Abaixo, quatro das inúmeras, das centenas, talvez das milhares de capas diferentes com as quais o livro 1984, de George Orwell, foi publicado por esse mundo afora.
Não é em todas as edições, mas se derem uma pesquisada na internet, verão que na maioria esmagadora delas é recorrente a figura do Olho Que a Tudo Vê.
O místico Olho de Agamotto? Valha-me São Doutor Estranho! Antes fosse...antes fosse...
Sim o olho onipresente e opressor do Grande Irmão, o mandatário supremo da distopia imaginada por Orwell. A utopia de todo tiranete esquerdista sul-americano.
Utopia é a idealização de uma sociedade boa, justa e livre; distopia, de uma sociedade em condições de extrema opressão, desespero e privação. Dentro do gênero, 1984 é o romance mais emblemático.
O Grande Irmão a todos vê e vigia através de telas instaladas em todas as residências de um "fictício" Reino Unido. Quem olha para a tela, nada vê, apenas uma superfície morta e opaca; quem olha de por trás da tela, o Grande Irmão, a tudo enxerga.
Em 1984, é proibidíssimo falar contra o Partido (único, é claro), sequer pensar contrariamente é permitido. O Grande Irmão tem poder de polícia para castigar os dissidentes do pensamento.
Qualquer semelhança com o Tribunal de Inquisição Política, que atua sob a sigla de STF, será mera coincidência? Não existem coincidências!
Umas das coisas que mais me impressionou - e aterrorizou - na minha primeira leitura de 1984 (era o ano real de 1984 e eu contava com 17 anos), foi o controle do pensamento pela supressão gradual da palavra. A cada nova edição do dicionário da Novilíngua, vocábulos e mais vocábulos eram eliminados. E os que permaneciam no léxico ganhavam novos sentidos, acumulavam significados, muitas vezes contraditórios entre si. É a manjadíssima e até hoje usada pela esquerda tática do duplipensar, do duplo padrão de julgamento. Como bem sintetizava o lema do Partido : "Guerra é paz; Liberdade é escravidão, Ignorância é força".
Pode parecer impossível que as pessoas tomem as palavras do lema como se, de fato, fossem sinônimos, como se guardassem mesmo significado. Não é. Malhe-se desde cedo, desde de criança, que guerra é paz etc e, quando ela for um jovem adulto, terá sido o único significado da palavra que ouviu na vida. Crerá nele.
Malhe-se na cabecinha analfabeta e banguela da população brasileira desde muito cedo que Lula é Democracia. Em muito pouco tempo, em duas ou, se muito, três gerações, teremos uma substancial parcela do povo acreditando que Lula é democrata, que ele - e mais nenhum outro - é sinônimo de democracia.
Vocábulos eliminados e deturpados, a linguagem escrita e falada empobrecendo a cada dia. Assim, ainda que sob a terrível opressão do Grande Irmão, se alguém ou algum grupo tivesse pensamentos que colocassem em risco o absolutismo vigente, não teriam, essas pessoas, como parir, como verbalizar, como externar e propagar seu pensamento a outros. A ideia morreria como ideia. Não tomaria corpo. E, com o tempo, nem a ideia mais nasceria, pois pensamos na forma de palavras.
De novo : qualquer semelhança com o país de semianalfabetos que a esquerda construiu em 30 anos no poder será mera coincidência?
No entanto, comparado ao III Reich de Lula e sua Gestapo do Pensamento, o STF, algo deve ser dito em favor do regime do Grande Irmão : era um governo bem mais enxuto, uma máquina pública muito menos onerosa e opulenta : apenas 4 Ministérios o compunham, contra os atuais 37 de Lula, 60% a mais que no governo do Mito, tudo criado para acoitar os cupinchas do presidente.
A saber, os 4 ministérios do Grande Irmão eram : o Ministério da Paz, responsável pela guerra; o Ministério da Fartura, responsável pela economia; o Ministério do Amor, responsável pela espionagem e controle da população (sim, meus caros, em 1984, o amor também venceu) e, o propósito deste texto, o Ministério da Verdade, responsável por tudo o que era escrito e publicado, seguindo a óptica do Partido.
O Ministério da Verdade decidia o que era verdade ou não. Reescrevi-a, se necessário. Uma de suas atribuições era alterar registros históricos e documentais para que nada contrariasse o que o Partido preconizava. Toda a verdade era editada, e o que não dava para ser reescrito, era destruído.
Comparem, agora, a foto abaixo com as capas dos livros no início da postagem.
Outra coincidência? É ou não é o olho do Grande Irmão? E o nome do órgão, então? Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia. E chefiado por ninguém mais ninguém menos que Alexandre de Moraes!
Valha-me São Winston Smith!!!
Há três dias, no dia 12/03, o TSE inaugurou o CIEDDE, um tentáculo sujo e pegajoso do colegiado, que terá como objetivo "a atuação coordenada da Justiça Eleitoral (JE) junto aos Poderes, órgãos da República e instituições na promoção da educação em cidadania, dos valores democráticos e dos direitos digitais".
Entre suas incumbências, estará o combate às fake news, sobretudo as deep fakes de teor político (ou seja, todas as que revelam a verdade sobre o governo Lula). Também organizar campanhas contra a desinformação, discursos de ódio (só estão liberados os discursos antissemitas) e antidemocráticos, em defesa da democracia e da liberdade de escolha dos eleitores e eleitoras.
No III Reich de Lula, só haverá uma verdade : a dele, o que ele disser que é verdade. E Alexandre de Moraes chancelar abaixo.
Na inauguração do Ministério da Verdade de Lula, esteve presente o ministro Ricardo Lewandowski, que garantiu : "o Estado Brasileiro não hesitará em usar seu poder de polícia se houver ultrapassagem dos limites legais na propagação de notícias falsas nas eleições municipais de 2024".
Poder de polícia. O CIEDDE terá poder de polícia, de mandar prender e arrebentar. E quem julgará e decidirá o que é verdade? O CIEDDE de Lula.
Sério mesmo que essa atual conjuntura política parece a vocês, jumentos filhos de éguas barranqueiras que votaram em Lula, muitos supostamente em nome de uma "moderação, uma real democracia?
Ah, sim... já me esquecia... o conceito de democracia é relativo para vocês, né?
É a democracia de Lula.
É o Absolulismo!!!
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