Ontem, o meio nerd entrou em orgasmo porque soltaram o trailer de Deadpool e Wolverine em pleno Carnaval. O Ozymandias me pediu para fazer uns comentários sobre o que achei do trailer. Já digo que minha primeira impressão do foi positiva, um pouco melhor que esperava. Agora, se o filme vai ser bom ou ruim, aí são outros quinhentos.
Não
tenho muita vergonha de admitir que gosto do Deadpool. Não era muito fã, mas, depois da fase de Joe Kelly, que considero a melhor do
personagem, passei a ser gostar mais do mercenário tagarela, hoje em dúvida um
dos personagens mais amados e populares da Marvel. Deadpool é tipo Venom,
Carnificina, Cable, Gambit, Maverick, Conflyto, Spawn e outros refugos dos anos
90 que a gente gosta, mas não admite em voz alta.
Deadpool
é um caso de sucesso improvável, um personagem que era conhecido quase que
exclusivamente por fãs de quadrinhos, criado por Fabian Nicieza e Rob Liefeld
para ser vilão dos Novos Mutantes. Deadpool já tinha ganhado uma versão no
horrendo Wolverine: Origens, interpretado por Ryan Reynolds, em que ficou
parecendo o Baraka de Mortal Kombat sem boca. No entanto, em 2016, Reynolds
enfim conseguiu fazer o personagem como queria, e o filme fez tanto sucesso que
rendeu uma sequência, em que introduzia Cable e Dominó. Porém, a Fox faliu e
foi adquirida pela Disney, e ficou a dúvida como Deadpool ficaria no estúdio do
rato, que sempre foi um estúdio mais família. Nem tanto hoje em dia, uma vez
que a Disney virou foi um estúdio woke.
Não
obstante, ao que parece, Deadpool e Wolverine terá certa autonomia
criativa, e o trailer até apresentou algumas doses de violência.
Obviamente que o grande chamariz será a volta do Wolverine de Hugh Jackman, que
será coprotagonista do longa. Não apenas o Wolverine estará de volta, mas também outros
personagens do universo mutante da Fox farão algumas pontas, e até mesmo a
Elektra de Jennifer Garner foi confirmada.
No
trailer, vemos que Deadpool será sequestrado pela TVA, a agência na qual Loki trabalhou,
e terá a missão de salvar o UCM, sendo o “Jesus da Marvel”. O Jesus da DC é o
Superman, apesar de o herói ter sido criado por dois judeus; se Deadpool for o
mesmo o Jesus da Marvel, lascou. Dá talvez para fazer um paralelo da TVA com a
Landau, Luckman e Lake, a agência que atuava fora do espaço-tempo e na qual o
mercenário tagarela foi empregado na fase de Joe Kelly. Outra cena que merece
atenção é Wolverine de costas jogando cartas, o que remete à fase em que ele foi
o Caolho em Madripoor e ficava no Bar Princesa. E o Doutor Destino que aparece
de relance, ou o que parece ser o Destino; essa é a grande surpresa do trailer.
Não tenho tantas expectativas por Deadpool e Wolverine, só espero que o filme seja divertido. O filme tem a missão de salvar o MCU, uma vez que os últimos filmes da Marvel não foram muito bem em bilheteria nem em recepção de público. Creio que poderá dar sim uma boa bilheteria, mas a verdade é que não há mais tantos filmes que estão fazendo as pessoas irem ao cinema, e a maioria está preferindo assistir no streaming ou na “videolocadora do Paulo Coelho”. E esse negócio de botar fanservice não torna um filme necessariamente bom. É só ver os últimos exemplos: Homem-Aranha Sem Volta para Casa, se tirarmos os Aranhas do Tobey Maguire e Andrew Garfield e os vilões dos outros filmes, fica uma porcaria. Em Flash, sem o Batman de Michael Keaton, o filme fica muito ruim. É só o fanservice que deixa esses filmes bons. Pelo menos, em Deadpool e Wolverine, talvez o filme se sustente não só por causa do fanservice de voltar o Wolverine de Hugh Jackman, mas também pelo carisma de Ryan Reynolds no personagem.
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