TOP 10 MELHORES HISTÓRIAS DO AQUAMAN

TOP 10 MELHORES HISTÓRIAS DO AQUAMAN

Depois de ter feito um top 10 dos Vingadores e seus membros principais, decidi equilibrar as coisas, dando uns top 10 para as histórias dos membros da Liga da Justiça, começando como um dos heróis mais subestimados não só da Liga, como também das hqs em geral: Aquaman.

Por muito tempo o Rei dos Mares foi motivo de zoeira entre os fãs de hqs e cultura pop, julgando como um herói chato e inútil, facilmente derrotado quando fora de seu habitat aquático.

Apesar dessas criticas ao personagem serem erradas, ironicamente, elas acabaram fazendo as hqs do herói de Atlantis serem assumidas por grandes roteiristas, como Peter David e Geoff Johns, que buscaram reinventa-lo, tornando-o num dos maiores badass das hqs, com histórias explorando seu background ligado a Atlantis e sua mitologia.

Mas que histórias foram essas? Quais foram as melhores?

Bem, para responder isso, eis o meu top 10 melhores histórias do Aquaman:

10) O CIRCO CÓSMICO/ O ENIGMA DA LIGA DA JUSTIÇA ROBÓTICA (LIGA DA JUSTIÇA DA AMERICA VOL 1 Nº 7 E 13)

Sendo um dos heróis principais da DC, Aquaman foi um dos membros fundadores da Liga da Justiça, estando presente desde início da equipe nas hqs. Nessas várias histórias da Liga, tiveram algumas onde a presença do Aquaman foi essencial para virar o jogo a favor da Liga, como no caso do Circo Cósmico onde os heróis, menos Aquaman, caem numa armadilha e tem seus corpos alterados por alienígenas, deixando-os incapacitados de interferirem em seus planos.

Já no “O Enigma da Liga da Justiça Robótica”, os membros da Liga são forçados a enfrentar réplicas robóticas deles mesmo para salvar um planeta distante.

Em ambos casos, o fato dos invasores subestimarem o Aquaman acaba se provando seu maior erro, pois o herói não só ajuda a Liga com sua força e habilidades mas também com inteligência, estratégia e liderança, qualidades que o tornam digno de ser um rei.

9) MORTE DE UM PRÍNCIPE (ADVENTURE COMICS 435 A 455 E AQUAMAN VOL 1 Nº 57 A 63)

Vida de herói nunca é fácil, tendo momentos de perdas e derrotas e o Aquaman foi um dos heróis que sofreu uma das maiores derrotas na década de 70. Nessa saga Arraia Negra, o arqui inimigo do herói submarino, manipulando vilões como o Pescador, inicia um novo ataque ao Aquaman e seus aliados, sequestrando o filho do herói e o forçando a lutar contra seu sidekick, Aqualad. No final Arthur consegue escapar da armadilha do vilão, porém chega tarde para salvar seu filho, que morre sufocado.

Esse conflito com o Arraia e morte de Arthur jr marca o período sombrio na vida do rei dos mares, com ele tendo não só perdido de seu filho, como também seu posto como rei e seu casamento com Mera é arruinado.

8) A BUSCA DAS CIDADES PERDIDAS (AQUAMAN VOL 5 Nº15 A 25)

De todos os autores que trabalharam nas hqs do Aquaman um dos mais importantes é o Peter David. Tendo assumido o título do rei dos mares na década de 90, o autor reinventou o herói, dando-lhe seu visual, bárbaro de cabelo longos, barba e com arpão no lugar da mão, além de uma personalidade mais ranzinza e exigente. Outra mudança que David realizou foi colocar o Aquaman diante desafios bem além do seu nível. No caso desse arco, envolveu o Aquaman ter que impedir uma invasão de alienígenas ligados ao passado de Atlantis.

Para poder deter esses inimigos, Arthur conta não só com seus antigos aliados, como também com novos, incluindo uma espaçonave localizada abaixo de Posedonis (a capital de Atlantis) e os líderes das cidades perdidas.

Embora o conflito com os aliens seja épico (com Arthur tendo que tomar uma decisão que afeta sua relação com a Terra), o destaque dessa saga são as interações do Aquaman com os líderes das outras cidades, conforme ele (e consequentemente nós leitores) vamos aprendendo ainda mais sobre a histórias dessas cidades perdidas e sua ligação com a mitologia de Atlantis.

7) A MORTE DE UM REI (AQUAMAN VOL 7 Nº17 A 19/21 A 25)

Novos 52 não foram um dos melhores períodos para DC, com muitos fãs criticando as decisões dos editores e as mudanças feitas nas histórias dos personagens. Aquaman foi uma exceção, com o roteiro do Geoff Johns conseguido trazer uma nova abordagem ao personagem e estabelecendo novos elementos a sua mitologia.

Um deles foi a introdução do Atlan, o Rei Morto, antigo soberano de Atlantis que teve sua família morta por Orin, ancestral de Arthur, fazendo-o com que o rei enlouquecesse e afunda-se Atlantis.

Tendo voltado como um zumbi buscando reclamar seu posto, o rei louco forma uma aliança com Xebel (o povo de Mera) e inicia um ataque quando Atlantis está mais vulnerável, capturando Mera e tomando controle do reino. Sobra para o Aquaman sozinho resgatar seu amor e libertar o reino, além de lidar com os erros dos ancestrais de sua família.

6) SUB DIEGO (AQUAMAN VOL 6 Nº15 A 22)

Apesar de ser rei de Atlantis, Aquaman por ser mestiço (filho de uma atlantes e um humano da superfície), sempre teve uma relação difícil seja com os atlantes e o povo da superfície. Esse aspecto acabou passando por uma evolução na fase do autor Wil Pfeifer, onde a cidade de San Diego foi inundada e Aquaman, ao buscar por sobreviventes, descobriu que as pessoas sofreram uma mutação, sendo capazes de viver apenas na água.

Enquanto tenta descobrir o que provocou essa mudança e a causa dessa enchente, Aquaman também ajuda os cidadãos a se estabelecerem numa nova cidade submarina, ajudando-os a se adaptarem ao novo ambiente, da mesma forma que ele aprendeu quando era jovem.

5) OS OUTROS (AQUAMAN VOL 7 Nº05 A 13)

O Arraia Negra é um dos maiores inimigos do Aquaman, tendo sido responsável pelas maiores tragédias e derrotas na vida do Rei dos Mares. Mas qual razão para tamanho ódio?

O motivo disso tem sido mudado dependendo do autor. Foi quando Geoff Johns reintroduziu o vilão em seu segundo arco que o Arraia ganhou uma origem definitiva, sendo estabelecido como um mercenário contratado para obter uma amostra de sangue de Aquaman. O ataque provocou o incidente que levou a morte de Tom Curry, pai do Arthur, que enfurecido foi atrás do Arraia, acidentalmente matando o pai do vilão, criando um ciclo shakespeariano de vingança entre eles.

Agora nos dias atuais, o vilão retorna mais uma vez em busca de relíquias atlantes que estão sendo guardadas pelos Outros, um grupo de meta-humanos que ajudaram Arthur em sua busca por vingança.

Com a vida de seus antigos colegas em perigo, Arthur é forçado a confrontar o Arraia mais uma vez, assim como o erro que cometeu em sua juventude.

4) AQUAMAN VS TRITÃO (AQUAMAN VOL 5 Nº34 E 44 A 46)

A Mulher Maravilha não é a única heróina da DC ligada a mitologia grega. Aquaman já teve seus encontros com Poseidon, deus dos mares, conquistando seu respeito assim como a inveja de Tritão, filho de Poseidon.

Após sofrer uma derrota num combate com o rei dos mares, Tritão se rebela contra seu pai e ataca Atlantis. Tendo roubado o poder de um deus, Tritão fica tão poderoso que, para derrota-lo, Aquaman se deixa ser derrotado para poder salvar Poseidon das profundezas do Reino de Hades, provando mais uma vez o nível de badass que o Aquaman é, principalmente na fase do Peter David.

3) TRONO DE ATLANTIS (AQUAMAN VOL 7 Nº14 A 17 E LIGA DA JUSTIÇA Nº 15 A 17)

Outro inimigo importante na histórias do Aquaman é seu meio-irmão Orm, o Mestre dos Oceanos. A relação já passou por várias versões diferentes, porém a melhor, em minha opinião foi a da fase do Geoff Johns onde Orm, ao invés de ser um Loki da vida (o irmão invejoso), é mostrado tendo um respeito por Arthur. Porém, o que eles não compartilham são suas opiniões quanto ao povo da superfície. Enquanto Arthur busca manter a paz entre os dois mundos, Orm prioriza apenas atlantes.

O ponto onde esse argumento evolui para um conflito é quando um navio acaba acidentalmente soltando explosivos próximos de Atlantis, matando vários habitantes. Em resposta, Orm declara guerra a superfície, uma tsunami que atinge cidades como Gotham e Metrópolis.

Diante dessa guerra, cheia twists inesperados, o dilema do Aquaman de ser um herói de dois mundos é levado ao próximo nível, com o herói ficando dividido entre seus colegas da Liga e seu irmão, com o herói tomando uma grande decisão que muda seu status no universo DC dos Novos 52.

2) A MORTE DE PORM (AQUAMAN VOL 5 Nº26 A 28)

Outra mudança que Peter David fez no Aquaman foi dar ao herói uma personalidade bem mais agressiva e exigente. Quando Aquaman está atrás de algo, ninguém o impede, e isso inclui vingança.

No primeiro arco da fase do David, Aquaman puniu um caçador por ter capturado Porm, uma golfinho que criou o Arthur desde bebê (obs: no pós-crise, Aquaman é um atlante puro, tendo sido abandonado quando bebê e criado por golfinhos), deixando que seu corpo fosse devorado por tubarões. O caçador sobreviveu, se tornando o ciborgue Demon Gate e jurou vingança contra o herói caçando e matando Porm pra depois se esconder no Japão, sabendo que eles não condenariam sua ação nem permitiram Aquaman prender um cidadão do país.

Diante a negação do governo japonês, Aquaman inicia ações contra o país, forçando o irmão de Demon Gate a entrega-lo. Histórias como essa demonstram a determinação do Aquaman na caça de um inimigo e os limites que ele está disposto a ir para atingir seu objetivo, fazendo os leitores questionarem o que Aquaman fará quando confrontar Demon Gate.

1) AS PROFUNDEZAS (AQUAMAN VOL 7 Nº 01 A 04)

Como eu disse no início do texto, Aquaman foi motivo de zoada por muito tempo. Até mesmo quem nunca leu suas histórias conhece o personagem pelas piadas que fizeram com ele. Pelo visto Geoff Johns soube disso e decidiu tornar essa zoação num arco para sua fase durante os Novos 52, estabelecendo o Aquaman como um herói local que todo mundo subestima. Ele não consegue comer num restaurante sem um civil ficar no pé dele perguntando “como se sente sendo o herói favorito de ninguém?”.

No entanto, a cidade é atacada pelas Criaturas das Profundezas, uma sociedade de peixes humanoides carnívoros que capturam pessoas e as levam para o fundo do oceano para serem devorados. Ironicamente, as pessoas acabam dependendo da ajuda do Aquaman para resgatar as vítimas das Criaturas das Profundezas, com Arthur mostrando o valor de seu heroísmo para aqueles que o subestimaram.

O legal dessa história, além da arte fantástica do Ivan Reis, é a forma como o Aquaman é humanizado: Ele não é o rei de Atlantis ainda. Ele não vive num palácio cheio de servos e guardas. Ele é apenas um cara que vive com sua namorada e ajuda as pessoas de sua cidade. O povo da superfície faz zoeira com ele e o povo de Atlantis o rejeita por ser mestiço. Porém, ao invés de ficar amargurado, Arthur não fica de braços cruzados quando precisam dele, sempre disposto a ajudar quem precisa, demonstrando sua compaixão e altruísmo. No final, ele conquista o respeito das pessoas não com palavras e discursos mas com ações, como um verdadeiro herói.

Por esse motivo, que esse arco é uma das melhores histórias do Aquaman e um bom cartão de entrada para quem quiser conhecer o Rei dos Mares.