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10 MELHORES HISTÓRIAS EM QUADRINHOS
Feliz ano novo, pessoal!
Quem acompanha meus textos deve ter notado que sou fã de histórias em quadrinhos, sejam de fantasia, sci-fy, drama adolescente, noir e, principalmente super heróis. Já li várias hqs nesses anos, seja da Marvel ou da DC. A qualidade dessas histórias era bem variável, com algumas sendo boas e outras ruins. Porém, entre elas tinham hqs que se destacavam por suas histórias bem construídas, cheias de aventuras épicas, personagens carismáticos e momentos bem marcantes, que me faziam voltar para conferi-las de novo.
Quais histórias foram
essas?
Para responder essa
pergunta, eis o meu top 10 melhores histórias em quadrinhos que já li.
10)
SJA/SJA
Um dos aspectos
presentes em muitas histórias de super herói é o conceito de legado, de heróis
veteranos passarem o manto para sucessores. No caso da DC comics, esse conceito
é a temática principal das histórias da Sociedade da Justiça, principalmente o arco
“SJA/SJA”. Nessas edições feitas pelo Geoff Johns, o vilão Per Degaton volta ao
passado e conquista o mundo quando a SJA tinha se aposentado após a Guerra,
alterando a linha do tempo. No entanto, graças a intervenção do viajante do
tempo Rip Hunter, os membros da nova geração da SJA conseguem ir ao passado e
avisar seus antecessores, se unindo a eles para impedir o vilão, no processo
ajudando a restaurar a esperança nos heróis, mostrando a importância que eles
terão no futuro.
9) X-MEN DEUS AMA, HOMEM MATA
Uma das temáticas
abordadas nas histórias dos x-men tem sido a luta contra o preconceito e
discriminação, com os mutantes agindo como uma alegoria as minorias. Isso ganha
um destaque maior nessa história onde os heróis passam a serem vítimas de uma
campanha anti-mutantes realizada pelo reverendo William Stryker, que consegue
virar a opinião pública contra os heróis e os mutantes. Contudo, Stryker se
revela ter planos muitos maiores, capturando o Xavier e planejando manipula-lo
para exterminar toda raça mutante, forçando os X-men a se aliarem ao seu grande
inimigo Magneto para salvar seu mentor e todos os mutantes no mundo.
É uma graphic novel bem
sombria e madura, que realmente coloca os x-men contra seu grande dilema: sobre
defender uma população que os odeia por serem diferentes. Mesmo passando por
muitas dificuldades, os x-men se recusam a abrir mãos dos seus ideais de
coexistência pacifica com os humanos, até mesmo quando Xavier parece ter
perdido a fé neles, demonstrando o crescimento dos x-men nas histórias até o
momento e sua lealdade aos ideais de seu mentor.
8)
O RETORNO DE BARRY ALLEN
Falando em legado e
relação de mentor e aluno, outro herói que representa bem esses conceitos é
Wally West, o terceiro Flash. Apesar de ter começado como um simples sidekick
de Barry Allen, ele teve um grande desenvolvimento após a morte de Barry na
crise das infinitas terras, com Wally assumindo o lugar de seu tio/mentor. A
partir desse ponto todas suas histórias mostravam os dilemas do rapaz tentando
provar seu valor como Flash para os outros e pra si mesmo e superando suas
inseguranças. Seu grande desafio veio na fase do Mark Waid, quando Barry Allen
aparentemente retorna dos mortos com uma personalidade bem mais narcisista e
cruel, acusando Wally de ter tentado fazer o público se esquecer dele, deixando
seu fã bastante confuso e arrasado. No entanto, conforme o arco vai se
desenvolvendo, as coisas vão se revelando não serem o que parecem e Wally se
junta a outros velocista como Jay, Max Mercúrio e Johnny Quick para impedir seu
“ídolo”.
É uma história que faz
os leitores entrarem na mente do Wally, mostrando ele confrontando seu grande
medo e no final aceita seu verdadeiro potencial como “o homem mais rápido do
mundo”, provando ser não só tão bom quanto Barry Allen, mas melhor.
7)
BATMAN ANO UM
Uma das origem de super
heróis mais conhecidas é a do Batman, tendo várias versões diferentes sobre
como o herói perdeu os pais e passou anos de duro treinamento para se tornar um
vigilante. Mas, se fosse pra escolher minha versão favorita, ela seria Batman
ano um de Frank Miller e David Mazzucchelli. Ao invés de focar no Batman e
mostrar seu treinamento, Miller contou a história por outro ângulo, mostrando
os primeiros dias do Batman em Gotham e o efeito que ele causa na população,
representada por personagens como James Gordon e a Selina Kyle.
Isso ajudou a mostrar
Batman como uma lenda urbana, uma criatura criada pelas perspectivas das
pessoas e também como o surgimento dele influencia sua cidade dando origem aos seus
aliados e inimigos.
6)
A SAGA DA ETERNIDADE
Depois do filme do MCU
com Benedict Cumberbatch, passei a ter um interesse pelas histórias do Doutor
Estranho e o lado místico do universo Marvel. Embora o personagem tenha tido
umas histórias boas como “Juramento” e “Triunfo e Tormento”, a que me fez ser
fã do feiticeiro supremo foi “o arco da Eternidade” (ou como é conhecido "Uma terra sem nome, um tempo sem fim"), onde o Strange é derrotado
por uma aliança dos seus maiores inimigos, Barão Mordo e Dormammu, sendo
forçado a fugir para salvar sua vida e de seu mestre. Incapaz de vencer seus
oponentes num conflito direto, Doutor Estranho sai em busca da Eternidade, uma
entidade que pode lhe revela o segredo para vencer Mordo. No entanto talvez a
chave para a vitória esteja com Strange o tempo todo.
Embora seja conhecido
por sua fase memorável nas histórias do Homem Aranha é nas hqs do Doutor
Estranho que o Steve Ditko mostrou seu talento como criador e artista, produzindo
desenhos bem surreais e, para época, inovadores, ao mesmo tempo fechando inúmeras
tramas estabelecidas em sua fase como a rivalidade do Strange com o Mordo e sua
relação com sua futura aprendiz/interesse romântico Clea.
5)
O JULGAMENTO DE REED RICHARDS
Por trás das lutas e
aventuras, histórias de super heróis agem também como analise de códigos morais
e como ações dos heróis tem efeito no mundo e seus habitante, o que pode ser
algo positivo ou negativo. Um dos exemplos foi nesse arco do John Byrne onde o
Quarteto Fantástico travou uma batalha épica contra Galactus, tendo tido uma
chance de eliminar o devorador de Mundos. No entanto, Reed Richards se opôs a
isso, escolhendo salvar Galactus. Embora sua decisão tenha salvo a Terra,
acabou condenando o planeta dos Skrulls, que foi devorado logo em seguida pela
entidade cósmica.
Esse incidente faz com
que os Skrulls, auxiliados pelos Shiar capturem Reed e o coloquem num
julgamento por ter contribuído para a catástrofe. Esse ponto onde o arco passa
a ser um grande debate sobre Galactus e seu papel no universo, assim como
questionando sobre a compaixão de Reed, se esse aspecto é uma falha humana ou
um ponto forte.
O final da revista é
surpreendente e condiz com elementos estabelecidos antes por Stan Lee e Jack
Kirby, criadores do Quarteto e do Galactus, demonstrando o respeito que Byrne
tinha por eles e sua fase icônica nas hqs.
4)
A QUEDA DE MURDOCK
Ser um herói não é trabalho
fácil. Ele tem que passar por muitas situações difíceis, que testam sua força física,
mental e emocional. Esse tipo de jornada é perfeitamente representa pelo
Demolidor. Após ter feito a fase mais icônica do personagem, Frank Miller
voltou após um tempo e criou a história que muitos consideram a hq definitiva do
homem sem medo, onde ocorre o retorno Karen Page, antigo interesse romântico de
Matt Mudorck, agora como uma moça pobre e viciada em drogas a ponto que ela
chega a vender a identidade secreta do Demolidor para um traficante que acaba
revelando o segredo para o Rei do Crime. Com essa informação, Fisk começa a
arrasar com a vida do seu rival, indo desde faze-lo perder seu emprego como
advogado, destruindo sua casa a perseguir pessoas próximas como Karen e o repórter
Ben Urich.
Tudo isso é feito de
forma muito bem trabalha com cada capitulo mostrado estágios diferentes que
Matt passa por essa situação, com a situação ficando cada vez pior a cada
edição a ponto que de fazer o leitor torce para que Matt consiga superar esses
problemas. Quando o momento finalmente acontece acaba sendo um dos momentos
mais satisfatórios e icônicos nas histórias em quadrinhos e algo que Matt
realmente mereceu após toda sua jornada nessa história.
3)
DEMÔNIO DA GARRAFA
Não é só o Demolidor
que passa por dificuldades. Outros heróis também tiveram desenvolvimento envolvendo
sua queda e renascimento, como foi o caso do Tony Stark, o Homem de Ferro.
Nesse arco escrito por David Michelinie, Tony tem sua armadura sabotada por seu
rival Justin Hammer, que o faz matar um senador durante uma conferência.
Privado de seu traje, o herói sai numa aventura para poder derrotar Hammer e limpar
o seu nome.
O ponto alto desse arco
não é ação, lutas contra vilões ou o mistério envolvendo Hammer mas sim o desenvolvimento
do Tony. Antes disso ele era apenas um personagem chato sem carisma. Graças ao
roteiro de Michelinie, Tony passou a ser um personagem muito mais complexo, um
gênio milionário vítima de alcoolismo, usando a bebida como uma forma de
escapar de seus problemas e estresse. A armação de Hammer é um dos casos onde
Tony sucumbe a esse vício que acaba afetando seus compromisso e relacionamentos.
É graças à intervenção
de sua guarda costas Bethany que Tony começa a perceber seus erros e lidar com
sua arrogância. A melhor parte é como a história trata a resolução de forma bem
realista. Tony não se cura da noite pro dia, passando por muita coisa até
finalmente aceitar ajuda e passar um bom período tentando superar o vício por
bebidas, tornando seu drama muito mais relacionável.
Embora o filme de
Robert Downey Jr tenha sido o ponto onde Tony finalmente se tornou um ícone da
cultura pop, a história de Michelinie foi com certeza um dos primeiros passos
para que ele pudesse chegar ao patamar dos heróis mais reconhecidos da Marvel.
2)
REINO DO AMANHÃ
De todos os artistas
dos quadrinhos, um dos mais icônicos é Alex Ross, cuja arte é uma das mais
reconhecidas pelos fãs devido aos seus traços bem realistas, feitos a partir de
fotografias e modelos. Entre todos os seus trabalhos, sua obra de maior
destaque foi a hq Reino do Amanhã, onde ele e o roteirista Mark Waid criam uma
história se passando num futuro alternativo do Universo DC, onde Superman se
aposentou e se afastou da humanidade após um incidente onde Lois foi morta pelo
Coringa e os heróis foram substituídos por uma nova geração de meta humanos
imprudentes e violentos. Após um incidente no Kansas, Superman decide retornar
a ativa, criando uma nova Liga da Justiça, buscando restaurar a ordem no mundo
e relembrar as pessoas da importância de seus valores heroicos e altruístas.
No entanto, esse
objetivo demonstrar ser bem difícil de ser realizado, com Superman e seus
aliados chegando a tomar decisões questionáveis sobre o que fazer com os meta
humanos que não aprovam a volta dos ideais antigos. Isso somado a formação
grupo de vilões, liderados por Lex Luthor, se aproveitando da situação para
virar a opinião pública contra os super heróis, faz com que tensões cresçam e
coloca os heróis a beira de um conflito que pode colocar em perigo o mundo que
eles estão tentando proteger.
Apesar de ser uma
elseworld, a história age como uma “conclusão” para o universo DC, fazendo
referência e homenagens ao passado das hqs da editora e ao mesmo tempo agindo
como uma crítica a ascensão dos anti-heróis nos anos 80/90, mostrando como
super heróis como Superman ainda possuem relevância e são capazes de ter
histórias muitos significativas marcantes.
1)
O MENINO QUE COLECIONAVA HOMEM ARANHA
Esse ano foi um período
para ser fã do herói, cujo terceiro filme No Way Home é um dos melhores filmes
do MCU e uma carta de amor aos filmes do Aranha. Quando se trata de quadrinhos,
o herói teve várias histórias icônicas, muitas que poderiam estar presentes na
lista. No entanto, embora eu seja fã de hqs como “Se esse for meu destino...”, “Homem
Aranha Azul” ou a fase Ultimate do Bendis, a história do Aranha mais marcante
de todas é “O Menino que Colecionava Homem Aranha”.
Nessa história
secundária, o herói visita um garoto que é seu fã e o foco fica sendo na
interação dos dois, com eles se divertindo, o Aranha contando sua origem e até
mesmo revelando sua identidade. No entanto, quando é revelado o motivo do
Aranha ter vindo, essa história simples e divertida se torna um dos momentos
mais emocionantes de todos das hqs do Aranha, demonstrando o tipo de herói que
ele é.
Quando se lê hq é fácil
de se deixar levar pelas ação e aventuras e pensar que o super herói são apenas
caras fantasiados que batem nos vilões e salvam o mundo. No entanto essa
história mostra como heróis não são perfeitos e lidam com situações que eles não
conseguem de resolver com seus punhos e poderes, mas mesmo assim, são capazes
de tentar fazer a vida das pessoas melhores simplesmente com sua personalidade
amigável e altruísta, provando que até mesmo um simples ato de bondade pode ser
um grande ato heroico.
Existem muitas
histórias de super heróis que virão no futuro, porém vai ser muito difícil elas
conseguirem chegar no nível dessa hq, que, na minha opinião, é com certeza a
melhor história em quadrinho de todas.
Então é isso! Quais são suas histórias em quadrinhos favoritas? Sintam-se a vontade para colocar suas opiniões nos comentários abaixo...
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