Texto da tag "Escritor Convidado", escrito por: Vagner Francisco
Publicado originalmente AQUI.
A certa altura dos anos 1990, quando Rob
Liefeld ejetou Louise Simonson da revista, New Mutants, e convidou o parça
Fabian Nicieza para botar os diálogos nos enredos bolados pelo desenhista, a
personagem, Dinamite fala a seguinte frase para o recém-chegado, Cable:
- Na vida, nós ficamos de um lado, do outro,
ou em cima do muro. E você conseguiu fazer as três coisas ao mesmo tempo,
agora.
Sentença bizarra, não? Mas como a história foi
montada da forma que eu descrevi acima, o que se poderia esperar, certo?
Bom, trinta anos depois, não é que os roteiristas de The Boys conseguiram comprovar que a teoria de Dinamite é possível, e até mesmo factível!?
Sim, eu assisti à terceira temporada da série
mais aclamada da Amazon, até agora, já que o novo Senhor dos Aneis ainda não
chegou e Jean-Claude Van Johnson fora cancelada há tempos.
Mas vamos à série:
o grande destaque dessa temporada seria a
presença de Soldierboy e sua equipe. Soldierboy supostamente lutou na 2ª Guerra
Mundial, tornou-se uma lenda e se juntou à equipe, Payback, como a primeira da
Vought.
Depois de seu desaparecimento, a empresa
trocou a Payback pelos Sete.
Soldierboy então poderia ser a chave para
Butcher e seus parças acabarem de vez com Homelander.
Só que não! Porque Soldierboy tem um passado
que envolve o Leite Materno e aí vira uma espécie de Street Fighter, o
famigerado longa estrelado por Van Damme que cria uma espécie de preliminares
até à luta grande; ou seja, se há uma espécie de briga marcada, Butcher X
Homelander e, digamos que haja um Hughie X Trem-Bala, inventaram então um Leite
Materno X Soldierboy para ele não se sentir excluído. Uma balela que não
acrescenta em nada.
Então, Soldierboy é retirado de seu longo
sono, um misto de Capitão América com Soldado Invernal para terminar em Soldado
Universal 2.
No final das contas, o que eles queriam mesmo
era falar sobre problemas entre pais e filhos e o episódio final poderia ter
tocado esse hit da Legião Urbana que estaria tudo em casa.
Às vezes, a impressão que dá é que os
produtores sequer conhecem o trabalho de Garth Ennis.
De qualquer maneira, há uma cena pra lá de
gratuita entre Butcher e Maeve e um Homelander que vai perdendo seu brilho
conforme os episódios vão passando.
Se antes o maior heroi do planeta era a
certeza de diversão, agora é Francês quem parece ter se voluntariado a carregar
a série nas costas, com Leite Materno servindo de humor involuntário.
E o Hughie? Ridículo,
bobo e nada a ver, como sempre. Talvez quando usa os poderes proveninentes do
composto V temporário, ele consegue se destacar, mas é pouco para quem é um dos
protagonistas.
E o Soldierboy de Jensen Ackles infelizmente não adiciona em nada a um enredo ruim e sem charme.
Nos quadrinhos, Soldierboy era uma espécie de
mentira, já que nunca havia lutado na 2ª Guerra Mundial, de fato, mas ele fazia
parte do Payback, que era uma espécie de equipe de segunda linha perante os
Sete - Ennis se mostrou decenauta nessa.
Payback durou pouquíssimo tempo nos quadrinhos e basicamente tomou uma piaba de Butcher.
E o futuro da série?
Pouco me importa, porque está tudo perdido
mesmo; os produtores, roteiristas, elenco e episódios. Incrível como Karl Urban
não consegue tomar o protagonismo e passa o tempo andando em círculos.
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