FANFIC: Pugiles: Capítulo 1 - Como Tudo Começou

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Capítulo 1: Como Tudo Começou

10 anos depois da guerra entre os heróis e os Remanescentes da Ditadura, os efeitos desse evento ainda podem ser sentidos na sociedade brasileira, muitas pessoas foram feridas, perderam entes queridos, se traumatizaram e tiveram a sua vida totalmente arruinada com essa guerra, sendo com certeza um dos momentos mais sombrios da história brasileira.

Os heróis estavam quebrados, a ausência de Altiorem e Sentinela Esmeralda era perceptivel entre eles, e sem a presença deles para servirem de bussóla moral, os heróis tomavam atitudes cada vez mais questionáveis, e de pouco a pouco o povo perdia a confiança neles, dando início assim a Era de Bronze do heroísmo brasileiro

Paulo, que estava em sua casa curtindo a folga, assiste em sua TV uma reportagem que ele participou sobre a guerra de 1997, e nela vemos os diversos efeitos que essa batalha teve na vida de todo mundo

Conhecemos a história de João, dono de uma churrascaria local, que perdeu seu braço esquerdo, foi gravemente ferido no rosto e teve parte de sua casa destruída pelos super seres que batalhavam

De Maria, que era criança na época e se lembra ainda dos sensações ruins que teve enquanto seus pais tentavam salvar a sua vida em meio a guerra

- Era uma sensação horrível - Diz ela - Eu me sentia muito frágil, muito vulnerável, entende? Sentia que eu podia morrer a qualquer hora, ou por vilões ou pelos meus heróis, eu me sentia como se fosse uma borracha, facilmente vúneravel....me lembro de meus pais, feridos, me dizendo que iria ficar tudo bem, e depois, quando eles foram para a esquina pedir ajuda, acabarem morrendo soterrados pelos destroços da destruição em massa, fiquei desprotegida e sozinha em meio a todo aquele caos!

O repórter Marcos Nunes informa que os Remanescentes da Ditadura foi um movimento criado em 1994 por um ex-vilão da Aliança da Aurora chamado Jacó Lopes, e que os mais radicais desse grupo se reuniram para planejar o golpe de estado desde Dezembro de 1995

Preso no Supermax, um dos Remanescentes que participou da Guerra de 1997 e foi um dos responsáveis pela morte de Sentinela Esmeralda diz para o repóter tudo o que aconteceu desde 1995 e fala que o plano todo foi orquestrado pelo próprio Jacó. O líder do movimento nega seu envolvimento nesse plano e repudia as ações dos Remanescentes em 1997

Na reportagem, Paulo se emociona ao lembrar de seu irmão e conta tudo que sentiu na época

- Eu me senti traído, muito mesmo, eu e todos os Equites que estavam conosco formos surpreendidos quando Rafael Castro e outros Remanescentes anunciaram tudo aquilo, e quando o meu irmão sugou os poderes das armas e sumiu de nós eu não soube o que fazer! Eu estava confuso emocionalmente...Meu irmão lutou tanto na época da ditadura para conseguir a liberdade e quando ele finalmente consegue vem um grupo desse e fazem isso!..eu estava lutando com todos os meus limites, e quando pensei que perderíamos a guerra, veio o Mazahk e resolveu tudo pra nós! Eu não sei quem teve essa ideia ou se isso foi certo mas sei que essa ajuda foi muito bem vinda!

Marcos Nunes informa que a guerra só foi vencida quando Mazahk interferiu ao lado dos heróis a mando de alguém desconhecido pelo público, e quando tentou perguntar quem foi que deu essa ideia, ele recebeu reações mistas dos heróis, enquanto uns heróis não dizem que a ideia veio de Charlotte para protegê-la, e até evitam entrevistas, outros não sabem de quem veio a ideia e dizem o que sentiram vendo Mazahk resolver tudo. Mazahk não conta quem foi que o libertou pois prometeu que não contaria, e a reportagem ainda diz que Mazahk será liberto ainda em 2007, ano em que está ocorrendo a história que lhes conto

A reportagem mostra a comunidade Beija-Flor resconstruindo ainda a rua e fazendo um novo muro com um memorial das pessoas que morreram com a guerra de 1997, e mostra o público dividido ideológicamente entre os que apoiam os Remanescentes da Ditadura e os que não apoiam

- Eu acho que eles estavam certos! Sim, eu acho que a ditadura deve voltar para o bem do país! - Diz Gabriel Silva, um morador da comunidade Beija-Flor

- É isso mesmo, eu acho que a ditadura deveria voltar, respeitem meus ideais! - Diz Antônio estudante de medicina

- Quem apoia a volta da ditadura ou é um psicopata ou é um imbécil! - Diz um morador

- Esse pessoal que apoia esses malucos precisam de mais aulas de história! Pois o povo que não conhece a sua própria história está fadado a repetir os mesmos erros de seus antepassados! - Diz uma professora, amiga de Paulo na reportagem

Quando a reportagem acabou, Paulo foi para a casa de Maria, antiga esposa de seu falecido irmão, para deixar o papo em dia, e chegando lá, ele percebe que a frente da casa dela estava um tanto quanto bagunçado, e pergunta o que ocorreu para o lugar estar assim

- Bem...é complicado! - Diz Maria um pouco ansiosa - o Júnior brigou aqui com um homem que o ofendeu de alguma maneira, e saiu muito ferido da briga

- Onde ele está? - pergunta Paulo - Talvez precise de consolo!

- Ele está num bar ali na esquina! Ele não quer conversar com ninguém

- Mas ele vai ter que me ouvir!

Davi Júnior era o filho único de Altiorem, o maior super herói de todos os tempos! E sendo filho dele sempre existiu uma eterna cobrança do público para com Júnior, sempre viam com a cobrança de que deveria ser bonzinho igual ao seu pai, e com o tempo, Júnior acabou adquirindo essa cobrança interna inocente, e dessa cobrança inocente veio a cobrança repentina, e da cobrança repentina veio os fracassos repentinos, e dos fracassos veio a obsessão pela perfeição, e da obsessão veio a depressão, um misto de sentimentos diferentes sempre pairou sobre a vida de Júnior, um misto de sentimento de cobrança, o sentimento de fracasso, revolta por tudo e todos, e decepção, Júnior não sabia como reagir a essa bola de neve que acabou criando para si, e afundava sempre as suas mágoas nas bebidas, tudo pq ele queria mostrar o seu potencial para o público

Chegando no bar, Paulo vê Júnior bebendo no balcão principal do bar, seus olhos estavam vermelhos e o seu cabelo estava bagunçado, Júnior vê Paulo entrando e revira a cara para não olhar para ele

- Davi, eu..

- Eu posso falar?! - Diz Júnior meio irritado

- ...Pode!....

-...Em toda a minha vida veio uma espécie de cobrança em mim, "Você tem que se comportar como um bom menino, que nem o seu pai!", "Seja como ele!", parece inocente, mas sempre doeu! Eu mal posso sair um pouquinho fora da curva que eles me vem com um: "Você nem parece da família do Altiorem!"... cobram a perfeição para alguém que não nasceu para ser perfeito! Eles nem me conhecem! E já vem me criticando! Você sabe como é passar a vida toda sendo cobrado para ser parecido com uma pessoa? Não, você não sabe! E eu nem posso surtar pois ainda me taxam como errado! Antes que você me venha com o seu discurso motivacional eu quero que você me responda: Por quê eu não posso surtar? Hum? Quer dizer então que o certo é continuar guardar isso dentro de mim e deixar crescer e crescer e isso me auto destruir?!!

- Claro que não!

- Então, me diga, por quê eu não posso chorar?! - Júnior diz chorando

- Não, não - Diz Paulo abraçando Júnior - Você pode chorar sim! Ninguém está te impedindo!

- Então por quê me vem com essa todo dia? Por quê eu não posso ser como eu sou?! Eu não sou o Altiorem!

- É...você não é! - Paulo abraça Júnior para fazer ele se sentir acolhido

- ....agora..você vai mandar o discurso motivacional? - Júnior diz meio aliviado

Ao ouvir isso, Paulo abraça Júnior mais forte, e eles ficam assim por dois minutos

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Em um outro dia, na diretoria da CPPJH: Cursos Profissionalizante Para Jovens Heróis, a aluna Raquel Rodrigues discute com a diretora Suzane Lopez sobre as suas notas e desempenhos no seu primeiro ano na super escola

- Com licença - Diz Raquel após abrir a porta

- Sim, pois não - Diz Suzane arrumando uns papéis em sua mesa

- Posso sentar?

- Pode!

- Você me chamou?

- Sim, eu queria falar sobre o seu desempenho!

- Meu desempenho?

- Sim! - Diz Suzane colocando um papel na mesa com as notas de Raquel - Suas notas são sempre medianas, as suas respostas são sempre genéricas e previsíveis, parecendo até que você decorou discursos inteiros mas não aprendeu o que eles significam, era ok em todos os testes e faltou provas importantes

- Só faltei uma!

- Justo a mais importante, e ainda faltou a recuperação! - Diz Suzane anotando umas coisas em seu bloco de notas - Me desculpe Raquel, mas você vai ter que repetir de ano, para assim recuperar tudo que você perdeu!

- Mas eu tive um motivo para ter faltado..

- Que seria? - Diz Suzane interrompendo Raquel

-...Perto da minha rua ocorreu um assalto com reféns, e eu utilizei todos os meus conhecimentos para ajudar as pessoas

- Isso eu sei, foi na sua recuperação, mas e no dia da prova? Você faltou por quê?

-...Eu acordei tarde!

- Huff! Eu vou ser sincera contigo Raquel! - Diz Suzane tirando os seus óculos - Você é uma menina com muito potencial, mas falta algo em você para ser uma heroína de verdade!

- E o que seria?

- "Aprender uma valiosa lição!" - Diz Suzane em referência a um livro da CPPJH sobre a jornada do herói - Me desculpe Raquel mas você vai ter que repetir de ano!

-...Ótimo! - Diz Raquel finalmente aceitando a pequena derrota

Raquel então leva uma de suas provas para avaliar, e saindo da diretoria, ela parte para a feira da cidade para encontrar Davi Júnior, antigo amigo que a ajudava a estudar os conteúdos teóricos da CPPJH, e no meio do caminho se perguntava a si mesmo: "O que eu fiz de errado?"

Enquanto isso ocorria, o dono de uma empresa fazia várias entrevistas de empregos para encontrar um novo funcionário, e ao chamar o último candidato, um homem negro muito suado entra em sua sala e ele o comprimenta

- Bom dia - diz ele - Daniel Souza, isso?

- Sim - Diz Daniel

- Meu nome é Matheus! Sou o funcionário responsável para fazer a seleção da empresa, é..eu vi o seu currículo e fiquei um pouco confuso e te chamei para uma entrevista para saber um pouco mais sobre você, então me diz o que você gosta de fazer nas horas vagas?

- Eu trabalho em pequenos bicos! Desde que meu pai morreu quando eu tinha 12 anos, venho trabalhado em pequenos bicos para ajudar a sustentar a minha casa, ao lado da minha mãe, e vem me ajudado bastante até! Desde lá venho fazendo isso!

- Qual é a sua idade no momento?

- Acabei de completar 23!

- Certo - Diz Matheus anotando algumas coisaa num papel - Eu vi que você terminou os estudos, você está fazendo alguma faculdade?

- Não, nunca consegui entrar em uma faculdade, muito trabalho e pouco tempo!

- Certo...agora me fale pontos positivos e pontos negativos seus!

- Pontos positivos eu sou um bom trabalhador! Obediente! Tudo que me pedem eu faço! E pontos negativos eu acabo me sobrecarregando demais a maioria das vezes!

- Você teve algum tipo de experiência com carteira assinada?

- Não...nunca..me deram uma oportunidade! - Daniel diz meio chateado

- Agora o que o que você tem a oferecer a minha empresa, e por quê eu deveria te contratar?

- Eu queria ter uma experiência nova no mercado de trabalho, e quero mostrar o meu melhor para a empresa, para a empresa e para todo mundo!

- Bom, até terça feira entraremos em contato caso você tenha passado

- Obrigado! - Diz Daniel apertando a mão de Matheus

Saindo dali, Daniel parte para a feira da cidade pra trabalhar como ajudande de vendedor de frutas, vendedor de saquinhos plásticos e ajudande de mecânico numa oficina perto, tudo ao mesmo tempo em que lia histórias em quadrinhos do Homem-Aranha de Stan Lee e Steve Ditko em seus momentos vagos

Por volta das 15:07, após Daniel acabar o serviço com uns carros, Davi Júnior, seu melhor amigo, chega na oficina para buscar seu carro que estava em manutenção na oficina

- Hey cara! - Comprimenta Júnior

- Ei cara - Diz Daniel comprimentando Júnior e bebendo uma pequena garrafa de refrigerante - Servido?

- Claro! - Diz Júnior pegando a garrafa e tomando um gole - Como está o carro?

- Só era um problema nos freios e na marcha, já está consertado!

- E quanto é?

- Isso não é comigo, eu vou perguntar pro patrão! - Diz Daniel indo conversar com o seu patrão

- Ok - Diz Júnior tomando os últimos goles da garrafa

Raquel, que estava horas tentando encontrar Júnior, finalmente o encontra na oficina de Daniel e ela pede uma ajuda de Júnior sobre as suas notas

- Ah, você tá aí! - Diz Raquel longe - Estava te procurando

- Hey Raquel!

- Ei! - Diz Raquel mostrando sua prova para Júnior - Você pode me ajudar nisso daqui?

- Em que exatamente?

- Nessa prova de história heróica essas respostas estão erradas, me ajude, qual seria as certas?

- Bom, para começar o Altiorem tem seus poderes vindo da Força-Arcana, e não do Arcano!

- E qual é a diferença?

- É que a Força-Arcana, daonde vem os poderes do meu pai, é uma espécie de manifestação física de certas propriedades do Arcano através de pessoas escolhidas de geração em geração...é uma parte do Arcano, mas não é ele em si...necessariamente! O Arcano é algo muito maior e engloba várias outras coisas!

- ...Aaaaahhh!! - Diz Raquel finalmente entendo os conceitos

- E os heróis voltaram a atuar em 1989 depois da queda oficial da ditadura!

Enquanto Júnior corrigia algumas das perguntas, Daniel fica interessado e tenta entrar na conversa, pois era muito fã de super heróis

- O curso de heróis? Você não me disse que fazia ele Júnior!

- E não faço! - Explica Júnior - Eu só dei algumas aulas de história heroicas pra Raquel com base no que eu sei sobre meu pai, e, uns livros que li!

- Eu é que faço! - Diz Raquel

- Que legal Muito prazer, sou o Daniel! - Diz Daniel estendendo a sua mão cheia de gracha para comprimenta-la

- Raquel - Diz Raquel meio enojada e tentando ser educada

- Você é um Equetie, um Pugile ou um Bellator? - Pergunta Daniel

- Quê? - Pergunta Júnior meio confuso

- Heróis classe A, classe B e classe C! - Responde Daniel

- Ah! - Diz Júnior

- Na verdade os nomes são outros - explica Raquel - os heróis classe A ou Equites, são individualmente chamados de Eque, os heróis classe B ou Milites, são individualmente chamados de Bellator, e os heróis classe C ou Pugiles, são individualmente chamados de Champion!...e isso varia de herói para herói, tipo tem heróis com mais de 10 anos que ainda são Pugiles, tem heróis com apenas 1 ano e já são Milites ou heróis com menos de 5 anos de experiência e já são Equites como o Bluehawk e a Hawkwing!

- Interessante - Diz Daniel interessado - E você já trabalha como heroína profissional? Já recebeu salário?

- Não, ainda não sou Champion! A única vez que recebi algo foi quando trabalhei junto do herói Inventor resgatando algumas pessoas ano passado, ganhei R$ 3.000,00! - Explica Raquel

- Uau! Se esse é o pagamento de um estagiário imagina o do profissional! - Comenta Júnior enquanto conversava com o patrão de Daniel

- É! - Diz Daniel enquanto uma ideia começava a surgir em sua cabeça - Mas se você cursa a CPPJH por quê você ainda não trabalha como uma Champion?

- ...é complicado! - Diz Raquel meio triste - Minhas notas não eram boas o suficiente para me autorizarem a começa a atuar, e ainda errava coisas básicas, minha diretora disse que tinha que aprender "Uma valiosa lição"!

- Sério isso? - Pergunta Daniel estranhando

- Sim! - Diz Raquel - Ela disse isso em referência a um livro da CPPJH sobre a jornada do herói! Eu não entendi o que ela quis dizer exatamente!

- A jornada do herói de Joseph Campbell? Vocês aprendem isso também? - Pergunta Daniel

- Sim! A primeira aula nós aprendemos o conceito do herói de Joseph Campbell, seu papel nas mitologias e religiões para depois aprendermos sobre o herói da vida real!

- Curioso!

- Pronto! - Diz Júnior a Daniel - Já paguei tudo! E meu carro está novo! Raquel, sinto que o seu problema é bem maior que respostas erradas! Então você quer ir em minha casa estudar um pouco?

- Eu adoraria - Diz Raquel começando a arrumar a sua prova

- Você vem com a gente? - Pergunta Júnior a Daniel enquanto entrava em seu Carro junto de Raquel

- Não! Tenho que terminar a minha carga horária!

- Então tá! Boa sorte "Pequeno Trabalhador"! - Diz Júnior chamando Daniel por seu apelido carinhoso

- Até "Capitão"! - Diz Daniel chamando Júnior por seu apelido carinhoso

Por volta das 10:15 daquele mesmo dia, no salão da sede principal da Aliança da Aurora, Admirari Bellator discute com os heróis Vampiro da Noite, Paulo, Inventor e Rosa sobre as últimas atualizações das missões heróicas

- As três equipes de Equites que mandamos semana passada já estão completando as suas missões? - Pergunta Admirari Bellator enquanto anotava umas coisas

- Ainda não senhora! - Relata Vampiro da Noite - A equipe que mandamos para seu planeta natal Oregon ainda está tentando reconstruir as cidades devastadas por Minak, e a equipe que está no universo 300.542 ainda está lidando com problemas no multiverso!

- E a equipe que está ajudando os heróis da Rússia estão neste momento invadindo a "Sala Vermelha"...digo... "Sala de Filmes" - Informa o herói Inventor após ouvir em seu Ock Tock

- E os Pugiles e os Milites? - Pergunta Admirari Bellator enquanto mexe em seu tablet de operações - estão protegendo as cidades?

- Estão senhora! - Diz Paulo - Inclusive uns Pugiles de Brasília ajudaram um vigilante não autorizado a derrubar um chefão do crime chamado Xerkí Marte!

- Clássico! - Comenta Admirari Bellator

O herói Bluehawk e a heroína Hawkwing, que acabaram de se torna em Equites, entram no salão da sede para se apresentarem pela primeira vez para os Equites, e Admirari para tudo que estava fazendo para apresentar tudo a eles

- Oh! Os novos Equites! - Diz Admirari Bellator enquanto se levantava de sua cadeira - Sejam muito bem vindos Bluehawk e Hawkwing ao grupo dos Equites! Eu sou Admirari Bellator, e sou a líder da formação principal da Aliança da Aurora! Caso não conheçam aquele monstruoso ali é o Vampiro da Noite, Aquele "Super-Homem" laranja é o Paulo, o cercado por robôs é o Inventor, e aquele fofa é a Rosa - Diz Admirari Bellator enquanto apontava para os heróis citados

- Muito prazer! - Diz Rosa de um jeito animada

- Curioso, não conhecia a Rosa e esse Inventor! - Diz Hawkwing

- É, eles não gostam de fama! - Diz Admirari Bellator enquanto se dirigia para fora da sala com os heróis - Venham comigo!

Admirari leva Bluehawk e Hawkwing para o superelevardor e começa a conversar com os dois para iniciar o seu passeio educacional pela sede da Aliança

- Bom, visto que é o primeiro dia de vocês na nossa Sede, vou apresenta-los aos principais locais dela para já irem conhecendo, e enquanto esperamos aqui - Diz Admirari sentando num banquinho - Me falam sobre vocês! Para nos conhecermos melhor!

O casal não sabe o que dizer para ela, e Bluehawk, no improviso, toma a partida e começa a falar algumas coisas para Admirari

- Bem, nós crescemos juntos....nós dois sempre fomos muito amigos, entende? E crescemos admirando muitos os heróis e...sua luta contra a ditadura, vocês realmente foram muito corajosos! Devo dizer!

- Obrigada! - Diz Admirari Bellator

- Então, após nós dois descobrimos que eramos "Super-Seres" de nascença, mais ou menos em 1997, um..amigo nosso! Nos motivou a ser super heróis profissionais, e assim foi - Diz Bluehawk

- .."Amigo"? - Pergunta Hawkwing estranhando ele ter se referido assim a uma pessoa que conheciam

- Sim! Qual o problema? - Brinca Bluehawnk

- É que não sei se deveríamos cita-lo...assim! - Diz Hawkwing fazendo um sinal e tentando disfarçar para Admirari não perceber

- Por quê? Ele é especial para vocês? - Pergunta Admirari Bellator inocentemente

- ...Ele é como um pai pra mim! - Diz Hawkwing no improviso

- Bom, então trate ele com mais carinho, Bluehawk! Alguém pode não gostar como você fala! - Diz Admirari apertando uns botões do superelevardor

- Concordo! - Diz Hawkwing olhando feio para Bluehawk

Saindo do superelevardor, os heróis chegam ao corredor principal da sede, e passam por diversos locais dali, indo desde o Museu dos Heróis, onde estão os memoriais para os grandes heróis que passaram pela história do Brasil, tanto vivos quanto mortos até a sala de lazer. Hawkwing se interessa na parte das relíquias de Altiorem do Museu, principalmente em um objeto parecido com uma varinha mágica tecnológica devido a sua ligação com o Arcano

E indo até pelo Centro de treinamentos, onde encontram vários Milites e Pugiles treinando; e pela sala de vigia das supercâmeras, Bluehawk encontra um antigo amigo de trabalho

- Ei cara! - Comprimenta Bluehawk o seu amigo

- Oi! Seja bem vindo! - Diz um dos câmeras que era amigo de Bluehawk

Hawkwing fica meio tensa naquele momento, mas consegue se controlar, e Admirari Bellator percebe que uma química estava rolando entre os dois ali e decide perguntar

- Vocês se conhecem?

- Ah sim, nós... - Diz Bluehawk

- ...nós frequentamos o mesmo bar! - Completa o câmera

- Sim!!

- Curioso! - Comenta Admirari Bellator - Bom, o nosso passeio educativo já terminou, a carga horária de vocês acaba umas 22:00 e se quiserem ficar perambulando por aí enquanto não temos missões fiquem a vontade! E se precisarem de ajuda é só me chamar!

- Ótimo! Muito obrigada! - Diz Hawkwing meio tensa - Valeu!

Quando Admirari Bellator parte para o salão, Hawkwing puxa a orelha de Bluehawk e o leva para um canto escondido perto do Museu dos Heróis pra conversar a sós com ele

- Você quer colocar tudo a perder, é?!! - Cochicha Hawkwing meio brava

- Que é que eu fiz? - Pergunta cochichando Bluehawk

- Você primeiro citou o Jacó, coisa que não deveria ter feito, e ficou olhando tempo demais para o Pedro!!

- Rute, não exagera!

- Não exagera?! Qualquer atitude errada pode levantar suspeita!! Os heróis não são burros!

- Rute, Rute, relaxa! Confia em mim, tudo que estou fazendo é descontrair, para ganhar a confiança do pessoal daqui, pois você acha que eles desconfiariam do herói descontraído ou de uma super séria como você? Relaxe!

- É que estou muito tensa! Chegamos tão longe e não quero falhar com o nosso plano!

- Nós não vamos falhar!

- Tomare! - Hawkwing se vira para as relíquias de Altiorem e começa a observar a varinha mágica tecnológica - Você tem já alguma ideia do que poderemos fazer?

- Sim! E acho que vai ser um pouquinho mais difícil do que eu imaginava - Diz Bluehawk enquanto lia as descrições que havia numa placa ao lado da varinha

Alguns dias depois, na escalada da noite, Júnior teve um sonho deveras curioso, se é assim que posso dizer, ele sonhou estar em uma dimensão celestial além das fronteiras do universo, onde o real e o mágico conviviam num mesmo espaço, as estruturas que haviam ali eram belas demais para serem verdadeiras, e sua beleza era tanta, que palavras humanas eram insuficientes para fazer jûs ao que ele era, realmente sendo um lugar muito especial! - "Estou no céu?" - Pensava ele enquanto tentava compreender a realidade ao seu redor, e observando melhor as paisagens, percebeu que algo, ou melhor, alguém o chamava pelas suas costas para um abraço, era uma entidade cósmica gigante parecido com um humano, mas não totalmente humana, cujas vestes eram brancas leves e marcantes, e sua aparência ao mesmo tempo que transmitiam simplicidade e humildade, demonstrava glória e poder, para que todos o reconhececem

Júnior acha graça diante do fantástico ser, e o abraça como se fosse um velho amigo que não via faz tempo, e ao fazer isso, Júnior acorda meio zonzo e percebe que ele estava flutuando por cima de sua cama

- Mas o quê..?...ai!! - Quando Júnior percebe que estava flutuando ele despenca do ar e cai em sua cama

Com a visão meio embaçada, Júnior se apoia em sua cama e tenta manter o foco para ver se a sua visão voltava ao normal, mas quando observa melhor, ele percebe que sua visão não está ruim, mas sim vendo o Arcano ao redor do universo ao seu redor, e começa a notar que está sentido certas "sensações diferentes" do que costumava sentir

- Entorta um ferro com a mão! - Diz uma voz dentro da cabeça de Júnior, ele se assusta com isso e sua visão volta ao normal nesse susto

- Quem falou isso? - Diz Júnior meio assustado - Quem...?

- Entorta o ferro com a mão! - Diz novamente uma voz na cabeça de Júnior

Nesse instante uma possibilidade de resposta para tudo isso vem na cabeça de Júnior, mas ela parece impossível demais de ser verdade, especialmente com ele

- ...Será? Não é possível...- Pensa ele

Júnior vai para a garagem de sua casa silenciosamente e pega uma pedaço de ferro para tentar entorta-lo e confirmar se a sua teoria estava certa, e sem nenhum esforço, Davi consegue entortar a ferramenta com suas mãos, e confirma que ele estava com a "Força-Arcana", a mesma fonte dos poderes de seu pai

- Sabia! - Pensa Júnior consigo mesmo - Mas...por quê eu?

Ao longo do ano de 2007, Bluehawk e Hawkwing se reuniram várias vezes com Pedro e o resto dos Remanescentes da Ditadura em seu clube secreto perto da feira da cidade para bolarem um plano perfeito pra roubar a varinha mágica tecnológica, visto que ela dava acesso ao Kosmos e isso interessava Jacó Lopes, eles planejaram cada passo que iriam dar e estudaram por muito tempo a sede principal da Aliança da Aurora para saberem onde ir e como ir, foi um processo longo e demorado. Por volta de Janeiro de 2008, eles chegaram a um plano arriscado e difícil de se executar, mas dentre tudo o que pensaram, era a melhor opção que tinham. Decidiram colocar o plano em prática no dia 06 de Janeiro de 2008 por que nos Domingos de manhã geralmente não tem muitos seguranças vigiando a sede e a maioria dos heróis estão de folga, seria mais fácil de fazer alguma coisa, e quando chegou o dia, por volta das 09:50, eles começam a execução de tudo que haviam planejado

Bluehawk distrai os poucos seguranças que haviam naquela hora enquanto o plano ocorria, Pedro corrompe as imagens das câmeras com tecnologia dos heróis que ele tinha acesso para que passasse o mesmo filme várias vezes, uns Remanescentes superpoderosos provocam um ataque em massa em Brasília para chamar a atenção dos heróis e distraí-los, e Hawkwing utiliza de todos os seus conhecimentos para passar das travas de seguranças, roubar a varinha do Museu dos Heróis e substitui com uma réplica falsa parecida com a varinha para que ninguém notasse que a peça foi roubada, algumas falhas acabam ocorrendo no processo, mas Bluehawk consegue consertar esses erros com o tempo, e o roubo é realizado com sucesso! Depois de tudo isso, Hawkwing parte pro clube secreto entregar a varinha para Jacó e os outros Remanescentes recuam da batalha com os heróis

- Para onde eles pensam que vão?!! - Pergunta Inventor irritado - Voltem aqui!!

- Não, deixe eles! - Diz Rosa enquanto o parava com seu martelo gigante - Parece que estão recuando!

- Tomare que eles não voltem! - Diz Inventor enquanto abaixava a guarda

Os heróis Paulo, Rosa, Inventor e Admirari Bellator, que estavam disponíveis na hora e lutaram com os Remanescentes, voltam para a sede e de início não percebem que a varinha mágica tecnológica foi roubada pois estavam ocupados discutindo sobre o ataque dos Remanescentes e a réplica falsa conseguiu enganar os heróis visto que ela era parecida demais com a original. A única coisa que eles estranharam foi o fato de Bluehawnk e Hawkwing não terem ido ajudado contra o ataque em massa dos Remanescentes

- É que os Reamanescentes quase atacaram aqui perto também! - Diz Bluehawk mentindo aos heróis - Inclusive a Hawkwing saiu perseguindo um Remanescente agorinha!

Ao mesmo tempo em que os Remanescentes bolavam o seu plano, Júnior começou a estudar mais a fundo sobre a Força-Arcana por vários meses, mas os conhecimentos humanos não só sobre a Força-Arcana mas também sobre o Arcano em si deixavam muito a desejar, ainda sendo erroneamente chamado de "Poder de Deus"! Por recomendação de sua mãe Júnior vai ao encontro de seu tio Paulo na sede principal da Aliança da Aurora, visto que ele era a pessoa mais próxima do Arcano que conhecia

Chegando na sede, Júnior fica fascinado com a estrutura fantástica do local e tenta entrar pela porta da frente, mas não consegue visto que as portas possuíam "travas especiais", e era necessário apertar uma campainha para que alguém pudesse libera-las. Júnior então aperta a campainha, e no instante em que ele faz isso, o holograma de uma mulher loira aparece em sua frente

- Bom dia! - Diz ela

-...bom dia..? - Diz Júnior estranhando ela - ...quem é você?

- Eu sou Jhennyfer, a Inteligência Artificial oficial da Aliança da Aurora!

- ...Ah sim! - Diz Júnior após se lembrar dela nos jornais - Me lembrei de você!

- Posso ajudar em alguma coisa? Você apertou a campainha!

- ..campainha...ah, sim! Eu..gostaria de conversar com meu tio Paulo! É...importante! Ele está ai ou está em alguma missão ou algo do tipo?

- Ele está conversando com a Admirari Bellator, se quiser eu posso chamar ele para você!

- Claro! Se não for incômodo!

- Não vai ser!

Então Jhennyfer chama Paulo, e ele vai ao encontro de Júnior para conversar a sós na sala de lazer da sede. Paulo sente uma curiosa sensação divina vindo de Júnior, e decide prestar atenção nele enquanto conversava

- Seus poderes vem do Arcano, né? - Pergunta Júnior

- Sim! - Responde Paulo - Eu ganhei meus poderes quando seu pai compartilhou os dele comigo para combater um vilão da ditadura

- Então seus poderes vem da Força-Arcana também?

- Não! Não necessariamente da Força-Arcana em si, mas, meus poderes vem do Arcano!

- E o que você pode me falar da Força-Arcana? Tipo...o que ela é exatamente? Os livros que li não me pareciam completos...sinto que ela é muito mais do que dizem!

Paulo fica curioso com a fala de Júnior e começa a falar

- Bom, por onde posso começar?...Deus se manifesta através de várias formas diferentes para a humanidade, e uma delas é através das pequenas pessoas, exemplos não faltam para ilustrar, Davi, o menor dos filhos de Jessé, Jeremias, o profeta chorão, Abraão, o sonhador, e Daniel, que desde criança nunca abriu mão dos ideais de Deus! E com a chegada da "Era Moderna", Deus começou a atuar de uma maneira especial com algumas pessoas!..

- Especial? - Pergunta Júnior

- Sim! - Diz Paulo enquanto olhava para o direita - Venha comigo!

Eles vão para o Museu dos Heróis, e Paulo aponta para alguns desenhos e pergaminhos antigos enquanto conta uma história para Júnior

-..tudo começou no ano de 1498, na ilha de Mesvokzy, os espanhóis haviam descoberto as suas terras anos antes, e instauraram um governo autoritário para poder explorar as riquezas do local, tendo os habitantes da ilha como seus escravos. Um dia, um menino ouviu falar de Deus e de suas manifestações, e inocentemente, pediu em uma oração que Deus o ajudasse a libertar seu povo daquela terrível opressão que estavam sofrendo, e Deus concedeu o que ele havia pedido! No dia seguinte o menino acordou com uma voz em sua cabeça dizendo para fazer um monte de coisas, sua visão estava "embaçada", e viu que estava sentindo algumas "sensações diferentes" do que costumava sentir, ele de início pensou que aquilo era algum tipo de maldição mas com o tempo ele aprendeu a ouvir melhor A voz, e descobriu que aquilo não era uma maldição, mas uma benção. O que ele recebeu foi a Força-Arcana, uma série de poderes derivados do Arcano, que eram como se fosse uma manifestação física de algumas das propriedades do Arcano através de uma pessoa, ela dava vários poderes ao seu usuário como a super-força, a visão arcana, que permite ele enxergar o arcano em tudo, super-velocidade...

- ...voar, a áurea arcana sim...isso já sei! - Diz Júnior - E o quê mais?

- ..bom! Ele descobriu que podia compartilhar seus poderes com pessoas próximas, e também podia acessar o Kosmos, a dimensão celestial onde reside o poder Arcano

Júnior fica curioso com essa informação e pergunta

- Dimensão celestial?

- Sim! Ela é como se fosse uma camada para o universo, é o elemento que faz o universo fluir, eu acessei essa dimensão uma vez e posso dizer que ela é bem bonita e poderosa!

- Como ela é exatamente?

- Eu me lembro pouco, mas me lembro que era um lugar mágico, onde o real e o mágico conviviam no mesmo espaço, e suas estruturas eram tão belas que palavras humanas não eram suficientes para descrever elas!

Júnior percebe que a dimensão que ele havia sonhado batia com a descrição do Kosmos que Paulo falou, e pergunta ainda mais

- E o que aconteceu com o menino?

- Bom, o menino juntou um grupo de seis pessoas para libertar seu povo, e compartilhou os seus poderes com eles para que juntos pudessem executar o plano que ele havia orquestrado, eles foram chamados de A Aliança da Aurora! Com muito esforço eles conseguem levar o povo para uns barcos improvisados e escapar dali, e o menino acaba quase morrendo pelo tamanho esforço que havia feito! Em seu leito de morte uma das pessoas que o ajudou pergunta a ele por quê ele não matou os inimigos ou algo do tipo, e o menino revela que o foco não era os inimigos, mas sim o povo, pois o povo é o que realmente importa, sem eles os inimigos não teriam poder nenhum! e era por isso que Deus deu poderes a ele para início de conversa, pois o seu objetivo não era acabar com o mal, mas propagar o bem! E ele morreu feliz sabendo que cumpriu a sua missão com Deus e inspirou as pessoas ao seu redor a lutarem!

Júnior fica refletindo sobre a história contada e se lembra dos ideias que seu pai pregava enquanto era vivo, ele percebe algumas similaridades entre Júnior e o menino, e Paulo continua

- ...a partir daquele dia, Deus deu aqueles mesmos "poderes especiais" para várias pessoas ao longo dos anos, para que ele defendesse os indefesos e manifestasse o poder de Deus através de pequenas ações. Assim como os grandes heróis da fé, as pessoas escolhidas para possuírem a Força-Arcana podiam ser muitos diferentes entre si e enfrentar problemas diferentes, mas uma coisa havia em comum: eles tinham a essência de Deus dentro de si!

- Mesmo? - Pergunta Júnior meio surpreso

- Sim! Seu pai era um bom exemplo disso! Os ideais cristãos eram intrisictos no coração dele, era como se fosse algo natural para ele! Quando ele falava de Cristo seus olhos brilhavam, e quando cantava ele acessava o Kosmos, pois quem tem a Força-Arcana pode fazer esse contato espiritual com a dimensão através de pequenas coisas! E...ele se importava com cada vida que ajudava, inclusive de vilões, como eu!..

Paulo aponta para a parte do museu onde está escrito uma pequena biografia sua e continua

- ..antes de ser um herói eu era um super vilão anarquista que matava todas as pessoas que eu não ia muito com a cara, principalmente cristãos, um dia acabei me encontrando com o seu pai e ele descobriu o que eu fazia, quando isso aconteceu, ele ficou tão abalado, que ele ficou sem reação, não sabia o que fazer, ele não queria me machucar mas..ao mesmo tempo..queria trazer justiça as mortes que eu causei, então para tentar ser justo ele me colocou na cadeia e fez a promessa de me visitar todos os dias, pois ele me amava, e o impressionante disso tudo é que ele cumpriu o que prometeu! Me visitava todos os dias, exceto na época da Ditadura, ele me mandava cartas! Mas mesmo sendo perseguido ele cuidou de mim! Ele me amava mesmo tendo feito um monte de coisas terríveis, ele me ajudou muito na prisão! Assim como Cristo fazia! Eu conseguia enxergar Cristo nele!

Se emocionando um pouco ao lembrar do carinho de seu irmão Paulo desabafa

- ...Eu gostaria de poder retribuir tudo que ele fez por mim! Mas ele morreu antes de eu fazer isso, e então eu tento compensar sendo como ele, agir como ele, para inspirar as próximas gerações como ele me pediu!

Percebendo melhor a sensação divina que vinha de Júnior e notando algumas das reações de Júnior enquanto ouvia o seu longo discurso, Paulo decide tomar a frente e confronta Júnior para obter alguma resposta

-..Mas agora, eu fiquei curioso com uma coisa, por quê você se interessou nesse assunto só agora? - Diz Paulo se aproximando de Júnior

- ....E-eu... - Diz Júnior meio nervoso

- Não se preocupe, eu não conto pra ninguém se quiser! Só me diga: é o que eu tô pensando?

Júnior se sente um pouco seguro com o acolhimento de Paulo, e desabafa

- Eu sonhei que estava numa dimensão celestial....e abracei alguém!...

- Clássico! - Diz Paulo sorrindo

- E agora estou com esses poderes!

- Você teve contato com o Kosmos, e ganhou esses poderes assim como o seu pai! Por que você não me procurou antes?

- É que..eu estava meio nervoso e..queria saber de tudo antes de poder conversar com alguém, para não poder errar, sabe?

- Não se permitir errar é um erro!

-...é!...tem razão! Mas também, se eu tenho esses poderes então quer dizer que vou ter que ser um herói, e...estou com medo, pois....eu já decepcionei tanta gente! E não gostaria de decepcionar as pessoas...não gostaria de decepcionar a Deus!...

- E você não vai!

- Como você sabe? Eu..posso fazer alguma besteira a qualquer momento!

- Mas você não vai! Por que Ele te escolheu! E Ele vai te ajudar

- É que eu não me sinto digno! Pois como uma pessoa como eu poderia ser escolhida por Deus para ser um exemplo?

- Por quê você é igual a todo mundo! Ninguém é perfeito! Só Deus é! E ele escolhe pessoas imperfeitas pra que através de suas imperfeições Ele mostre o seu poder a todos, como bem disse o apóstolo Paulo no capítulo 12 da segunda cartas aos Coríntios: "Então O Senhor me disse: "A minha graça te basta, porque o poder se aperfeiçoa na fraqueza." De boa vontade, pois, mais me gloriarei nas fraquezas, para que sobre mim repouse o poder de Cristo. Por isso, sinto prazer nas fraquezas, nos insultos, nas privações, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando sou fraco, então é que sou forte"!

Paulo colca sua mão encima do ombro de Júnior e o conforta

- Júnior, não se preocupe! Eu vou te ajudar nessa!

- Obrigado tio!

- De nada! - Diz Paulo sorrindo - Bom, fique aqui por enquanto! Eu tenho que resolver umas coisas com a Admirari Bellator! E se quiser pode ficar no Museu dos Heróis estudando um pouco!

- Ok!

Paulo então se retira para continuar a convensar com Admirari Bellator, e Júnior começa a passear pelo Museu de Heróis para começar a se familiarizar com o mundo heróico. Quando ele passa pela varinha mágica tecnológica, uma sensação estranha ocorre em seu peito, mas ele não sabe dizer o porquê

- Vá para a feira da cidade! - Diz a voz na cabeça de Júnior

Depois de muito relutar com a voz, Júnior decide sair para a feira da cidade ver o porque dela querer que ele faça isso. Júnior acaba aprendendo a voar para ir mais rápido, e parte voo para a feira da cidade

Chegando lá, a voz o direciona para onde ir, e Júnior descobre que a heroína Hawkwing estava indo em direção ao clube secreto carregando algum objeto parecido com a varinha mágica tecnológica dos heróis, ela possuia algum tipo de conexão com o Arcano, diferente da réplica que estava no Museu dos Heróis

- Pegue essa varinha e devolva aos seus donos! - Diz a Voz em sua cabeça - Ela foi roubada!

Quando Júnior tenta obedecer a voz, Daniel, acaba se esbarrando sem querer em Hawkwing, e todas as coisas que ambos estavam segurando caem no chão, inclusive a varinha mágica tecnológica

- Oh, meu Deus! Me desculpe! - Diz Daniel tentando arrumar a bagunça que fez

- Não se preocupe! Não se preocupe! - Diz Hawkwing arrumando algumas coisas

- Deixa eu ajudar! - Diz Júnior se oferecendo para ajudar

Júnior se aproxima mais para poder observar melhor, e pega a varinha mágica para tenta tirar algumas respostas de Hawkwing

- Olha só! - Diz Júnior segurando a varinha mágica tecnológica - Isso é uma réplica da varinha mágica tecnológica dos heróis!

- É! - Diz Hawkwing tentando disfarçar - É uma réplica, por favor me dê isso!

- Acende a varinha! - Diz a voz na cabeça de Júnior

- Mas ela parece de verdade, deixa eu ver - Júnior balança a varinha e ela acende uma pequena luz branca - Olha só!

-...como você fez isso? - Pergunta Hawkwing curiosa

- É que eu tenho poderes vindo do Arcano, e pelo que sei somente a varinha verdadeira acenderia com pessoas que possuem o Arcano - Diz Júnior mandando uma indireta para Hawkwing

- É que, na verdade, ela é a verdadeira...

- Então por que me disse que ela era uma réplica? - Interrompe Júnior

-....por medo, é que...eu vou...levar ela para conserto e não queria que isso viesse a público!

- Ah não, mas..posso falar uma coisa curiosa? Eu estava na sede principal da Aliança da Aurora agora pouco, e vi num museu que tinham, uma réplica dessa varinha, e vi que ela tinha algo de errado, e agora aqui eu vi a varinha verdadeira, como se, tivessem tentando disfarçar algo, é curioso não?

-...é! - Diz Hawkwing meio desconfiada de Júnior

- Por que tem uma réplica da varinha na sede da Aliança da Aurora?

- É por que os heróis não querem que as pessoas percebem!

- Por quê? Se essa varinha estivesse quebrada eles falariam, não seria necessário mentir desse jeito! Me diga: como conseguiu essa varinha?

- ..ok engraçadinho, você pergunta demais, me dá isso, por favor! - Diz Hawkwing estendendo a mão

- Você não me respondeu! - Diz Júnior afastando a varinha da mão de Hawkwing - Por acaso você roubou ela? - Diz Júnior brincando

- Quê? Claro que não! Eu sou uma heroína! Isso é meu!

- Não, isso não é seu! É dos outros heróis! Isso foi roubado, e vou devolver aos seus donos! - Diz Júnior se retirando dali

- Quê?...moço... - Diz Hawkwing indo atrás de Júnior - Me dá isso...moço?

Júnior ignora Hawkwing, e quando ele estava prestes a voar para fora dali, Hawkwing tenta pegar a força a varinha de Júnior

- Me devolva isso! - Diz Hawkwing meio zangada com Júnior

- NÃÃO!!! - Diz Júnior despertando uma áurea de poder Arcano ao redor de seu corpo para expulsar Hawkwing - Isso foi roubado!

- Não foi não! - Diz Hawkwing

- Então por que você está tentando disfarçar tanto?

- Eu não estou tentando disfarçar!

- Não é o que parece! Eu vou devolver isso aos heróis, e não se preocupe, não vou contar para os heróis que foi você!

Júnior parte vôo para a sede principal da Aliança da Aurora, e Hawkwing fica quase sem reação com tudo aquilo. Daniel, que ainda estava ali, fica muito surpreso com tudo que aconteceu, e diz para Hawkwing que não entendeu nada

Quando Júnior estava no meio do caminho para a sede, Hawkwing, que sabia voar com as suas asas portáteis, o alcança e o derruba numa parte da floresta da cidade

- Eu não quero ser grossa mas..isso me pertence! - Diz Hawkwing com um tom de voz elevado

- Não é não! - Diz Júnior sentindo algumas dores pelo impacto de sua queda

- É sim! E você está enrolando demais! - Diz Hawkwing se aproximando de Júnior

- Então você vai ter que tirar de mim a força!! - Diz Júnior enquanto tenta voar para longe dali

Utilizando a sua super força, Hawkwing pega Júnior pelo pé, e o puxa até o chão, e quando Júnior chega perto do rosto dela, ele dá um soco na cara dela, e Hawkwing não sente nada e tenta enforca-lo no chão para fazer ele apagar

- Eu disse que isso é meu! - Diz Hawkwing enforcando Júnior

Nesse momento, uma áurea de poder cresce no corpo de Júnior, e ocorre uma grande explosão de energia que leva Hawkwing para longe. Quando ela recupera a consciência, Júnior se levanta com um grande poder ao redor de seu corpo e diz

- E eu disse que você vai ter que tirar a força de mim!

E então, uma intensa luta começa entre Hawkwing e Júnior, Hawkwing tenta utilizar suas garras especiais das mãos para tentar pegar a varinha a força várias vezes, mas Júnior consegue defender muito bem. A luta se prolonga, levando os dois até perto da feira da cidade, onde Daniel estava trabalhando vendendo sacos plásticos, e lá, as coisas começam a ficar complicadas

Chega um momento em que Hawkwing quase consegue pegar a varinha a força da mão de Júnior, mas ela é impedida com uma rajada de energia provocada acidentalmente por Júnior, e essa rajada acaba afetando tanto os heróis e a varinha quanto Daniel, que estava perto da batalha

- Daniel!!! - Grita Júnior pelo seu amigo, quase se distraindo de Hawkwing

Daniel não conseguia respirar direito, e se apoia em sua mesa metálica na tentativa de respirar, e numa reação a rajada que levou, ele entorta o metal de sua mesa de trabalho com as mãos, mostrando assim, que ele não era só um simples humano como aparentava ser

Daniel então desmaia, e Júnior tenta ir ao seu encontro para ajudá-lo, mas é impedido por Hawkwing que tenta arrancar a varinha dele com mais força. Com a força de Hawkwing somada ao esforço de Júnior, a varinha acaba se quebrando em vários pedacinhos no ar, e a conexão que havia no Arcano naquele objeto é desfeita por completo

- NÃÃÃOO!!! - Grita Hawkwing - O que você fez??!!!

Júnior fica surpreso por aquele objeto ter se quebrado assim, e Hawkwing parte para fora dali com os cacos da varinha mágica tecnológica, dando assim um fim para aquele pequeno conflito entre eles. Depois da saída de Hawkwing, Júnior rapidamente vai ao encontro de Daniel e tenta acordá-lo desesperadamente de seu desmaio

- Daniel? Daniel?! - Grita Júnior mexendo no corpo de Daniel, mas não obtendo êxito em acordá-lo - Vamos acorda, cara! Daniel?!! Daniel!! Daniel!!!!

Fim do Capítulo