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10 MELHORES HISTÓRIAS DO LANTERNA VERDE
Um aspecto legal de histórias de super heróis e como elas podem se combinar com vários gêneros de histórias diferentes, seja drama adolescente, espionagem, detetive noir e outros. No caso de aventuras espaciais, envolvendo aliens e exploração de planetas distantes, o personagem que melhor abordar esse gênero é o Lanterna Verde.
Seja o protagonista o
icônico Hal Jordan, o soldado badass que é o John Stewart, o fanfarrão do Guy
Gardner, o herói relacionável que é o Kyle Rayner, ou a insegura Jessica Cruz,
as histórias do Lanterna Verde continuam sendo até hoje um dos títulos mais
importantes para o universo DC, com a mitologia dos heróis estando bem ligada ao lado
cósmico desse universo.
Após todos esses anos
com histórias feitas por grandes autores, quais foram as melhores? Quais
tiveram as maiores aventuras, batalhas espaciais épicas, personagens marcantes
e momentos memoráveis?
Para responder essas
dúvidas, eis o meu top 10 melhores histórias do Lanterna Verde
10)
DISPUTA/ MEMÓRIAS/DECISÕES (Lanterna Verde vol 3 nº22 a 24)
O pior tipo de inimigo
que um herói pode enfrentar é alguém que ele não deseja machucar. Infelizmente
para Hal Jordan, ele teve que encarar essa situação ao confrontar a Safira
Estrela, alter-ego de sua namorada Carol Ferris, que foi vítima de uma lavagem
cerebral feita pelas Zamoras, rivais dos Guardiões.
Em suas primeiras aparições, a Safira era uma vilã bem boba, querendo forçar o Lanterna a se casar com ela. Porém, conforme as hqs foram avançando Carol foi se tornando cada vez mais violenta e instável. Seu desejo de se casar com Jordan se tornou uma obsessão em mata-lo.
O ponto mais grave foi quando ela, em busca de sua
vingança, matou Katma Tui, colega de Hal e esposa do John Stewart, simbolizando
o quão sério o drama entre o Hal e a Carol tinha se tornado.
Durante uma missão com
a Tropa, Hal descobre que Safira foi capturada por um grupo de aliens e está
sendo usada como uma arma, fazendo com que ele decida resgata-la. No entanto
essa decisão acaba criando um debate com seus colegas Lanternas, que julgam
Carol como uma causa perdida. Para piorar as coisas, John descobre sobre essa
missão e decide ir atrás da Safira vingar a morte de sua esposa, colocando Hal
numa situação ainda mais difícil: Não só ele terá que enfrentar a mulher que
ama como também seu melhor amigo.
9)
MOGO NÃO SE SOCIALIZA (Lanterna Verde vol 2 nº188)
Só porque Hal Jordan é
considerado protagonista da maioria das história, isso não exclui os outros
membros da Tropa. Cada um deles possui história interessante e momentos de
destaque. De todos os Lanternas, um dos mais poderso é Mogo.
Tendo sido criado por
Alan Moore, Mogo em sua primeira aparição é descrito como um dos Lanternas mais
poderosos que vive afastado da Tropa. Sua fama acaba atraindo a atenção do
guerreiro Bolphunga. Almejando confrontar Mogo, o impulsivo guerreiro foi ao
planeta do Lanterna e iníciou sua busca. No entanto sua aventura se tornou um
filme de terror conforme Mogo começa a ataca-lo sem nem sequer mostrar a cara.
O final da história e e
a revelação sobre quem é Mogo é um do melhores exemplos de como a Tropa dos
Lanternas é rica em diversidade de integrantes alienígenas, cada um tendo seu
tamanho e habilidades próprias.
8)
LANTERNA VERDE & ARQUEIRO VERDE (Lanterna Verde vol 2 nº76 a 87)
Um dos heróis mais
próximo do Hal Jordan é Oliver Queen, o Arqueiro Verde. A amizade dos dois
começou na fase da dupla Dennis O’Neil e Neal Adams, após Hal ajuda o Arqueiro
a capturar o empresário corrupto, impedindo de expulsar uns moradores de suas casas.
Nessa aventura, Hal
começa a percebe os problemas na sociedade, algo que ele negligenciou devido a
estar ocupado em missões no espaço, a serviço dos Guardiões. Para ajudar seu
colega, Arqueiro convence os guardiões a enviarem um representante para Terra
e, junto do Lanterna, acompanha-lo numa viagem pela América, com os heróis
enfrentando várias situações ligadas a tópicos bem realistas como a corrupção,
racismo e drogas (cuja história foi onde Oliver descobre que seu
sidekick Roy Harper é viciado em drogas).
Tal como a Morte da
Gwen Stacy foi pra Marvel, essa fase marca para a DC a transição da Era de
Prata para a Era de Bronze, com as hqs que antes tinham história meio
inocentes, passando a trabalhar com tópicos e questões sociais identificadas na
realidade. Tendo esse tipo de história acontecendo com o Lanterna, um herói
associado com aventuras no espaço, foi um sacada genial, permitindo não só uma
mudança de paradigma como também humanizando o Hal, conforme ele passa a
reconhecer que o mundo dele é tão importante quanto os planetas que ele viaja.
7)
CREPÚSCULO ESMERALDA/NOVO AMANHECER (Lanterna Verde
vol 3 nº48 a 55 e 0)
“Ou você morre um herói
ou se vive o bastante para se tornar um vilão”.
Essa frase perfeitamente define Hal Jordan durante os anos 90. Após os vilões Mongul e Super Ciborgue terem destruído sua cidade, Coast City, Jordan ficou muito abalado e cheio de culpa.
Ele tentou ressuscitar a cidade e seus habitantes com seu anel, algo que os guardiões o criticaram, acusando de usar o anel para benefício próprio. Com os guardiões exigindo que ele entregue seu anel, Hal enlouquece e nisso vai para OA, atacando todos os Lanternas no seu caminho, roubando seus anéis.
Ao chegar
no planeta, Jordan, após matar Sinestro e Killowog, absorve toda energia da
Grande Bateria se transformando no vilão Parallax.
Porém a esperança não está perdida. Ganthet, o ultimo guardião sobrevivente do ataque de Jordan, consegue escapar e entrega o anel para o desenhista Kyle Rayner, tornando-o no novo Lanterna Verde.
Apesar de seus talentos com o anel, Kyle apresenta insegurança, ainda mais após sua namorada ser morta pelo vilão Major Force.
No
entanto, com a ajuda de Alan Scott, o Lanterna da Era de Ouro, Kyle recupera
sua confiança, bem a tempo para confrontar Parallax e encarar seu antecessor.
Muitos fãs criticam
essa fase, principalmente pela transformação do Hal Jordan num vilão (tanto que
o Geoff Johns depois retconizou esse evento, explicando que Parallax é uma
entidade do medo que possuiu o herói). Apesar de eu entender de onde vem tal críticas,
não acho que a mudança foi mal executada. As motivações do Hal em se tornar um
vilão são bem compreensíveis e ajudam a torna-lo um vilão bem trágico e até
simpático.
O arco também marca a
estreia do Kyle Rayner, o Lanterna dos anos 90. Embora não seja tão popular
quanto ao Hal e o John, o personagem tem uma história muito bem desenvolvida,
mostrando ele cometendo seus primeiros erros, sofrendo sua primeira perda, mas
no final encara essas inseguranças e se torna um herói mais responsável e confiante,
com seu conflito com o Hal sendo seu grande teste, o momento onde ele se prova
digno de ser um Lanterna Verde.
6)
VINGANÇA DOS LANTERNAS VERDES (Lanterna Verde vol 4 nº 10 a 13)
Se virar um vilão foi
um dos momentos mais sombrios pro Hal Jordan, foi ainda mais dificil sua
jornada de redenção. Mesmo após ser revelado que ele estava possuído por
Parallax, muitos ainda duvidavam sua redenção e não perdoaram por suas ações,
principalmente os membros da Tropa que tinha sido reconstruída. Isso criou um
novo desafio para o Hal na fase icônica do Geoff Johns, onde ele não só tinha
que encarar novas ameaças como também reconquistar a confiança de seus amigos.
Um desses casos foi no
arco “A vingança dos Lanternas Verdes” onde Hal descobre que um grupo de
Lanternas que ele derrotou quando era Parallax na verdade sobreviveu e foram
capturados pelos Caçadores Cósmicos (liderados pelo Super Ciborgue). Apesar dos
guardiões proibirem de entrar num setor fora de sua jurisdição, Hal, com a
ajuda de Guy Gardner, desobedece as ordens e invade o planeta dos vilões
robóticos para salvar seus antigos colegas. Mas como ele vai convencê-los de
que não é mais o vilão que era antes?
Apesar disso ser mais
um caso do Johns tentando reinserir personagens clássicos do Lanterna
retconizando a morte deles, o foco no drama da redenção do Hal ajuda a dar mais
significado e a representação do Hal demonstra o nível de sua força de vontade
e porquê dele ser considerado “o maior dos Lanternas Verdes”.
5)
A BUSCA PELA ESPERANÇA (Hal Jordan & a Tropa dos Lanternas Verdes nº 15 e
16)
Dos lanternas da Terra,
Guy Gardner é um exemplo de como não se deve julgar um livro pela capa.
Superficialmente, ele parece ser apenas um encrenqueiro arrogante, e metido,
mas ele possui um lado bem complexo e humano, que faz o leitor se importar com
Guy apesar de sua atitude rebelde.
Um dos melhores
exemplos disso foi na fase do Renascimento, na hq escrita pelo Robert Venditti,
que começou sua fase com uma grande mudança no status quo dos Lanternas Verdes,
com os heróis formando uma aliança com seus rivais, os Lanternas da Tropa
Sinestro. Cada Lanterna Verde formou uma dupla com um Lanterna Amarelo, tendo
como primeira missão encontrar os membros restantes da Tropa sinistro e
oferece-los a chance de se unir a aliança ou serem presos por seus crimes.
Desobedecendo as ordens
de John, Guy opta ir sozinho, sem o anel, atrás de Arkillo, braço direito de
Sinestro. Como o lanterna amarelo não vai se unir tão fácil, Guy desafia ele
para um combate, mano a mano, sem anel. O resultado é uma das lutas mais
intensas e badass das histórias do Lanterna, com Guy, mesmo todo ferido,
conseguindo dar o golpe decisivo em Arkillo, se provando como um verdadeiro
membro da Tropa dos Lanternas Verdes.
4)
IRA DOS LANTERNAS VERMELHOS (Lanterna Verde vol 4 nº 36 A 38)
Um dos detalhes
abordados na fase do Geoff Johns é a corrupção dos Guardiões e como os erros
dos criadores da Tropa dos Lanternas Verdes vão se revelando. Um desses erros
foi a origem de Atrocitus, cuja familia foi morta pelos Caçadores Cósmicos,
androides que os Guardiões criaram antes da Tropa.
Tendo escapado de sua
prisão, Atrocitus criou sua tropa de Lanternas Vermelhos (cujo poder é ligado
ao spectrum emocional da raiva) e inicia sua vingança contra os Lanternas,
tendo como primeiro alvo aquele que o prendeu: Sinestro.
Além de introduzir
novas Tropas de Lanternas e personagens bem marcantes como Atrocitus e o
Lanterna Azul Saint Walker (meu lanterna favorito), a história explora muito
bem a relação complicada do Hal com Sinestro, com o herói não só estando em
conflito sobre entregar Sinestro para os Lanternas Verdes ou os Azuis, como
também se questionando se deve resgata-lo demonstrando como a traição de
Sinestro afetou Hal num nível bem pessoal.
3)
DESAFIO/DERROTA/TRIUNFO (Contos da Tropa dos Lanternas Verdes nº 1 a 3)
Outro papel que os
Guardiões tomaram na mitologia das histórias do Lanterna e do universo DC como
um todo, foi na criação do mal, resultado de um guardião, Krona, ter tentado
ver o “inicio do universo”, provocando a criação de um universo de
anti-matéria. Como punição, ele foi transformado em pura energia e banido de OA,
mas jurou que se vingaria.
Um desses retornos de Krona foi nesse arco épico onde o vilão se alia a Nekron, uma entidade que representa a morte, para poderem se vingar dos Guardiões e reiniciar o universo.
Com Krona tendo capturado os smuf espaciais e destruído a bateria
central, impossibilitando os Lanternas de recarregar seus anéis, cabe ao Hal
liderar os membros da Tropa numa batalha espacial épica com o destino do universo
em jogo.
Pode-se dizer que essa
hq foi o ponto de virada para a hq do Lanterna Verde, com o foco ficando menos
em aventuras na Terra e mais nas aventuras do Hal pelo espaço, com seu elenco
de apoio passando a dar lugar para membros da Tropa como Katma Tui, o esquilo Ch’p
e a novata Arisia.
Essa hq também é mais
um exemplo de como Hal Jordan é força de vontade personificada, com ele, mesmo
tendo levado uma surra nas mãos de Krona, não desistindo e inspirando os
Lanternas num último ataque contra o vilão, com ele realizando um ato bem
arriscado, mostrando sua coragem para proteger seus colegas.
2)
UM DIA QUALQUER (Lanternas Verdes nº15)
Minha lanterna verde
favorita (e também um dos meus heróis favoritos de todos) é a Jessica Cruz. O
que torna ela especial, comparada ao Hal e os outros é o fato dela não ser a
típica Lanterna Verde confiante e destemida, mas sim uma jovem ansiosa, lidando
com vários traumas e momentos de dúvida. Porém, nos momentos de necessidade,
ela encara esses medos e tenta ajudar pessoas, evoluindo como uma integrante da tropa e uma heróina.
Essa hq apresenta o
dia-a-dia da Jessica mostrando como ela encara vários medos diferentes, porém
não deixa eles a derrubarem, se mantendo firme e seguindo em frente encarando
seu medo, provando para si mesma seu potencial para ser uma grande lanterna verde.
1)
GUERRA DOS ANÉIS (Lanterna Verde: Guerra dos anéis special nº1; Lanterna Verde
vol 4 nº 21 a 25 e Tropa dos Lanternas Verdes vol 2 nº 14 a 19)
De todos os roteiristas
que trabalharam com as hqs do Lanterna, o mais lembrado de todos é Geoff Johns,
com sua fase sendo considerada por muitos como a que definiu o Lanterna para
uma nova geração de leitores, com a introdução de personagens e conceitos
sci-fy novos e várias histórias e arcos memoráveis, como a já citada “Ira dos
Lanternas Vermelhos” e “Noite mais Densa”.
Mas o arco de Johns que
eu considero a melhor história do Lanterna é a “Guerra dos Anéis”, em que
Sinestro cria seus próprios anéis amarelos, fundando a sua própria Tropa,
declarando guerra aos Lanternas Verdes. Ele chega capturar Kyle Rayner e infectacom Parallax, forçando Hal a confrontar seu sucessor e salva-lo da mesma situação que ele passou com a entidade do medo.
O que poderia ser uma
simples história do Hal tentando resgatar Kyle acaba se convertendo numa
verdadeira guerra entre os Lanternas Verdes e a Tropa Sinestro. Cada personagem
tem um momento de destaque seja o Hal salvando o Kyle e tendo seu conflito
contra Sinestro, a batalha entre Sodam Yat (o novo Íon) e o Superboy Prime, Killowog e os lanternas tentando proteger Mogo de ser morto pelos Lanternas de Sinestro Ranx, uma cidade viva, e muitos outros.
No entanto o personagem que rouba cena é o próprio vilão do arco Sinestro, com o arco mostrando um lado muito mais complexo do rival dos Lanternas, principalmente quando é revelado o motivo dessa sua guerra, tornando o final da história chocante.
Esse arco é o que
melhor demonstra como Johns converteu a hq do Lanterna Verde numa verdadeira
saga cósmica, uma história simplesmente divertida e marcante.
Por essa razão que eu
considero “Guerra dos Anéis como a melhor história do Lanterna Verde de todas.
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