Deu Pra Ti, Nasi (Ou : Wolverine Brasileiro é o C******)


Esquerdistas são canalhas. E ponto. Ardilosos, traiçoeiros, sub-reptícios. Esquerdistas são covardes. E ponto. Poltrões, pusilânimes. Esquerdistas são faroleiros, são bons de bravatas, de vomitórios verbais. Mas esquerdistas não têm caráter nem hombridade suficientes para bancarem as consequências de suas fanfarronices, para manterem suas palavras.

Quando algum revés lhes advém, são incapazes de sustentar o que disseram. São frouxos. Dizem que foram mal-interpretados, que suas falas foram descontextualizadas etc. São os reis do duplipensar, os esquerdistas.
Esquerdistas são uns bostas, umas criançonas cagadas e mimadas, nunca assumem a culpa ou a responsabilidade pelos contratempos que lhes acometem. Seus fracassos nunca são efeitos de suas ações, seus malogros nunca são a mera obediência do Universo à Terceira Lei de Newton, a da Ação e Reação.

Quando logram algum êxito, o mérito é todo deles, dos esquerdistas; quando levam uma fubecada, quando tomam no cu, a culpa é sempre de outrem. Da sociedade, do sistema, do patriarcado branco e heterossexual.

Não é à toa que essa ideologia nefanda se infiltra, se entranha e se enraíza tão facilmente na mente fraca da maioria da população. Imagine só, viver sob um credo no qual você nunca tem culpa por nenhum fracasso ou desilusão? No qual você é sempre um injustiçado? No qual seus tombos nunca são consequências de seus escorregões e deslizes, mas do mundo cruel que o rodeia? Quem não quereria?

Nasi, vocalista da terceira idade da banda Ira! é esquerdista. E se encaixa totalmente no perfil traçado acima.
No fim do mês passado, Nasi enxotou todos os espectadores de direita e/ou bolsonaristas presentes em um show da banda, em Contagem (MG). Pediu aos direitistas que nunca mais fossem a seus shows, que não mais comprassem seus discos, que o deixassem em paz, que sumissem de suas vistas.

Nem dez dias depois, respeitosos que somos para com a vontade alheia, o Ira! teve quatro shows cancelados no Sul do país. Região de gente trabalhadora, onde esquerdista não se cria. Ingressos foram cancelados e patrocinadores abandonaram o barco. Consequência direta da fala de Nasi.
Tá tudo lá na minha postagem A Extrema Ira de Extrema-Esquerda de Nasi.

Digo nela, inclusive, que até respeito o pedido rude de Nasi para que os da nossa laia não mais deem a ele o desprazer de nossa presença. O show é dele. A casa é dele. Ele está em seu direito.
Também digo que nem por isso deixarei de ouvir o Ira!, cujo repertório muito aprecio.
Aliás, digo até que continuarei a pô-los em meu toca-CDs. Sob uma condição : que Nasi continue a bater com o pau na mesa e siga a sustentar tudo o que disse nos shows. Que não volte atrás com suas palavras. Que não venha, amanhã ou depois, dizer que foi mal-interpretado, que sua fala foi tirada do contexto etc.
Porém, digo também que se isso acontecesse, todo e qualquer respeito que eu pudesse ter por ele se acabaria, e seria extensivo à sua obra. Caso isso acontecesse, eu não mais ouviria o Ira!

E não deu outra. Escrevi isso na quinta-feira e já na sexta, Nasi começou a arregar. Pelo visto, o cancelamento dos quatros shows (e possivelmente outros cancelamentos viriam) feriu Nasi e sua banda no lugar onde mais dói num esquerdista anticapitalista : no bolso.

Nasi disse que há um complô bolsonarista contra a banda, que todo esse repúdio (dos mais justificados, aliás) está sendo fabricado, que não tem partido dos fãs da banda, que muitas das mensagens recebidas pela produtora dos shows nem eram de pessoas que iriam às suas apresentações no Sul.

Disse Nasi, tentando convencer ao mundo e a si mesmo : “É engraçado porque até o contratante falou que recebeu mensagens de pessoas de Manaus, algo como ‘ah, eu não vou no show’. (risos) O cara nem ia no show! Esses caras que estão enchendo o saco aí, robozinho… Todo mundo sabe como o gabinete do ódio age, né? Daqui a pouco eles pegam outro para Cristo. Numa boa, o Ira! saiu maior do que entrou nessa história”.

Como eu disse, a rejeição à banda não é consequência do desrespeito de Nasi para com seu público. A culpa nunca é do esquerdista. Há um conluio contra ele, uma injustiça sendo posta em andamento. O gabinete do ódio, a terrível gestapo virtual que supostamente se esgueira pelos corredores do Planalto, trama contra o Ira!

Disse ainda que os bolsonaristas postaram nas redes sociais apenas a parte da gravação que lhes convinha. Que fizeram um recorte da gravação, um trecho que não dá a dimensão exata do ocorrido. Ou seja, que sua fala foi tirada de contexto.
Esquerdista é que são robozinhos pré-fabricados, os caras não conseguem fugir ao padrão.

Nasi arregou, mijou pra trás em seu discurso. Não segurou o rojão da merda que fez. Creio que o cara pode dizer as merdas que bem entender, mas tem que ser homem para arcar com as porradas que vierem depois, sem desculpinhas esfarrapadas.
Nasi não foi macho pra isso. Nenhum esquerdista o é.

E agora, como diferentemente do esquerdista, eu costumo manter minha palavra, não mais ouvirei o Ira!
Abaixo, um CD com a discografia de estúdio completa da banda. Antes, intacto; depois, fragmentado.


Em tempo : nesta discografia havia, é claro, o disco Vivendo e Não Aprendendo, de 1986, que contém um clássico da banda, a música Pobre Paulista, cujo refrão é :

Não quero ver mais essa gente feia,Nem quero ver mais uns ignorantes,Eu quero ver gente da minha terra,Eu quero ver gente do meu sangue.Pobre São Paulo! Oh ohPobre Paulista! Oh ohPobre São Paulo! Oh ohPobre Paulista! Oh oh

A tal "gente feia", que Edgard Scandurra, o autor da letra e também esquerdista, não queria mais ver, e com o que Nasi sempre cantou em concordância, é uma clara alusão ao intenso fluxo migratório nordestino ocorrido em direção a São Paulo na década de 1980.
E depois os de direita e os bolsonaristas é que são racistas, xenófobos e fascistas?
O esquerdista é tudo aquilo o que eu escrevi no início do texto. E mais : acusa os outros do que ele faz, diz do outro o que ele é. 


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