In memoriam | PAUL DI’ANNO - Ex - vocalista do IRON MAIDEN (1958-2024)


Faleceu em 21 de outubro uma das grandes lendas do metal, Paul Di’Anno, vocalista dos dois primeiros álbuns do Iron Maiden, Iron Maiden e Killers. Pessoalmente, essa primeira fase do Iron Maiden é minha preferida da banda, porque havia uma influência do punk rock. Depois, com Bruce Dickinson nos vocais, o Iron Maiden ficou mais metal farofa, a despeito de ter explodido em popularidade.



Nascido em 17 de maio de 1958, em Londres, Paul Andrews cresceu no subúrbio da cidade e foi vocalista de várias bandas de rock, enquanto pegava empregos de açougueiro e cozinheiro. Sua grande chance apareceu quando foi apresentado ao baixista e principal compositor do Iron Maiden, Steve Harris, e substituiu o vocalista original da banda, Paul Day.

Paul Andrews então adotou a alcunha de Paul Di'Anno como nome artístico, uma vez que ele dizia ser descendente de italianos. Foi com Di'Anno que o Iron Maiden gravou seus dois primeiros álbuns e começou a ficar bem popular na incipiente cena do metal no início dos anos 80. A sonoridade da banda, que flertava com o punk, era bem diferente da sonoridade que se convencionou depois.



Apesar de Paul Di'Anno ser um excelente cantor e de ter uma boa performance de palco, seus problemas de abuso de álcool e drogas e sua indisciplina o fizeram ser demitido da banda e substituído por Bruce Dickinson. Por sua vez, Di'Anno também desenvolveu seus projetos com outras bandas que formou, como a Di'Anno, a Battlezone e a Killers. Di'Anno também formou uma banda em 2011 com músicos brasileiros, a Rockfellas, da qual faziam parte Canisso, ex-baixista dos Raimundos, Marcão, ex-guitarrista do Charlie Brown, e Jean Dolabella, ex-baterista do Sepultura.

Nos últimos anos de vida, Paul Di’Anno teve progressivos problemas de saúde e ficou confinado a uma cadeira de rodas. Apesar do talento, Di’Anno não tinha fama de ser uma pessoa de muito bom trato, tanto que os outros integrantes do Iron Maiden não o ajudavam, e ele vivia às custas de um fã que o financiava, como os vídeos do Regis Tadeu abaixo explicam.


Não obstante tudo isso, é certo que Paul Di’Anno é um dos grandes nomes da história do metal, e sua morte deve deixar o meio dos metaleiros mais triste. E eu nem sou metaleiro, gosto bastante de rock, mas não especificamente de metal; sou mais do rock progressivo e outros tipos de rock. No entanto, não dá para não comentar um pouco sobre esse que foi um dos vocalistas mais expressivos da cena.




Paul Di'Anno morreu aos 66 anos de idade, nesta segunda-feira (21). O cantor estava em sua casa em Wiltshire, na Inglaterra. Ele usava cadeira de rodas para se locomover, depois de ter realizado complexas cirurgias no joelho. A causa da morte, no entanto, não foi revelada.

"Apesar de ter sofrido com sérios problemas de saúde nos últimos anos, que o restringiram a se apresentar em uma cadeira de rodas, Paul continuou a entreter seus fãs ao redor do mundo, acumulando mais de 100 shows desde 2023", diz o comunicado da Conquest Music que noticiou a morte do artista.




CURIOSIDADES:
  • O primeiro teste que fez para integrar o Iron Maiden chegou a ser cancelado porque, no dia, ele ameaçou um homem com uma faca no meio da rua e teve de ser detido pela polícia. 
  • Em 1981, ele foi retirado do grupo por faltar a apresentações pelo uso extremo de drogas e bebidas alcoólicas, e substituído pelo atual vocalista, Bruce Dickinson.
  • Com o baixista Steve Harris, o cantor foi responsável pela composição de alguns dos hits iniciais do grupo, como "Running free", "Remember tomorrow" e "Killers".
  • Quando saiu do Iron Maiden, o vocalista montou uma banda própria, a Di'Anno, na qual tocava com Lee Slater, P.J. Ward, Kevin Browne, Mark Venables e Dave Irving. O grupo gravou apenas um álbum, com o mesmo nome, em 1984, e depois se separou.
  • Paul teve uma carreira longa e variada, gravando com bandas como Battlezone e Killers, além de lançar vários trabalhos solo e fazer participações especiais.
  • Em 2024, ele lançou um novo álbum com a banda Warhorse, seguido por seu primeiro álbum retrospectivo "The Book of the Beast", em setembro, que apresentou destaques de sua carreira pós-Maiden.

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