Guerras Clônicas – Uma obra
de arte... de uma galáxia distante...
Star Wars Guerra dos
Clones é, sem dúvida, uma das animações mais populares da franquia por George
Lucas. Não só foi responsável por ligar várias pontas soltas entre os Episódio
II e III como também introduziu personagens que hoje são adorados por fãs, como
Ahsoka Tano e o Capitão Rex.
Mas, o que algumas pessoas talvez não saibam é que o desenho de 2008 não foi a primeira a explorar o contexto das Guerra dos Clones no universo de Star Wars. De 2003 a 2005, no auge do hype para Vingança dos Sith, o grande Genndy Tartakovsky (criador de animações como Laboratório de Dexter, Samurai Jack e Primal), a pedido de George Lucas, produziu uma série de curtas intitulada Guerras Clônicas.
Tal como a Guerra dos
Clones de 2008, essa série buscou explorar o contexto do conflito entre os
Jedis e os separatistas enquanto continuava o desenvolvimento de Anakin Skywalker.
Embora os episódios fossem mais curtos e focado em ação, com menos dialogo,
eles eram muito bem feitos, se tornando um projeto amado por vários fãs de Star
Wars (algo raro de ver hoje em dia).
Mas como foi que Tartakovsky
conseguiu tamanha façanha? Como um desenho mais antológico e com foco em lutas
conseguiu se igualar ou superar a qualidade de outros projetos com histórias tão detalhadas?
Vou explicar em
partes...
Trama
Desde uma batalha de
Geonosis, o universo foi tomado por uma guerra entre duas forças. De um lado a
República, composta pelos Cavaleiros Jedi e seu exércitos de soldados clones.
Do outro os Separatistas, cujos exércitos são compostos por vários droides de
batalha.
Quanto mais o tempo
passa, mais o conflito se espalha pelo espaço, envolvendo vários outros mundos
e civilizações. Através dos episódios, novos participantes são introduzidos em
ambos lados, reviravoltas acontecem e um dos mais poderosos jedi, Anakin
Skywalker, vai testemunhando seu potencial para ser o maior herói do universo e
também sua maior ameaça.
Imagem vale mais que
1000 palavras
Diferente das séries
que maioria do público tá acostumado, Guerras Clônicas era uma antologia de
curtas. O destaque era para as batalhas e cenas de ação, com dialogo sendo mínimo
e direito ao ponto.
Mas esse detalhe não
torna dificulta a experiência de ver a série sem muitas informações e falas?
É aí onde Tartakovsky
demonstra seu grande talento, produzindo histórias visuais, onde não é preciso
ser dependente de palavras e exposições. Tudo que não é dito é mostrado através
das expressões faciais, maneirismo e atmosfera. Até mesmo a música do
background, ou ausência dela, consegue transmitir o clima e as emoções dos
personagens, seja algo de suspense e tensão, assustador ou feliz e triunfante.
Amarrando as pontas
soltas
Por se passar entre os Episódio
II e III, a série buscou preparar o terreno para o novo filme, apresentando
eventos importantes do universo, como C3PO ganhando seu visual dourado, a invasão
separatista a Coruscant e a introdução de vilões como Asajj Ventress e General
Grievous (que é mil vezes melhor
representado no desenho do que no Vingança do Sith).
Mas o mais importante
de todos é o arco recorrente nesses episódios: A evolução de Anakin Skywalker.
Enquanto o desenho de 2008 viria a explorar mais seu lado heroico, essa animação é mais próxima da versão dos filmes, apresentando o futuro Darth Vader como um jovem habilidoso porém movido por um desejo intenso de se provar para os outros.
Durante a série é mostrado o crescimento de Anakin, com ele enfrentando vários desafios (incluindo um duelo épico contra Asajj Ventress) e indo de um padawan a um cavaleiro jedi .
Mas é também mostrado ele começando a acessar o lado sombrio da
força, deixando mais em conflito sobre sua natureza e futuro.
A interação dele com o
Obi Wan no último episódio foi uma forma perfeita de concluir a série, deixando
os fãs preparados para a tragédia que cairia sobre a relação dos dois.
Veredito Final
Um dos fatos tristes de
ser um fã de Star Wars, ainda mais hoje em dia, é a dificuldade de encontrar
algum projeto que não dividida os fãs. Seja os filmes prequels, as sequels e
projetos da Disney, sempre parece que a existência de um novo filme ou série leva
a um argumento intenso entre fãs simplesmente por não compartilharem da mesma
opinião um do outro.
Por isso, Guerras
Clônicas tem tanto significado. É um exemplo de como essa franquia pode ter
adaptações boas e bem escritas, além demonstrar o potencial artístico presente
em animações, algo que, infelizmente, muitos subestimam.
Nota: 10/10
Então é isso! Qual a
opinião de vocês quanto ao Guerras Clônicas (2003-2005)? Sintam-se a vontade
para colocar suas opiniões nos comentários abaixo.









