentado o vilão Primogênito, que se torna o antagonista principal, mas não falarei muito sobre ele pra não entregar spoilers. Chiang e Azzarello são um daqueles casamentos criativos perfeitos, já que o desenhista esculacha em cenas de ação, na representação dos deuses nos tempos modernos, na passagem das cenas focando em coisas curiosas e poéticas (que nem acontece bastante nas histórias do Hellboy), eu virei um fã eterno dele tanto quanto da Mulher-Maravilha.


E o Brian Azzarello, que a maioria já conhece, não só não falha, como surpreende. Os heróis  e vilões são colocados como uma família MUITO problemática, de forma que suas brigas são constantes e a forma que eles sobrevivem faz parte do desenvolvimento da protagonista, que sendo uma heroína, quer naturalmente que tudo dê tão certo quanto o possível.

Zola deve ser uma das personagens mais bem feitas, sendo a conexão de Diana com o mundo humano

E como já falei, e repetirei, a trama tem surpresas e reviravoltas constantes. É sem dúvida alguma, uma boa peça de arte, na minha opinião, a melhor série que teve nos Novos 52. Durante esses três anos, a dupla pôde dar uma visão nova que a personagem sem dúvida alguma merecia. É extremamente singular, sendo que a DC já pegou o cheiro do Geoff Johns há muito tempo. Ele tem não só escrito a maior parte das multi-sagas principais, como mensais de Lanterna Verde, Liga da Justiça e Aquaman, não sei como ele tem tanto tempo... Isso passa muito longe de ser ruim, mas fica um pouco raro sentir algo mais diferente vindo 100% de outro autor. Sendo independente das outras séries mensais, Mulher-Maravilha dos Novos 52 nem sequer parece com o resto dos Novos 52, e não necessariamente por isso, é um grande e incrível acerto. Aliás, agora vou pisar fundo. Essa é a parte em que você violentamente pode ou concordar comigo ou simplesmente não.

A questão do Reboot

Sim, você reconhece esse gibi, hehe

35/36 gibis (contando com a edição #0) tão bons, um atrás do outro é algo que eu nunca havia visto com a maior amazona da DC. Aliás, não é algo que acontece bastante com qualquer série de histórias. Vou soltar logo que para mim Azzarello e Chiang foram para a Mulher-Maravilha da modernidade o que Frank Miller foi para o Batman nos Anos 80. Claro que não é tão grande pois Frank Miller não só fez um Renascimento para o Batman, mas para todo o mundo dos quadrinhos. Mas ele extrapolou o que deveria fazer, realmente trouxe a personagem pra onde ela talvez já devesse estar há um bom tempo: o Trono do Fascínio! Onde você fica impressionado com o personagem mesmo que haja uma visão diferente de quando ele foi criado, mas contando com alguns conceitos que se mantém suficientes para que ele continue sendo eterno.

Pra mim, e acho que pra todo o resto do mundo, "O Cavaleiro das Trevas" e "Ano Um" do Batman, são a versão suprema de um remake/reboot/renascimento. He... he... he... Eles continuam sendo referência do que o personagem é hoje, e até hoje ele é um sucesso. Mas afinal, o que faz de "O Cavaleiro das Trevas" tão diferenciado? Usarei as palavras do próprio Alan Moore(Piada Mortal, Watchmen) dos tempos quando ele não falava de super-heróis com ódio e desprezo:

"Sim, o Batman ainda é Bruce Wayne, Alfred ainda é seu mordomo e Gordon continua sendo o chefe do departamento de polícia. Ainda há um jovem ajudante chamado Robin, junto a um Bat-Móvel, uma Bat-Caverna e um Bat-Cinto de Utilidades. Coringa, Duas-Caras e Mulher-Gato continuam em evidência na lista de vilões. É tudo exatamente igual, com exceção de que...

...é tudo diferente."

Eu não teria como explicar melhor (aliás, eu não, o Alan Moore!). Os reboots só funcionam dessa maneira. Uma forma meio delicada, não necessariamente passando um furacão em tudo que já foi feito. É a forma que funcionou com Frank Miller, aliás, até com o Christopher Nolan dos filmes. Não adianta ficar lendo a primeira história da "Bela Adormecida" por todas as gerações. As crianças vão ficar com medo! Muita gente não gostou do filme do "Homem de Aço", eu também acho que o "Homem de Aço" voa bem longe da perfeição, mas passa bem pertinho da tentativa certa. Não vejo problema em reutilizar o estilo do Nolan, não se trata de ficar parecido com o Batman, se trata de dar certo. Eu ainda não consigo considerar as críticas que reclamam que no último filme o Superman não era o Superman porque houveram grandes efeitos e doses cavalares de ação, na verdade... eu adorei isso. Eu quero ver o Superman socando um vilão entre prédios e tendo que lidar com situações que eu não esperava, e não pegar um monte de pessoinhas caindo (sempre com a Lois Lane no meio) e tendo que enfrentar o Lex Luthor com falas e enxaquecas causadas pela kryptonita. Esse é o Superman, mas eu já vi tudo isso e tem até um nome que eu uso pra chamar isso; eu chamo de "Superman:O Retorno", e eu ODEIO. Aliás, nem cheguei a assistir duas vezes.


Tudo bem que o Henry Cavill não é o Christopher Reeve, ele pode não ser uma versão do Superman, mas dizer que ele não é o Superman só porque ele ficaria desconfortável na nave dos Ursinhos Carinhosos já é picuinha. Ele não só é o Superman como é a versão mais OP dele já vista em movimento. Sem dúvida mais interessante que o último que tem estrelado nos gibis. Nada que Lex Luthor, o Planeta Diário, Batman e algumas doses de kryptonita não resolvam atiçando nossa nostalgia. E voltando à Mulher-Maravilha, os caras acertaram bonito e fecham a série com muito louvor. Próximo ao desfecho há um pouquiiiiiiinho (bem pouquiiiiinho mesmo) de histórias mais lentas, mas depois do que você já leu tudo que veio antes com certeza não vai querer parar e o final é recompensador, tratando de deuses, humanos e deixando pontos soltos para a sua própria interpretação e filosofia.

E já sabemos o que será do futuro!


Essa série de Diana realmente terminou. Azzarello e Chiang não trabalharão mais com ela em 2015. Quem já tá prometido há um tempo pra fazer isso é Grant Morrison, o Lex Luthor da vida real (só que mais maníaco, mais estranho e com a careca mais brilhante). Porém, o que ele está fazendo também é "independente" e dessa vez voltará a origem da personagem, na época em que ela ainda estava para se tornar a maior heroína do Universo DC. Ao contrário do último escritor, ele já revelou querer trazer elementos da origem da personagem. Então sim, já veremos uma nova versão da personagem novamente, mas sendo com Morrison, dificilmente será ruim. Mas também tenho certeza que dificilmente esquecerei dessa última nova visão da personagem e seu Universo. Se houvesse uma versão encadernada eu compraria; não só pra ler de novo, mas também pra emprestar pra pessoas que com certeza se surpreenderiam tanto quanto eu.

"Acho que por muito tempo as pessoas trataram a personagem de forma muito intocável, e isso leva a estagnação. Por que o Batman é tão relevante? É porque ele continua sendo reinventando constantemente. Há um monte de histórias que você pode contar com o Batman. E há um monte de histórias que você pode contar com a Mulher-Maravilha também. Essa era a nossa ideia." Brian Azzarello

Os gibis estão lindos, agora temos que ver qual será o resultado da primeira adaptação da personagem para os cinemas, na pele de Gal Gadot. Ela aparecerá em 2016 (se não adiarem novamente) em "Batman V Superman: Dawn of Justice" de Zack Snyder e posteriormente deve ganhar um filme solo em 2017 (novamente, se eles não adiarem). Será que a personagem e toda sua mitologia conseguirão uma merecida ascensão de popularidade no público geral? Afinal, acho que nós leitores já nos acostumamos com a distância de atenção que existe entre os filmes e as HQs.



#01 ao 14 (Com a edição 0)

#15 ao 23 (Com as edições 23.1 e 23.2)

#24 à  #35 --

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