Ben Grimm descobrindo que em um mundo preguiçoso, ser eficiente é ser um alvo. |
Roteiro: Roberto Aguierre Sacasa
Desenhos: Steve McNiven
“Ultimamente
todos os meus sonhos são sobre estar caindo. Em meus sonhos, porem, nunca sou
eu caindo, e sim alguém que eu amo, ou amei. No mais recente foi o meu avô.
Enquanto boto minha filha para dormir, uma onda de tristeza se abate sobre mim.
Valéria nunca conheceu seu bisavô, seu nome era John Richards. Pelas fotos que
eu vi, e pelo que eu lembro dele, sou muito parecido com ele... Em aparência.
Duas semanas antes do seu vigésimo aniversário, meu avô se alistou. Durante a
segunda guerra, ele serviu como pára-quedista no grupamento 101. Era um
saltador. Em 6 de Junho de 1944 os jovens do grupamento 101 saltaram nos céus
enevoados da Normandia. Nenhum deles tinham mais de vinte anos, e a maioria
morreu no ar. Meu avô teve sorte. Anos mais tarde, depois que John Richards
deixou o exército... Abriu uma empresa e fez fortuna, se aposentou. Depois
ficou viúvo, e ainda falava na guerra.”
"Vou xingar o seu site." |
Tudo começa aparentemente como só mais uma história simples para tapar buraco,
afinal sempre haverá alguém querendo mostrar serviço, seja ele bom ou não, foi
sobre essa desconfiança que o “estreante”
na Marvel, Steve McNiven pegou um
roteiro de Roberto Aguierre (essa é
a primeira história que eu leio dele) para desenhar. O enredo como eu disse é
simples, o Quarteto vê sua casa e tudo que construiu sendo atacado e tomado
deles não pelo Doutor Destino, Toupeira ou Namor, mas pelo contador das finanças da família, que os fazem ter que se
reinventarem como “trabalhadores comuns”,
enquanto a união deles é colocada em teste. O roteiro foi feliz em saber
destacar as individualidades de cada membro do Quarteto, dando um tom mais
crível à obra, enquanto Reed se isola para traçar equações que desafiam a
realidade, como calcular as probabilidades para fazer um investimento perfeito
na bolsa de valores... Ben Grimm parte para a construção civil na cidade, Susan Richards vira professora de
inglês substituta, enquanto Jonny Storm continua com o seu amadurecimento
lento, buscando ser ator ou fazer parte de algum reality show...
Eu já tinha lido uma história similar
a essa do Quarteto, na extinta Geração
Marvel Homem-Aranha, que tinha a proposta de publicar as primeiras
histórias do Aranha e do Quarteto, sempre levemente reescritas e desenhadas por
outros artistas, e havia gostado bastante do resultado, apesar de ter sido uma
história fechada de 24 páginas. São esses tipos de quadrinhos que eu acho que realmente fazem jus ao reconhecimento
que a Marvel tem de fazer histórias mais humanas, embora o
Quarteto obviamente seja sempre mais para o lado cósmico, aqui nos realmente
acreditamos que possa existir uma família de super-heróis, cujas ações causam
efeito no mundo, bem como vice-versa, pode não ser a melhor história do
Quarteto que você vai ler, mas se levarmos em conta os filmes feito com eles,
principalmente o 2 em que apareceu o
Surfista Prateado e o que vai ser
lançado no próximo ano, onde ao que tudo indica eles vão fazer um Doutor
Destino ainda pior do que o Warren Ellis
fez no universo Ultimate, essa obra
fica como um lembrete do potencial de boas histórias que esse título tem.
Nota: 7.0
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