"Steve Austin : astronauta. Um homem semimorto. 'Senhores, nós podemos reconstrui-lo. Temos a tecnologia para fazer de Steve Austin o primeiro homem biônico do mundo. Ele será melhor do que era antes. Melhor. Mais forte. Mais rápido'."
Esta era a fala de abertura da série de TV "The Six Million Dolar Man", traduzida aqui para O Homem Biônico, grande sucesso da década de 1970, com o galã Lee Majors no papel do astronauta Steve Austin, que teve partes de seu corpo destruídas durante o teste de uma aeronave experimental.
Paralelas à narração, cenas do acidente do piloto e da reconstrução biônica de seus órgãos perdidos - as duas pernas, o braço e o olho direitos - eram exibidas. Seis milhões de dólares foi o custo, na época, do projeto Cyborg, que fez dele o primeiro homem biônico do planeta.
O braço lhe conferia superforça, as duas pernas, supervelocidade e o olho, visão telescópica e infravermelha, que o permitia divisar seus inimigos no escuro. Steve Austin, é claro, passou a ser empregado como agente secreto a serviço do Tio Sam.
O que nem Steve Austin nem o criador da série, Martin Caidin, puderam imaginar, então, foram os futuros usos que seriam dados à sua visionária tecnologia. Ou, se imaginaram, tiveram a decente autocensura de permanecerem quietos.
Pernas biônicas, supervelocidade? Braço biônico, superforça? Olho biônico, visão à distância e noturna? De que servem todas essas porcarias? Quem as quereria para si? Mas... e um pinto biônico? Maior. Mais forte. Mais rígido e viril.
Aí, sim. Aí, interessa a todos os machos da antigas.
E é o que anda a acontecer com cada vez mais frequência no mundo do cinema pornô : atores guarnecendo-se de pintos biônicos.
Ao menos, é o que afirmou a premiada e tarimbadíssima atriz pornô - e contorcionista - Lena Paul, que cada vez mais os companheiro de cena estão se submetendo ao implante de próteses biônicas, que deixam seus cacetes rijos ao simples toque de um botão.
É o Robocop XXX! É o Pornocop!
Lena explicou que a crise atinge também o mercado pornô e os orçamentos andam cada vez mais apertados, assim um ator que consegue atuar sempre na hora certa e pelo tempo exigido pela cena vai vencer a dista pelo papel com aquele homem que ainda precisa se excitar naturalmente. Afirmou também que já se tornou uma expert em manipular os implantes biônicos e que, muitas vezes, ela mesma os ajusta em cena de acordo com suas preferências. Esse, sim, é o famoso pau pra toda obra.
Lena disse, ainda, que os atores, há tempos, já faziam uso de injeções de viagra líquido direto no bráulio, para ereções instantâneas; assim, para ela, o pênis robótico é um passo "bem natural" na evolução do processo.
Peguei-me a pensar : como seria essa benga robótica? Teria chip de memória, com registros das melhores performances? Câmera embutida, programas de diferentes velocidades? Controle remoto? Pilhas comuns ou alcalinas? Pode travar? Tem que retornar ao médico, de tempos em tempos, para substituir a bateria?
PhD em cultura inútil que sou, fui pesquisar sobre e agregar mais esse valioso conhecimento ao meu vasto cabedal. Posso, admito, ter falhado em minha pesquisa, mas nada encontrei sobre pênis verdadeiramente robóticos, biônicos ou mesmo mecatrônicos. Encontrei o que já conhecia há muito tempo : as famosas próteses penianas, que nada de componentes eletrônicos possuem.
O modelo mais antigo são as maleáveis ou semirrígidas, que consiste na inserção de dois cilindros de silicone nos corpos cavernosos do pênis. Por dentro dos cilindros, passa uma haste metálicas de prata, que lhes conferem a maleabilidade e permitem que a pistola seja posta na posição desejada. O inconveniente é que o implantado vive num estado permanente de ereção, tendo que dobrar o pau pra baixo quando não estiver fazendo uso sexual dele.
O modelo mais top de linha consiste em dois reservatórios cilíndricos infláveis e que são introduzidos também nos corpos cavernosos. Quando o cara for dar uma pistolada, os cilindros podem ser inflados com o bombeamento de uma solução salina para o seu interior, e desinflado com o escoamento dela, quando findar a função, o que coloca o guerreiro, de novo, em posição de repouso. O reservatório com a solução salina é implantado no abdome do brocha e o botão de bombeamento, dentro do saco. O cara fica com três bolas.
Aperta o botão no saco, o líquido do abdome é bombeado para as próteses e a benga sobe; apertou e liberou as válvulas acima do botão, o líquido volta pro reservatório e a benga murcha.
Os dois tipos de prótese só devem ser aplicados em último caso, em caso de perda total da paudurescência, pois uma vez implantadas, o sujeito nunca mais voltará a ter uma ereção normal, visto que sua introdução danifica grande parte do tecido peniano interno.
Sobre isso, a catedrática Lena Paul também tem sua opinião : "Há algo de triste nisso. Você vai fazer algo que mudará permanentemente o curso de sua vida sexual", lamenta-se a diva pornô, subindo e descendo num tarugo inflado!
Pois é... bilhões de anos de Evolução, milhares de anos de História e conquistas humanas, ascenção e queda de impérios e de civilizações, mártires e mais mártires da ciência virando churrasquinho da Inquisição, séculos de dedicação e obstinação de pesquisadores e cientistas sobre suas pranchetas e tubos de ensaio. E, no fim, todo o conhecimento, a muito custo e suor obtido, acaba se prestando a isso : a um pau biônico.
Pãããããããta que o pariu!!!!
em tempo : no Brasil, a líder do mercado, é a Clínica São Vicente.
Conheça também:
0 Comentários