Predador (Predator - 1987): Resenha

 

Estou escolhendo o título de análise, pois diferentes de Youtubers ou meros críticos de cinema que se acham a última bolacha do pacote, eu sou só um cinéfilo que ainda tem algo na cachola e pensa por si mesmo nesse mundo no qual o gado cada vez mais cresce... Não irei aqui me alongar muito, pois pretendo mesmo só analisar o filme como uma obra única, assim como farei com os demais que ainda virão. Optei também por somente me referir aos filmes no seu nome original em inglês, pois acho ridículo os títulos e subtítulos escolhidos para suas continuações.

 

E vamos lá, no final da década dos anos 80, sai esse filme de ficção científica com um alienígena na qual ele mata todo mundo praticamente que aparece no filme para só no final sobrar o protagonista, ele matar o monstrengo e no final sair vitorioso, parece até que estou falando de um filme que veio no final dos anos 70 e da qual se passa numa nave, e que influenciou diversos outros filmes e a qualidade dele permanece até hoje, não é mesmo? Mas só estou falando de Predator mesmo, décimo segundo filme do nosso querido Arnoldão, no auge da carreira pós Conan 1 e 2, Exterminador do Futuro, Comando para Matar e eu diria até Red Sonja e Jogo Bruto, ou seja, estrela principal do filme, e atuando daquela forma maravilhosa que você praticamente não consegue diferir entre o Dutch, T800 ou John Matrix. Eu diria que nesse filme tem duas únicas estrelas, ele próprio e a criatura da qual se originou uma saga de vários filmes que como vamos ouvir muito nas sequências “tem uma cara horrível”. Analisando o Predador deste primeiro filme com o conhecimento prévio de suas continuações, dá para dizer facilmente que ele foi o mais fatal dentre os seus de mesma espécie, pois, ele matou além de uma equipe com alguns veteranos de guerra altamente treinados e armados até os dentes, outra equipe que foram mandados para abatê-lo (num movimento que simplesmente o fodão do exército contrata Dutch e sua equipe para resgatar essa primeira equipe e não explica absolutamente PORRA NENHUMA sobre essa primeira equipe e o intuito dela e nem muito menos o nome do lugar que só nas sequências descobrimos que é a GUATEMALA, e terminamos o filme e não descobrimos por que raios isso aconteceu), fora o fato do protagonista não morrer por puro roteirismo (algo também presente de uma maneira muito forte em QUASE todos os filmes da saga). Analisando também as armas e armadura desse predador, além de suas táticas, ao longo de todo o filme, ele só é ferido uma única vez antes da decisiva luta final por um simples descuido, e contém o padrão do equipamento dos Yautja(e uso esse nome com plena consciência de que ele jamais foi usado na saga inteira, pois sequer isso se aprofundaram até hoje): invisibilidade, armadura com partes a prova de balas, visão infravermelha, armas de laser, garras retráteis, e o famoso “kit médico” deles que usam para se curar de machucados sérios ou mais superficiais, além do costume de pegar troféus que chegaram até a inspirar uma certa franquia aí de jogos de luta extremamente sangrentos na qual um lutador com poderes de gelo, faz o mesmo com os inimigos. 

 

No frigir dos ovos, Predator, é sim um bom filme, diria que o melhor da saga, pois ele quem criou a franquia que gera muita grana até hoje, dentro e fora das telonas, e que inspirou tantas coisas em tantas mídias diferentes, mas claro, não sem suas falhas, pois, em diversas vezes ao longo de todo o filme (e diria todos os filmes como num geral), o alienígena ao invés de acabar com o combate de uma vez com um tiro estando invisível atirado da PUTA QUE O PARIU escolhe simplesmente partir para o combate direto pelo simples motivo de que achamos (pois não foi mostrado muito da sociedade dos monstros até agora) que ele gosta do desafio, e é por isso que podendo acabar com o nosso querido Arnoldão de diversas formas diferentes, ele simplesmente remove o capacete, a arma, e vai só com a garra retrátil e literalmente no soco tentar matar nosso querido prota. E no final tem aquela auto destruição marota que mais parece uma bomba atômica, que nosso caríssimo Dutch, aciona o turbo fogo no cu, e dispara naquela mata para os braços de um helicóptero e da gostosa e única sobrevivente dos reféns que a equipe dele consegue salvar, para os créditos subirem e você ficar com o queixo caído, incrédulo de como aquele “soldado criado para matar” sobreviveu. Não é um puta filme cabeça que você vai sair e te deixar reflexivo, ou aquele filme de ação que sempre que está passando na TV você para e vai lá rever, não, longe disso, mas sim, não podemos tirar sua alcunha de “filme clássico” por toda a franquia que gerou depois dele, e todas as influências que já citei acima e muitas mais das quais acho que a grande maioria das pessoas até desconhece, como o nome de uma aranha descoberta aqui no Brasil.