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10 MELHORES HISTÓRIAS DA LIGA DA JUSTIÇA
Apesar de eu curti heróis como o Quarteto Fantástico, os X-men e os Vingadores, a Liga da Justiça continua sendo uma das equipes mais importantes das hqs. Senão fosse pelo sucesso deles na Era de Prata, nenhum dos times que eu citei teria sido criado e ambas editoras teriam provavelmente caído em esquecimento (obs: a liga da justiça não só garantiu o renascimento da DC na Era de Prata mas seu sucesso inspirou Stan Lee a criar o Quarteto e eventualmente o universo Marvel).
O grupo pode ter
passado por várias mudanças durante esses anos e tiveram várias histórias
marcantes, com aventuras épicas e momentos emocionantes.
Mas quais foram essas
histórias?
Bem, para exemplificar
com algumas das minhas favoritas, eis o meu top 10 melhores histórias da Liga
da Justiça
10)
NINGUÉM ESCAPA DOS CAÇADORES (Liga da Justiça da América vol 1 nº140 e 141)
Um dos aspectos do Hal Jordan que o torna digno de ser Lanterna Verde e sua coragem imprudência, sempre sendo um dos primeiros a entrar de cara na ação, sendo capaz de tomar decisões bem ousadas. No entanto, Hal não é cego a sua impulsividade, podendo ser duramente afetado quando suas ações tem consequências negativas.
Um desses casos foi
nessa história de duas partes, quando ele foi preso pelos Caçadores Cósmicos,
revelando para Liga que durante uma missão espacial, ele acidentalmente
provocou destruição de um planeta inteiro, matando seus habitantes. Com seu
colega sendo sentenciado a ser executado, os membros da Liga saem numa aventura
para investigar esse incidente, descobrindo ser tudo parte de um plano para
eliminar os Lanternas Verdes e os Guardiões.
Ambas edições são um
bom mix de mistério e aventura espacial que não só expande a mitologia do
Lanterna Verde como também demonstra a dinâmica entre os membros da Liga e o
suporte que eles dão um ao outro, mesmo quando um deles parece ter perdido a
confiança em si mesmo.
9)
CONTOS DE PAVOR (JLA nº 47 a 49)
Já pensaram como seria
se a Liga da Justiça tivesse um encontro com personagens de contos de fadas,
como Branca de Neve e João & Maria? Pelo visto isso passou na cabeça de
Mark Waid quando escreveu esse arco, onde a Liga tem que salvar o mundo da
Rainha das Fábulas, uma feiticeira que esteve aprisionada todos esses anos num
livro e agora ela busca conquistar o mundo real e eliminar a Mulher Maravilha
(que ela confunde com a Branca de Neve)
Para piorar a situação,
essa história se passa logo após o Batman ter sido expulso da Liga (falarei
disso depois), e a confiança entre os membros da Liga foi bem afetada,
dificultando seu trabalho em grupo, fazendo com que os heróis tenham não só que
deter a Rainha como também conseguir deixar suas diferenças de lado.
8)
LJA/SJA VICIOS E VIRTUDES
Se a Liga da Justiça
são a equipe principal de heróis da atualidade, a Sociedade da Justiça são a
equipe principal de heróis do passado, com muitos de seus membros como Pantera
e Jay Garrick tendo agido como mentores para os heróis da geração atual, dando
grande significado para os crossovers entre a Liga e a SJA.
Num desses encontros entre os dois time, alguns membros da LJA e da SJA acabam sendo possuídos pelos 7 Inimigos do Homem e se viram contra seus colegas, prendendo-os em lugares diferentes como a Torre do Destino, e começam a espalhar o caos no mundo.
Isso resulta numa aventura bem divertida, com os heróis da Liga e da Sociedade da Justiça trabalhando juntos para escapar e salvar seus colegas possuídos, com a história tendo vários twists e reviravoltas supreendentes, além de boas interações entre os membros da LJA e da SJA, como Superman e Lanterna Verde (Alan Scott) ou Mulher Maravilha e Stargirl, demonstrando como a SJA inspirou a Liga e agora eles usam esse conhecimento para inspirar a nova geração de heróis como a Courtney.
7)
PEDRA DA ETERNIDADE (JLA nº 10 a 15)
Um dos conceitos sci-fy
mais usados nas hqs são as linhas do tempo e futuros alternativos, como Dias do
Futuro Esquecido dos X-men ou Flashpoint do Flash.
No caso da Liga da
Justiça uma de suas aventuras explorando isso foi “A Pedra da Eternidade” de
Grant Morrison, onde os heróis tem um conflito com a Gangue da Injustiça do Lex
Luthor, que não só conseguiu reunir os inimigos da Liga como obteve a Pedra
Filosofal, um artefato que lhe permite alterar realidade.
Enquanto os heróis enfrentam esse grupo de vilões, Flash (Wally West), Aquaman e Lanterna (Kyle Rayner) acabam acidentalmente indo parar num futuro alternativo, onde Darkseid dominou a Terra após Superman ter destruído a Pedra no conflito com Luthor.
Presos nos
corpos de suas versões do futuros e Wally tendo perdido sua conexão com Força
de Aceleração, o trio tem que se unir aos heróis sobreviventes e obter a
cadeira de Metron (que serve a Darkseid) para poderem retornar ao passado e
impedir que esse futuro aconteça.
Apesar de ter uns
pequenos furos (ex: Como o Darkseid dominou o mundo após Superman destruir a
pedra?), esse arco é um exemplo de como uma hq pode ir de uma trama bem simples
para algo épico, com o climax no futuro apocalíptico sendo bem tenso e
mostrando a Liga tendo que realizar vários sacríficos, sofrendo várias perdas,
para poderem voltar ao passado.
6)
DIVIDIDO CAIREMOS (JLA nº50 a 54)
Um aspecto presente na
muitos dos super heróis, principalmente da DC, é eles terem uma identidade
secreta, que em certos casos apresentam personalidades diferentes das suas
identidades heroicas. Mas o que aconteceria se essas duas identidades se
separassem em dois personagens?
Essa foi a pergunta que
essa história Mark Waid responde, quando os heróis da Liga são surpreendidos
por cópias de si mesmo, representando suas identidades heroicas. Enquanto
tentam descobrir o que está havendo, os alter-ego heroicos assumem seu papel
como defensores da Terra enquanto suas identidades civis experimentam uma vida,
descobrindo o efeito que separação teve em suas personalidades, sejam bons ou
ruins, com muitos questionando se devem voltar a se unir ou não.
É interessante como a
história explora o efeito que a separação tem nos membros da Liga de formas
diferentes, como J’onn não tendo mais medo mas ficando distraído por não ser
mais capaz de se guiar pelos pensamentos ou Bruce Wayne tendo uma chance de uma
vida normal mas sendo prejudicado por sua raiva incontrolável, não seu alter
ego de Batman para lhe dar um propósito no que fazer com essa emoção.
5)
NOVA ORDEM MUNDIAL (JLA nº 01 a 04)
Um dos autores mais
importantes nas histórias da Liga da Justiça foi o Grant Morrison, que
redefiniu o grupo para nova geração de leitores, trazendo de volta os 7 membros
fundadores (Superman, Batman, Mulher Maravilha, Flash, Lanterna Verde, Aquaman
e J’onn J’onzz) mas fez algumas mudanças condizentes com o universo DC da
época, como adicionar Wally West e Kyle Rayner no lugar do Barry Allen e do Hal
Jordan.
Seu primeiro arco
começa com a chegada do Hyperclan, um grupo de heróis alienígenas que vieram a
Terra para “salvar o mundo”, usando sua tecnologia para resolver problemas como
fome e pobreza. No entanto, após ataque aos membros da Liga, que resulta na
morte do herói Metamorph, faz Superman e os outros comecem a desconfiar das
intenções do Hyperclan.
Já de cara essa hq
estabelece a dinâmica entre os membros da Liga e arcos que iriam sendo
desenvolvidos nas histórias seguintes, seja a relação do Wally West com o Kyle
Rayner, a solidão do J’onn por ser um marciano vivendo entre humanos, Batman
tendo que adaptar a enfrentar ameaças além do seu nível e, o mais importante, a
Liga e os humanos tendo que trabalhar juntos para salvar o mundo. Isso
demonstra o talento de Morrison ao desenvolver essa fase, estabelecendo o tom
definitivo das histórias da Liga que muitos autores seguintes como Mark Waid e
Joe Kelly buscariam recriar.
4)
TORRE DE BABEL (JLA nº 43 a 46)
Embora seja um dos
heróis mais populares, Batman é humano, tendo defeitos, como sua paranoia e
dificuldade de trabalhar com outros, incluindo seus colegas da Liga. Temendo a
possibilidade do grupo ou apenas um dos herói se voltar contra humanidade,
Batman criou planos de contigência sem que os membros da Liga soubessem.
Porém, seu inimigo Ra’s
Al Ghul descobriu sobre esses planos. Com a ajuda de sua filha Talia, ele
consegue obter essas informações e as usa para manter os membros da Liga
ocupados enquanto ele executa um plano maior, fazendo o Batman a ter que salvar
seus colegas, que se sentem traídos pelo Cavaleiro das Trevas.
Apesar de hoje em dia
história onde o Batman cria armadilhas para Liga são chatas e apenas forma da
DC glorificar o Batman como o “herói superior da DC”, nesse caso a história
executa melhor essa ideia, com armadilhas sendo bem astutas e são tratadas como
um defeito do Batman e ele no final sofre consequências de seus atos. Ao mesmo
tempo, motivo dele criar essas armadilhas não é ignorado pelos heróis da Liga,
criando um grande dilema sobre a confiança e precaução.
Falando nos heróis da
Liga poderem ser uma ameaça ao mundo...
3)
TERRA 2
Dificil falar da Liga
sem citar suas aventuras pelo multiverso, um dos conceitos mais explorados no universo.
Mesmo que tenha sido apagado após a Crise nas Infinitas Terras, vários autores
tentaram resgatar a ideia das terras paralelas. No caso de Grant Morrison, ele
estabeleceu um universo de Anti-Matéria, onde o mundo é dominado pelo Sindicato
do Crime, uma versão maligna da Liga da Justiça, com o único herói sendo
Alexander Luthor.
Tendo descoberto a existência do universo principal, Alexander viajou até essa realidade e contatou a Liga da Justiça para vir ao seu mundo e ajuda-lo a derrotar o Sindicato do Crime. No entanto, embora os heróis da Liga tenham sucesso em capturar suas versões do mal, eles percebem que restaurar a ordem nesse mundo invertido será bem dificil ou até mesmo impossível.
Ironicamente, o Sindicato
viaja para o universo da Liga, buscando conquista-lo apenas para fazer a mesma
descoberta que os heróis.
O legal da história é
como ela quebra a expectativa dos leitores. Ao invés de ser típica hq de ação,
com a Liga tendo um conflito com o Sindicato do crime, os grupos não tem uma
interação direta, com o foco sendo mais em ambas equipes explorando os mundos
uns dos outros e tentando altera-los para se encaixar com a imagem de seus
ideais, com Morrison abordando dilemas bem complexos sobre moralidade e
interferir na natureza de um mundo e suas leis.
2)
REINO DO AMANHÃ
Os anos 90 foram uma
barra pesada para as histórias de super herói. A asceção da popularidade de
anti-heróis resultou em muitos personagens passando por mudanças radicais como
a morte do Superman, Batman tendo sua coluna quebrada por Bane, Hal Jordan
virando Parallax e muitas outras.
Diante esse cenário,
Mark Waid, em parceria do icônico artista Alex Ross, fez o Reino do Amanhã, uma
história se passando num futuro alternativo onde Superman se afastou da
humanidade após Lois ter sido morta pelo Coringa, que por sua vez morto pelo
anti-herói Magog, um ato que recebeu suporte da população deixando Clark
desiludido.
Anos depois, após as ações dos anti-heróis provocarem um incidente nuclear no Kansas, Clark decide sair do seu exilio e reunir a Liga da Justiça para consertar os erros desses anti-heróis.
No entanto, ao confrontar esses anti-heróis, Clark se depara com
dilemas que fazem ele e seus colegas da Liga a tomarem decisões que começam
afetar a relação dos heróis com a humanidade, criando tensões que podem levar
ao fim...causado pelos heróis que juraram proteger a humanidade.
Essa é uma das maiores
obras da DC, agindo como uma história bem escrita explorando a relação dos
heróis com a humanidade em momentos sombrios e ao mesmo tempo uma crítica
astuta as história de quadrinhos e abordagem sombria que estavam dando ao
personagens na época.
1)
A NOVA FRONTEIRA
Se Reino do Amanhã
representa um futuro da DC, então Nova Fronteira é um reflexo do seu passado,
assim como uma carta de amor a Era de Ouro e Prata do universo DC.
Tendo sido criada pelo falecido Darwyn Cooke, essa hq se passa durante o período pós-guerra, quando os super heróis como a Sociedade da Justiça foram forçados a se aposentar devido a paranoia do governo na época, com os únicos ativos sendo Superman e a Mulher Maravilha (ambos trabalhando pro governo), além do Batman, que age como um vigilante.
Com o surgimento de novos heróis como Flash, Caçador de Marte e
Lanterna Verde e o mundo sendo ameaçado pelo Centro, uma entidade misteriosa,
os heróis e o governo precisam unir suas forças e lutar juntos pela salvação da
humanidade.
Além de várias homenagens aos quadrinhos clássicos da DC e comentários ao contexto político/social da época, Nova Fronteira consegue acerta em cheio na essência da Liga e dos heróis da DC com uma história profunda sobre humanidade, explorando os “humanos por trás dos deuses”.
Através de personagens como Hal
Jordan e J’onn J’onzz, nós vemos seus arcos pessoais, seus traumas e a
percepção deles desse mundo cheio de preconceito, paranoia e corrupção, questionando seus lugares no mundo que teme e desconfia dos super humanos.
No entanto, a ascensão
do Centro faz os heróis superarem seus problemas pessoais, com cada personagem
concluindo seu arco, sejam arcos pequenos como Flash conseguindo a coragem para
voltar à ativa após quase ter sido capturado pelo governo, ou importantes como Hal Jordan encarando seus traumas provocados
na Guerra da Coreia, J’onn desenvolvendo um laço com o agente Farady e Superman
assumindo seu papel como um símbolo de esperança e inspirando tanto heróis
quanto o governo a trabalharem juntos para salvar o mundo.
É simplesmente uma das melhores histórias não só da Liga da Justiça como também do universo DC em geral, e uma das minhas hqs favoritas.
Então é isso! Quais são suas histórias favoritas da Liga da Justiça? Sintam-se a vontade para colocar suas opiniões e ideias nos comentários abaixo.
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